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ÉTICA E ADMINISTRAÇÃO

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Por:   •  18/6/2013  •  Tese  •  2.820 Palavras (12 Páginas)  •  392 Visualizações

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ÉTICA E ADMINISTRAÇÃO:

CONTEXTUALIZANDO A DISCUSSÃO

SOBRE OS DESAFIOS DA ÉTICA NO

MUNDO DOS NEGÓCIOS

Amadeu de Farias Cavalcante Júnior*

* Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Pará, com Especialização em Educação pelo Centro de Educação na

UFPa e Mestre em Sociologia pelo Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPa. Atualmente é docente da Disciplina

Ética Profissional para o Curso de Administração/ESMAC.

RESUMO: A ética tem se colocado como um eixo fundamental para que o homem

possa conviver bem em sociedade, dentro de parâmetros voltados para o dever de

agir de acordo com o bem comum entre os homens, e em concordância com os

valores morais que prezam pela ação virtuosa preocupada com o bem entre os diferentes.

Mesmo sabendo que a reflexão ética se apropria dos valores morais considerados

bons, no sentido de uma ciência do comportamento moral do homem em sociedade,

admitimos que a dificuldade de se pensar a ética no mundo dos negócios está no

fato de que o mundo da administração em organizações econômicas e complexas,

muitas vezes exige posturas do administrador que possam dar conta de enfrentar os

desafios colocados por uma ação pautada na “ética convencional”, e de uma ação

pautada nas exigências do mundo dos negócios, ou uma “ética dos negócios”.

PALAVRAS-CHAVE: Ética profissional, ética nos negócios, ética da responsabilidade, administração.

2 Adcontar, Belém, v. 5, n.1. p. 15-34, junho, 2004

INTRODUÇÃO

O senso comum propaga que nos dias em

que vivemos não existem mais tantas pessoas crédulas

pelos princípios ético-morais, pelas circunstâncias

que levam os homens nas condições da

sociedade contemporânea. A generalização, porém,

parece absurda. Por quê? Porque faz da

venalidade uma linha congênita dos homens. A

razão disso, entre outras, se deve a fatores que

demonstram o quanto os agentes sociais ficam

expostos a ações sem idoneidade, ou de suspeição,

ou mesmo de mecanismos sociais e econômicos

que seduzem à corrupção. Isto vem demonstrando

o quanto nossas instituições públicas e privadas,

bem como empresas de variadas espécies,

são colocadas diante do crivo da avaliação por

membros externos e internos, no que remete à

aceitação ou aos desvios das normas consideradas

como padrões sociais de condutas morais e

éticas. De fato, em contextos de competições

aguçados pela falta de empregos, pela ganância

do lucro imediato, pela questão do poder econômico,

e pelas condições “sufocantes” da economia

e da necessidade de negociar com agentes

que nem sempre se pautam pelas exigências éticas,

enfim, podemos dizer que em várias situações

a consciência dos administradores pode ser

sempre colocada à prova.

A discussão que se tem propalado nos

meios acadêmicos e na literatura recente sobre

o assunto não tem deixado de fora o problema da

ética e suas exigências pela boa conduta, e nem a

difícil reconciliação destas exigências no mundo

do mercado. Os conflitos se dão quando os administradores

se vêem encurralados pelas necessidades

do mercado e as conseqüências que certas

decisões podem causar na vida de quem participa

da organização empresarial, sejam por meio

dos seus membros diretos como empregados, fornecedores,

outras empresas que mantêm relações

comerciais, empresários; ou indiretos, tais

como clientes, e a sociedade beneficiada por determinado

produto.

O cerne da discussão ética empresarial

tem tomado ênfase e se espalhado nos currículos

das faculdades de administração no Brasil e no

mundo, pois, como vem demonstrando os estudiosos

do assunto (MOREIRA, 2002; NASH, 1993;

SROUR, 2000; SINGER, 1998; SÁNCHES,

1998), as práticas empresariais passaram a ser

vistas de forma mais questionável, bem como as

práticas e decisões de administradores que se escondem

por trás das empresas. Tais práticas podem

ser assim enumeradas, para título de

exemplificação: subornos para dirigir licitações

públicas; desvios de somas altas do erário público;

sonegação fiscal; espionagem industrial e

econômica;

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