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A Cidade Jardim

Por:   •  6/3/2019  •  Artigo  •  1.085 Palavras (5 Páginas)  •  272 Visualizações

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Introdução

Esse conceito chegou no Brasil através do modelo urbanístico chamado de “cidades-jardins”, por sua vez desenvolve-se em uma Europa no século XIX, já desgastadas pelo inchaço populacional e precário sistema de infraestrutura, relacionados ao excesso à insalubridade do espaço. Em síntese, a cidade era o espaço da socialização, da cooperação e das oportunidades, especialmente de empregos, mas padecia e graves problemas. Por outro lado, o campo era o espaço da natureza, do sol e das águas, bem como da produção de alimentos, mas também sofria de problemas como a falta de empregos, além de uma carência de oportunidades sociais.
A chave para a solução dos problemas da cidade, segundo Howard, era reconduzir o homem ao campo, através da criação de atrativos – ou “ímãs” – que pudessem contrabalançar as forças atratoras representadas pela cidade e pelo campo. Ele argumentou que havia uma terceira alternativa, além das vidas urbana e rural, que seria o que ele chamou de Cidade-Campo (Town-Country). Nessa alternativa, os dois imãs fundiriam-se num só, aproveitando o que há de melhor em cada um deles, e dessa união nasceria “uma nova esperança, uma nova vida, uma nova civilização”(HOWARD, 1996, p. 110).
A teoria de Howard nasceu para ser uma alternativa à cidade industrial ao proporcionar habitações de qualidade com a possibilidade de oferecer tanto recursos industriais quanto agrícolas, jardins para constituir hortas e os cinturões verdes limitando o crescimento das cidades.

Biografia

Ebenezer Howard, nasceu 29 de janeiro de 1850, em Londres e morreu 1º de maio de 1928 (aos 78 anos). Foi criador das cidades – jardins, militante socialista, escreveu sua obra em 1989: Tomorrow: A Peaceful Path to Social Reform (Amanhã: um caminho pacifico para a reforma social), a descrição de uma cidade utópica onde as pessoa vivem de forma harmônica com a natureza.
No século XIX Londres vivia as consequências da Revolução Industrial, que por sua vez causou grandes transformações na paisagem de Londres, e também na vida de seus habitantes.
Impulsionado pelo caos que o rodeava, Ebenezer cria o movimento de Cidades-jardins, que consiste em uma comunidade auto - suficiente, numa cidade verde que alia a praticidade dos centros urbanos com a salubridade do campo.
Em 1899,  o movimento das cidades-jardins se intensificou, juntamente com os amigos, cria a “Garden City Association”. Em 1903, inicia a construção de Lechtworth de Londres, planejada por Parker e Unuin que foram contratados por Howard. O plano da cidade consiste em um conjunto de regras meticulosas que detalha desde a relação da casa com o entorno, como o tipo de plantas que serão utilizadas, o controle de criação de animais domestico, o numero de profissionais da cidade.  
O que o Howard propunha era eliminar a especulação privada, preocupava-se com todo habitante da cidade, desde o operário até o burguês, por isso apoiava o coletivismo, o bem comum que só seria possível se houvesse planejamento da cidade, ou seja limitar a cidade a certo numero de habitantes. Sustentava a ideia de que o campo devia fundir-se com a cidade, assim seria possível unir os benefícios dos relacionamentos e serviços públicos que a cidade dispunha com o estilo de vida tranquilo que o campo oferecia.
Para Howard não havia apenas a vida no campo e na cidade, tinha uma terceira possibilidade, que era a união dos dois. Eram dois imas principais: cidade x campo, cada um procurando atrair a população, de acordo com o Choay, os dois imã ofereciam para os moradores vantagens e desvantagens:
“ (...) o Imã-Cidade, comparado com o Imã-Campo, oferece a vantagem dos altos salário, das oportunidades de emprego e das previsões tentadoras de progresso; mas essas vantagens são amplamente compensadas pelos preços altos. A vida social que proporciona e seus locais de diversão são muito mais atraentes; as horas excessivas de trabalho durante o dia e a noite, as distancias que separam do trabalho, e o “isolamento da multidão” tendem a reduzir muito o valor dessas boas coisas. As ruas bem iluminadas constituem um grande atrativo, especialmente no inverno (...). Há no campo belas paisagens senhoriais, bosques perfumados, ar fresco, murmúrio das águas. Os aluguéis, calculados por acre, são certamente baixos, mas esses alugueis baixos são a consequência natural dos baixos salários, e não uma fonte de conforto substancial, ao passo que as longas horas e a falta de diversão fazem com que a luz do sol e o ar piro não consigam mais alegrar os corações, A única indústria, que é a agricultura, sofre frequentemente com as chuvas excessivas, a que se acrescenta, nas épocas da sexa, também, a escassez de água, ate para beber.” CHOAY, 1979, pág 220).

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