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TRABALHO DE LOGÍSTICA REVERSA & PROCESSOS DA QUALIDADE

Por:   •  4/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.670 Palavras (7 Páginas)  •  692 Visualizações

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

KATHIANE KIFFER DE MELO

TRABALHO DE LOGÍSTICA REVERSA & PROCESSOS DA QUALIDADE

AVA 2

Rio de Janeiro - RJ

2020

TRABALHO DE LOGÍSTICA REVERSA & PROCESSOS DA QUALIDADE

Plano de Gestão dos Processos de Logística Reversa

da Empresa BRIC-A-BRAC

Trabalho apresentado à professora Fabricia Lemos, na disciplina de Logística Reversa e Processos da Qualidade.

Aluna: Kathiane Kiffer de Melo

Curso: Superior Tecnólogo em Logística - EAD

Período: 3º

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2020.

Introdução

        O avanço tecnológico sofrido mundialmente nas últimas décadas certamente nos trouxe muitos benefícios, estreitando distâncias, facilitando tarefas, favorecendo o acesso a informações e movimentando a economia global.  O setor de eletroeletrônicos é sem dúvida hoje um dos maiores setores de consumo mundial, que cresce incentivado pela propaganda e pelo marketing ao consumismo quase descartável de produtos como smartphones, tablets, televisores, notebooks etc. Entretanto, essa popularização de produtos tecnológicos trouxe consigo um problema de grande relevância: o descarte dos resíduos eletroeletrônicos.
        No Brasil, são produzidas cerca de 1,4 milhões de toneladas por ano de resíduos de  equipamentos eletroeletrônicos (REEE), dos quais cerca de 2% apenas são reciclados, sendo, portanto, o nosso país o maior gerador de resíduo eletrônico
per capita entre os mercados emergentes.
        Este problema tem grande impacto no meio ambiente e na saúde da população em geral, pois as substâncias químicas presentes nos eletrônicos, ao penetrarem no solo, podem entrar em contato com lençóis freáticos e contaminar plantas e animais por meio da água. Com isso, é possível que a ingestão dos alimentos intoxique nós humanos. As consequências perpassam por simples dor de cabeça e vômito até complicações mais sérias, como o comprometimento do sistema nervoso e o surgimento de cânceres.

        Mas o que podemos considerar como resíduo eletrônico?

        Constituem-se de bens de pós-consumo, cujo funcionamento depende do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos, em fim de vida útil ou usados com possibilidade de reutilização, incluindo todos os componentes, subconjuntos e materiais consumíveis que fazem parte do produto quando este é descartado. Podem ser divididos em quatro categorias amplas:

a) Linha Branca: refrigeradores e congeladores, fogões, lavadoras de roupa e louça, secadoras,

condicionadores de ar;

b) Linha Marrom: monitores e televisores de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e

VHS, equipamentos de áudio, filmadoras;

c) Linha Azul: batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo,

espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras;

d) Linha Verde: computadores desktop e laptops, acessórios de informática, tablets e telefones

celulares.
        Estes produtos são compostos por materiais diversos como plásticos, vidros, componentes eletrônicos, além de mais de vinte tipos de metais pesados, como alumínio, arsênio, cádmio, bário, cobre, chumbo, mercúrio e cromo, entre outros. Por isso, a sua separação para processamento e eventual reciclagem têm uma certa complexidade, um custo e um impacto muito maiores do que outros exemplos mais conhecidos de tratamento de resíduos, como latas, garrafas pet e garrafas de vidro. Todos esses elementos são potencialmente tóxicos e resultam em dois tipos de riscos: a contaminação das pessoas que manipulam os REEE, - tanto o consumidor que mantém e utiliza em casa equipamentos antigos, quanto as pessoas envolvidas com a coleta, triagem, descaracterização e reciclagem dos equipamentos – e a contaminação do meio ambiente, com o descarte incorreto diretamente na natureza ou junto a rejeitos orgânicos.

        Assim, tem-se na logística reversa um papel de alta importância para a conservação ambiental e para a saúde pública.

Logística Reversa

         A logística reversa é entendida como um fluxo físico de produtos no sentido reverso ao tradicional, aplicando-se ao recolhimento de materiais sólidos provenientes do usuário para a reutilização do produtor, buscando a reciclagem. Em outras palavras, é um conjunto de atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos, materiais e peças usados a fim de assegurar seu reaproveitamento ou estabelecer outra destinação final ambientalmente adequada. A figura abaixo resume os processos da logística reversa de eletroeletrônicos:

[pic 1]

        Trata-se, portanto, de uma importante ferramenta que tem a finalidade de reduzir o consumo de recursos naturais, diminuir a geração de resíduos e incentivar o consumo sustentável.  Além disso, é uma estratégia que tem impacto positivo aos negócios da empresa, tornando-a conhecida como uma organização ambientalmente responsável, fator este que tem crescido bastante como exigência de novos consumidores.

         No que tange à legislação ambiental relativa à obrigação da utilização de sistemas de logística reversa, no Brasil, pode-se citar como exemplo a Lei N°12.305, de 02 de agosto de 2010 que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), segundo a qual a logística reversa tem por objetivo a implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entre o setor privado, o poder público e a sociedade civil. Em seu artigo 33,

 afirma que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de diversos materiais estão obrigados a estruturar e implementar sistemas de Logística Reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos e para que possa ser dada uma destinação ambientalmente correta.

        Apesar da existência de legislação ambiental, a inclusão de práticas de sustentabilidade ambiental na gestão logística das empresas ainda ocorre de forma incipiente e, em sua maioria, existe apenas como resposta às exigências legais. Empresas de grande porte têm investido nesse nicho e alcançado ganhos significativos, mas ainda são poucas as organizações que se atentam ao potencial econômico e social da implementação de práticas ambientais.

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