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VISÃO SOCIAL: A sociedade contemporânea

Por:   •  24/5/2016  •  Resenha  •  1.892 Palavras (8 Páginas)  •  302 Visualizações

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VISÃO SOCIAL

A sociedade contemporânea, com um alto nível de complexidade e sofisticados sistemas organizacionais, deu um alto valor á racionalidade, á competência e á eficácia.

Esse aumento da amplitude e nacionalidade das organizações não se realizou sem custo social e humano. Quem trabalha para a organização se sente frustrado e alienado em consequência de seu trabalho. A organização, conforme Etzioni, em vez de se converter em servidor obediente da sociedade, ás vezes se volta contra ela. A sociedade moderna é parecida a um campo de batalha onde se enfrentam gigantes da organização.

Os recursos humanos trabalham para atingir a sua meta, que é fazer com que o empregado fique satisfeito porque dessa maneira ele trabalhará mais e melhor que os frustrados. Dentro de certos limites, a felicidade eleva a eficiência nas organizações e, inversamente, sem organizações eficientes, não há que pensar em nossa felicidade.

As organizações podem ser consideradas como unidades sociais (agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir os objetivos específicos. (Talcott Parsons).

As organizações caracterizam-se por:

  1. Divisão do Trabalho
  2. Presença de um ou mais centros de poder
  3. Substituição de Pessoal

O MODELO DE BUROCRACIA DE WEBER

Max Weber concluiu após detalhado estudos, que existem três pontos essências onde se inicia a capacidade de influenciar, que constitui a base do poder:

  • A lei e os tradicionais tabus
  • A liderança individual
  • O conjunto de servidores públicos

Max Weber pressupõe, no entanto, como condição indispensável para a existência dessa estrutura formal complexa, denominada Burocracia, a predominação da lógica e da razão no comportamento funcional daqueles servidores e em impersonalidade ou neutralidade de atitudes.

É imprescindível que a burocracia apresente determinados ingredientes formais, tais como:

  1. Hierarquia
  2. Especialização
  3. Definição de competência
  4. Normas de Conduta
  5. Documentação e arquivo

BUROCRATIZAÇÃO E DESBUROCRATIZAÇÃO

Para Weber, burocracia é entendida não como sinônimo de administração emperrada, de processo decisório interminável, de filas incomensuráveis, mas no sentido do “TIPO IDEAL DE ORGANIZAÇÃO”.

Para Bennis, no seu trabalho AS ORGANIZAÇÕES EM MUDANÇAS concluiu que a Burocracia, está se tornando cada vez menos eficiente, ficando descontrolada em relação às realidades contemporâneas.

Mas o modelo de burocracia de Weber surgiu para evitar á imposição pessoal, o nepotismo, á crueldade, ás vicissitudes emocionais e a o julgamento subjetivo que no começo da Revolução Industrial passavam por práticas administrativas. Weber distinguia duas nacionalidades básicas no comportamento humano:

  • A ética da responsabilidade ou a racionalidade funcional
  • A ética do valor absoluto ou a racionalidade substancial

Bennis alinhava os seguintes defeitos do modelo burocrático nas grandes organizações:

  • Chefes desprovidos de competência técnica e subordinados capacitados:
  • Normas, regras arbitrárias e ridículas:
  • Uma organização invisível (informal) subvertendo ou até substituindo o aparato formal:
  • Confusão e conflito entre funções (departamentos)
  • Tratamento cruel para os subordinados, não por motivos racionais ou jurídicos, mas por motivos desumanos.

As principais limitações do Modelo de Burocracia:

  • As pessoas, pelos seus próprios valores, não se conduzem como as peças de uma máquina:
  • Na grande maioria das organizações não podem ser feitas regras para todas as situações:
  • A conformidade ás regras e a perícia pessoal podem prejudicar, assim como beneficiar a promoção da eficácia organizacional;
  • No decorrer do tempo, as atividades departamentais podem ser dedicadas a perpetuar o departamento, em lugar de beneficiar a organização como um todo:
  • Nas organizações formais existem grupos informais para modificar as disposições sócias impessoais:
  • O modelo de organização burocrático, apesar de caracterizado por alta eficiência produtiva, gera baixa capacidade para inovação:
  • O modelo burocrático deixa de levar em conta o inter-relacionamento dos vários sistemas da organização;
  • O modelo burocrático negligencia completamente a integridade dos indivíduos como autônomos na tomada de decisões;
  • O sistema de controle e o de autoridade do modelo burocrático são definitivamente obsoleto:
  • O modelo burocrático não possui meios adequados para resolver diferenças e conflitos entre cargos e, em particular, entre grupos/departamentos funcionais;
  • A comunicação (e ideias inovadoras) é frustrada, ou desvirtuada, por causa das divisões hierárquicas;
  • Os recursos humanos da burocracia não são utilizados plenamente, por falta de confiança, medo de represálias, etc;
  • O modelo burocrático não está em condições de assimilar o influxo de novas tecnologias ou de cientistas admitidos na organização.

Os estudiosos de organização passaram então a procurar uma forma de diminuir os problemas da Burocratização, surgindo então á ideia da Desburocratização, que é a internalização de novos processos que melhor atendam as exigências dinâmicas de uma sociedade em mudança.

A ADHOCRACIA

Diante da forma de organização complexa, concebida pelo talento de Weber, se tornou cada vez menos efetivo e descontrolada em relação à realidade contemporânea, provocando o surgimento de outros sistemas com melhores recursos para atender os desafios do que estava por vir.

Toffler deu um nome ao novo sistema organizacional, que desafiará a burocracia, a esse novo modelo de organização do futuro, chamou de AD-HOCRACIA.

Desenvolvida durante as forças-tarefas na Segunda Guerra Mundial, a Adhocracia segundo Bennis é um sistema temporário, rapidamente variável, adaptativo, organizado em torno de problemas a serem resolvidos por grupos de pessoas relativamente estranhas, dotados de habilidades diversas.

Podemos definir, numa síntese, a adhocracia como um tipo de organização de estilo administrativo solto, com pequenas estruturas temporárias, flexíveis, não detalhistas, para propósitos especiais, poucos níveis administrativos, poucas gerências e pouca normatização, de um modo geral.

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