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A Expansão do Museu Masp

Por:   •  5/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  105 Visualizações

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Expansão do museu Masp e morte do edifício Dumont-Adams

Há anos São Paulo convive com o aspecto do que foi um dia o edifício Dumont-Adams pertencente ao Museu de arte de São Paulo "Masp". O prédio foi construído para uso residencial nos anos 1950, mas foi gradualmente desocupado.

Em 2005, o prédio foi comprado pelo museu com o patrocínio da empresa de telefonia VIVO em troca de propaganda. O arquiteto Júlio Neves, que foi presidente do Masp de 1995 a 2009, desenvolveu o projeto de ampliação do museu, assinando a reforma da estrutura, e apresentou ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. A ideia foi aceita contanto que preservassem a total fachada do imóvel.

Em 2010 a obra foi iniciada com a demolição parcial da estrutura original e conclusão de nova estrutura em concreto.

Em 2013 órgão da Prefeitura de São Paulo deu um parecer técnico desfavorável ao projeto, e a obra foi barrada conforme decisão do MPF. Dado o motivo de que os órgãos não cumpriram com

a finalidade de zelar pela adequada preservação do bem tombado e de seu entorno.

Ao longo dos anos, o projeto sofreu alterações para obter a aprovação dos órgãos de patrimônio histórico e atender aos novos usos pretendidos para o espaço. Paralisadas desde 2013 por conta de disputa judicial, em 2021 é anunciado pelo ESTADÃO a retomada das obras, agora com uma nova ideia na qual irá apagar totalmente a história do edifício.

Diferente do que havia sido decretado anteriormente o novo prédio do museu será envolvido por uma tela preta de alumínio, alterando totalmente sua fachada.

Com previsão de entrega para janeiro de 2024, o prédio terá conexão subterrânea e será composto por 14 andares, nele serão ocupados por galerias, salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, restaurante, lojas, e áreas de eventos.

Os ganhos serão múltiplos, por conta da ampliação de acesso ao público, uma vez que será possível acolher um número significativamente maior de visitantes. O projeto anterior iria custar 15 milhões, o novo irá custar 180 milhões.

CRITÍCAS

O prédio possuía a dignidade característica daquele tipo arquitetônico portador de composição equilibrada, revestimentos de boa qualidade como mármore travertino e argamassa de travertino, fachadas bem compostas de filiação clássica, tripartida nos dois sentidos, vertical e horizontal, envasaduras generosa e adequadamente proporcionadas, com caixilharia de qualidade de manufatura robusta, dentre a qual se destaca a da porta principal do edifício no nível do chão”.

Manter vivo o testemunho cultural do passado no cotidiano da cidade possibilita que os indivíduos identifiquem nos espaços urbanos e nos monumentos históricos, marcos referenciais de identidade e memória. A história que está sendo apagada seria o veículo de comunicação dos processos de desenvolvimento cultural da cidade.

Não podemos negar que tal decisão é um erro imensurável, deveríamos todos atuar na defesa do bem tombado, de valor

coletivo, e não no interesse exclusivamente privado. Considero um gesto desesperado de "salvar" um museu que ficou decadente. Lá se vai a repetição de mais um erro onde a Cidade avança e o patrimônio histórico se vai.

"A visibilidade do local em que se encontra o Masp é essencial ao próprio bem tombado, situado em área cuja vocação sempre foi de mirante, desde a inauguração da Avenida Paulista. Essa característica não pode ser desprezada e tratada como um elemento de menor importância. Este novo e moderno prédio, além de apagar a história marcada na arquitetura, prejudica a visão frontal do Masp, em especial a visibilidade a partir do parque Trianon.

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