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UMA ANÁLISE COM BASE NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS DA ESCOLA MANUEL ANTÔNIO DE SOUSA

Por:   •  14/4/2020  •  Projeto de pesquisa  •  2.091 Palavras (9 Páginas)  •  147 Visualizações

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MAESTRÍA EN CIENCIAS DE LA EDUCACIÓN

AS DIFICULDADES DO ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA ANÁLISE COM BASE NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS DA ESCOLA MANUEL ANTÔNIO DE SOUSA

( Nome completo do Mestrando ou Doutorando)

Assunção, Paraguai

2020

1 INTRODUÇÃO

A proposta de investigação surgiu dos problemas enfrentados pelos professores de matemática da EJA (Educação de jovens e adultos), no dia a dia da sala de aula. A EJA é uma modalidade de ensino na qual, aparentemente, a maioria dos alunos tem dificuldades de várias ordens que interferem na aquisição do conhecimento e de habilidades em matemática, tanto na esfera escolar, como na aplicação destes conhecimentos na vida cotidiana. Os alunos de EJA são, no geral, pessoas que foram excluídas do direito à formação básica na infância e adolescência.

Através da minha prática na turma da Educação de Jovens e Adultos-EJA, percebi que a linguagem matemática está inserida na vida dos alunos desta turma de uma forma muito contundente, visto que são adultos que fazem parte do mundo do trabalho e a resolução de problemas faz parte do seu dia a dia. Com o objetivo de analisar a importância e as implicações que essa vivência contextualizada reflete na sua aprendizagem foi elaborado esta dissertação.

Ao longo da minha e ao observar outras práticas percebi que o ensino para jovens e adultos possui especificidades em relação a conteúdos que procurei comprovar através das bibliografias consultadas. O conteúdo a ser trabalhado em turmas de alfabetização de adultos tem que partir da realidade em que estão inseridos e possuir significados para os mesmos.

Nesta monografia apresento em capítulos o que pesquisei, observei e constatei durante esta prática e através da minha experiência com a EJA.

No segundo capítulo, que segue essa introdução, exponho os motivos e justifico a escolha do tema sobre o qual desenvolvi minha dissertação, bem como a caracterização do problema que envolve a contextualização do ensino da matemática nas turmas de EJA. Também apresenta os objetivos e questões a serem avaliadas e a metodologia adotada para a realização do mesmo, que vem a ser estudo de caso.

Dando sequência, encontramos no terceiro capítulo a legislação e as características em relação à EJA, estudos relacionados com a Educação Matemática, a relação da EJA com a matemática e a Educação Popular, as especificidades, as facilidades e dificuldades dessa modalidade de ensino e a contextualização do ensino voltado para este público.

Num quarto momento será abordada a metodologia adota para o desenvolvimento da dissertação, detalhando de forma clara os passos seguidos para a obtenção dos resultados.

No quinto capítulo será trago o resultado desta pesquisa relacionando a teoria com a minha prática, os quais são abordados de maneira que o leitor possa entender como os objetivos foram alcançados e se não, porque isso ocorreu. Através das evidências foi possível demonstrar o quanto é importante e fundamental contextualizar o ensino, especialmente, na EJA.

As considerações finais, último capítulo deste trabalho apresenta a conclusão do que foi lido, estudado, praticado, aprendido e ensinado; expectativas e perspectivas futuras.


2 PLANEJAMENTO DO PROBLEMA

 

2.1 Pergunta Central

Ao analisar o ensino de matemática na Educação de Jovens e Adultos - EJA é possível notar as dificuldades de ensino/aprendizagem enfrentadas pelos alunos?

 

2.2 Perguntas Específicas

  • De que modo se dá a relação entre o sujeito que aprende e o conhecimento matemático dentro da sala de aula?
  • Como são manifestadas diferentes formas de utilizar a matemática (modos de interação entre o conhecimento matemático escolar e o conhecimento matemático não escolar – o contexto escolar como ambiente socializador) no ambiente de sala de aula?
  • Como são apresentadas, em documentos oficiais desenvolvidos para o EJA, as especificidades sociais, culturais e de valores dos sujeitos que aprendem, bem como as particularidades dos alunos de EJA dentro do currículo e do contexto matemático escolar?

2.3 Objetivos

2.3.1 Geral

Analisar as dificuldades enfrentadas pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA no aprendizado efetivo da matemática.

2.3.2 Específicos

  • Demonstrar de que modo se dá a relação entre o sujeito que aprende e o conhecimento matemático dentro da sala de aula;
  • Identificar como são manifestadas diferentes formas de utilizar a matemática (modos de interação entre o conhecimento matemático escolar e o conhecimento matemático não escolar – o contexto escolar como ambiente socializador) no ambiente de sala de aula;
  • Comparar como são apresentadas, em documentos oficiais desenvolvidos para o EJA, as especificidades sociais, culturais e de valores dos sujeitos que aprendem, bem como as particularidades dos alunos de EJA dentro do currículo e do contexto matemático escolar.

2.4 Justificativa

O estudo e a pesquisa dos modos de interação de alunos de Ensino Médio noturno em relação à matemática e ao seu ensino são os fatores centrais desta pesquisa. Os jovens, a partir da evolução de sua vida escolar, criam relações com o conhecimento, as que são favoráveis ou não à sua evolução. Logo, as maneiras como as relações são criadas e como os fatores externos à escola – costumes e valores referentes à comunidade e à família – interferem na criação do sujeito são inquietações presentes neste trabalho. Como afirmado por Vilela (2007),

A matemática entendida como uma prática social contribuirá para a compreensão das vantagens e para a viabilidade em se tratar as dificuldades da matemática no ensino através da consideração de situações concretas particulares, ao invés de insistir em processos universais do desenvolvimento cognitivo que permitem classificações por insucesso e ineficiência.

Rômulo Lins e Joaquim Gimenez (1997) discutem a falta de relação entre a matemática escolar e a extraescolar; segundo eles, tal separação faria com que as aulas e o ensino de matemática funcionassem como um filtro social, uma vez que essa disciplina, quando tratada como algo sem intervenções sociais e históricas, torna-se sem sentido para muitos dos que a aprendem:

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