Ética na Percepção dos Alunos de Ciências Contábeis

Fonte:

https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/article/view/2175-8069.2010v7n14p75/20003

A ética na percepção dos alunos de ciências contábeis

O artigo tem seu tema motivado pela falta de estudos focados em ética profissional no curso de ciências contábeis devido à importância do conhecimento da mesma no ramo exercido por essa classe profissional.

O Referencial Teórico tem como objetivo salientar conhecimentos já existentes sobre o tema mostrando o início do surgimento das faculdades de Ciências Contábeis, a evolução da profissão, suas ramificações e dar, assim, início a abordagem do problema. O mesmo também discorre sobre a importância dos Códigos de Ética em quaisquer organizações, sobre o surgimento do Código de Ética da Profissão Contábil e a intenção de sua criação, que foi construir, regulamentar e fiscalizar a profissão contábil, além de falar sobre diversos artigos contidos no citado código.

A pesquisa foi realizada por meio de questionários aplicados em 167 alunos do último ano do curso de graduação em Ciências Contábeis em diversas universidades de forma presencial e seus dados foram tratados de forma estatística fundamentada na análise de cluster.

Os resultados mostram que cerca de metade dos alunos desconhecem ou discordam de grande parte do Código de Ética Profissional do Contabilista.

Houveram quatro etapas investigativas. A primeira etapa considera aspectos intrínsecos ao tema ética. A segunda consiste em proposições retiradas diretamente do Código de Ética do Contabilista para verificar se os alunos conheciam o conteúdo do mesmo. A terceira verifica se os alunos leram o código e se conhecem algum caso de infração e punições previstas pelo código. A última etapa investiga o perfil, sexo e idade dos alunos por universidade, totalizando trinta e duas proposições no questionário.

Foram considerados três clusters. Um deles foi retirado por conter somente uma aluna, considerada outlier.

Os dois grupos restantes foram identificados pelo seu grau de concordância com o código de ética em questão.

Os dados numéricos são demonstrados em tabelas e comentados em forma de texto.

Na primeira etapa os percentuais de nível de concordância entre os grupos não tiveram diferença significativa.

Na segunda etapa, 57,58% do grupo denominado generalista e 85,07% do denominado parcial alegou que renunciariam a profissão por falta de confiança da parte do cliente ou do empregador. A maioria de ambos os grupos concordou em cumprir as regras mesmo não concordando com o qu elas estabeleciam.

Na terceira etapa foi identificado que o grupo generalista, 44,44% afirmaram terem lido o código, enquanto 94,03% do grupo parcial afirmou ter lido o código de ética.

57,58% do grupo generalista são mulheres, enquanto no grupo parcial o percentual é de 47,76%.

O grupo Generalista (com menor tolerância/concordância a desvios éticos) tem em sua maioria mulheres e entende a diferença entre ética e moral. Este grupo afirmou não ter conhecimento prévio do CEPC, mas que já presenciou