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TRABALHO FINALPANDEMIA EM DEBATE

Por:   •  30/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.173 Palavras (5 Páginas)  •  61 Visualizações

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03/12/2020[pic 1]

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

JULIANA AUTRAN SCHUPP MACHADO

TRABALHO FINAL- PANDEMIA EM DEBATE

Texto base: “Contágio Social, Corona vírus, China, capitalismo tardio e o ‘mundo natural” - Coletivo Chuang

Discente: Silvia Rodrigues

São Paulo - SP

2020

A pandemia do Sars-Covid-19 foi algo nunca antes visto no mundo globalizado, as doenças endêmicas nunca tiveram seu contágio estendido a uma crise de proporção global. Portanto, grandes líderes globais têm sido criticados pelo desdobramento da crise de saúde. O coletivo Chuang, um grupo composto por críticos do "Capitalismo de Estado" do Partido Comunista Chinês, analisa a situação do controle do Corona vírus tanto na China como a situação mercadológica que corrobora para a disseminação de doenças.  

O texto “Contágio Social, Corona vírus, China, capitalismo tardio e o ‘mundo natural”, produzido pelo coletivo Chuang, começa ambientalizando a situação político-econômica da China, onde o seu modelo de negócios, único, proporcionou um crescimento inimaginável para um país que ainda no século passado dependia da agricultura. Tão ilusório quanto o crescimento chinês, foi o fato de que a cidade de Wuhan, uma das mais importantes da China, em especial no setor de construção, tivesse que ser trancafiada por meses e tivesse sua produção interrompida devido a um vírus altamente contagioso que assolou a cidade e o mundo.

O sistema de produção capitalista, responsável pela riqueza da China, também é responsável por outros males, inclusive o que resultou na pandemia do Covid-19. Há uma evidente interligação entre o agronegócio capitalista e as epidemias modernas, tanto direto quanto indiretamente. Biologicamente falando, os animais são portadores não manifestantes de doenças e a devastação da distância e diversidade das zonas nativas facilitam a transmissão e adaptabilidade das doenças para novos vetores, os humanos. As fazendas industriais de carne de monocultura diminuem a variabilidade genética, devastam florestas e o trabalho humano envolvido na produção de carne fazem com que os vírus se tornem cada vez mais fortes e aptos para contaminar tanto a produção quanto os humanos.

É notável que pragas acompanham geograficamente o setor industrial de produção, como exemplificado no texto, onde há o mapeamento das últimas pragas, como a gripe espanhola, que acompanhou o desenvolvimento industrial europeu. Assim as doenças de potencial epidêmico são causadas basicamente pela péssima condição social vigente nos países, que permitem o contágio em massa. O capitalismo exige constante crescimento, pois a competitividade interminável e a necessidade de aumento dos lucros fazem com que as empresas sempre busquem novos mercados e maior lucro, alterando o equilíbrio ambiental dos novos lugares afetados pelo capitalismo, como houve na China com o Sars e a Covid-19.

Com base nas teorias de Karl Marx, sociólogo que criou teses do funcionamento capitalista, a situação chinesa atual, responsável pelas indústrias e o consequentemente o Covid-19 se sustenta com base nos seguintes conceitos: o valor da força de trabalho, o lucro e a mais-valia.

O valor da força de trabalho, em especial o valor do proletariado, é definido pelas grandes corporações, visando o mínimo para a manutenção do mesmo, ou seja, o valor necessário para que os trabalhadores sobrevivam com moradia, alimentos, roupas etc. e com a capacidade de sustentar também suas famílias (potenciais operários). Já valor mínimo para a manutenção dos operários costuma variar de acordo com a cultura, há sociedades que exigem mais para se conformar com seu trabalho.

A grande disponibilidade de mão de obra chinesa é um dos grandes atrativos para a alocação das indústrias multinacionais no país, a grande disponibilidade de mão de obra facilita a exploração dos trabalhadores, pagando pouco pelas horas trabalhadas. Consequentemente o lucro provém da exploração da força trabalhista e não da exageração sobre o valor de uma mercadoria, Marx exemplifica isto fazendo uma alusão referente ao fato que se fosse pego dinheiro emprestado e o valor fosse devolvido pela compra de produtos da pessoa que emprestou dinheiro, a pessoa credora não se tornaria rica. Assim é possível concluir que o lucro parte do fato de que as mercadorias, em geral, se vendem pelo seu valor (proporcional ao trabalho dedicado a ela). Desta forma, a condição dos operários é resumida em trabalhar para que produzam mercadoria em equivalência a seus próprios custos e mais, formando a mais-valia e um sobre-produto.

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