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RESUMO ‘‘O PLANO AGACHE E O RIO DE JANEIRO: PROPOSTAS PARA UMA CIDADE JARDIM-DESIGUAL’’

Por:   •  13/1/2023  •  Trabalho acadêmico  •  646 Palavras (3 Páginas)  •  120 Visualizações

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RESUMO ‘‘O PLANO AGACHE E O RIO DE JANEIRO: PROPOSTAS PARA UMA CIDADE JARDIM-DESIGUAL’’

A cidade do Rio de Janeiro até 1930 necessitava de um plano diretor urbanístico devido à demanda do seu grande crescimento. Como, por exemplo, na Zona Sul que estava em construção para as classes médias e altas e no outro extremo o subúrbio carente de serviços básicos e com uma total ausência do Estado. Diante desses fatos, o plano Agache vem como resposta para adequar a cidade a modernidade e aos moldes europeus devido à grande era industrial e a influência parisiense.

Durante o mandato de Carlos Sampaio (1918-1922) a cidade do Rio de Janeiro teve que se preparar para as comemorações do 1º Centenário  da  Independência  do  Brasil, com isso foi necessário criar  espaços para melhorar a estética e a higiene da cidade e asfaltar trechos. Carlos Sampaio teve um papel crucial  no  sentido  de  avançar  na  construção  da  atual  área  nobre  da cidade, o que já existia era inúmeras favelas e conjuntos habitacionais construídos de forma irregular.

Em relação ao Plano Agache a administração de Sampaio foi a primeira a visar a necessidade de um plano urbanístico para a cidade, porém com a gestão de Alaor Prata (1922-1926) teve uma intensificação no debate em torno do assunto, com a criação do grupo diretamente responsável, a Nova Comissão da Carta Cadastral. Nesse contexto assume Prado Júnior (1926-1930), contratante do francês Alfred Agache.

A princípio o arquiteto veio ao Brasil apena para dar palestras, porém o prefeito do Rio aproveita a oportunidade para fazer o pedido da elaboração do Plano para a cidade. Seu trabalho foi inicialmente polêmico por ser acusado de plágio, caro, demorado, obras apenas ‘’cenográficas’’ e com falta de transparência, com isso, mesmo aprovado o plano Agache não saiu completamente do papel, apenas algumas obras foram realizadas, porém, o plano deixou influências para o urbanismo brasileiro e não dúvidas acerca de sua importância e contribuição.

Sobre as ideias e o Plano em si de Agache, pode-se dizer que para o arquiteto francês o urbanismo é um campo do conhecimento, que deve -se estudar história, arte, topografia, sociologia, geografia e estatística. Para ele, com as alterações feitas em uma cidade é possível alterar o funcionamento de uma sociedade, e era isso que ele buscava no Rio de Janeiro, propondo vias rápidas de ligação com o centro, um código de obras e construções, obras de saneamento, construção de parques e áreas verdes, áreas de lazer e vilas proletárias dotadas de equipamentos públicos e infraestrutura básica. Nesse sentido, as propostas de Agache estão  em  relativo  acordo  com  aquelas  de Ebenezer  Howard, porém não sendo necessariamente cidades-jardins.

No zoneamento proposto por ele a cidade se concentraria em dois eixos: um político-administrativo e outro comercial-produtivo, e a divisão da cidade em zonas e a criação de leis específicas de desenvolvimento viria justamente de encontro a essas funções. Há, portanto, uma preocupação central do arquiteto em otimizar as possibilidades de reprodução e expansão do capital na metrópole carioca. Em relação às favelas, Agache defendia sua ‘’destruição’’, pois para ele eram fontes de perigo de incêndio e infecções epidêmicas, para isso, os moradores teriam que se deslocar para as vilas operárias que seriam construídas.

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