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A GLOBALIZAÇÃO E CAPITALISMO GLOBAL

Por:   •  17/2/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  266 Visualizações

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GLOBALIZAÇÃO E CAPITALISMO GLOBAL

Em “Uma estratégia fatal: a cultura nas novas gerações urbanas”, a filósofa Otília Arantes empreende uma análise crítica dos processos ideológicos que presidem aos movimentos de globalização em sua relação com o planejamento e a gestão de cidades. Dois eixos centrais se entrecruzam e se reforçam mutuamente no texto de Arantes: o primeiro se relaciona à identidade de natureza do projeto moderno das vanguardas arquitetônicas com a modernização capitalista; o segundo centra-se na “mercadorização” da cidade através de “abordagens culturalistas” e políticas de marketing assimiladas nos projetos urbanos, com a conseqüente transformação da cidade em “mercadoria total” em que os variados encaminhamentos arquitetônicos e urbanísticos desde o modernismo não passariam de representações ideológicas das estratégias de dominação. Portanto, a globalização tem grande impacto na organização das cidades, pois elas buscam se adaptar ao mercado mundial, ou seja, ao capitalismo global, em busca de uma cidade com maior valor de mercado.

CIDADE GLOBAL

A origem do conceito de cidade global está diretamente relacionada aos impactos causados sobre as metrôpoles do Primeiro Mundo pelo processo de globalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 70. As transformações na economia mundial teriam conduzido a uma crise da centralidade econômica daquelas metrôpoles que perderam o controle sobre as atividades industriais, porque as empresas favorecidas pelo desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e informação, passaram a dispor de maior flexibilidade para escolher os lugares de menor custo para suas sedes. Paralelamente ao diagnóstico da crise, essas metrópoles readquiriam importância estratégica como locais destinados ao setor terciário. Não se tratava, portanto, da perda de sua centralidade econômica, mas de sua re-significação no interior do sistema produtivo internacional. Essas metrôpoles assim re-significadas se passou a chamar de cidade global. Porém, assim como as metrôpoles, esse termo também foi re-significado, sendo que atualmente o conceito de cidade global são cidades que seguem um planejamento definido pelo mercado global, é o que se tem chamado atualmente de planejamento estratégico.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Otília Arantes pode-se dizer que o planejamento estratégico é antes de tudo um modelo de ajustamento físico e social das cidades ao novo estágio de acumulação capitalista, promovendo uma gentrificação generalizada. O espaço urbano, transformado em “ocasiões para se fazer negócios”, promove a valorização de usos e pessoas que são “competitivas” economicamente, excluindo e removendo grupos sociais que não interessam à maquina de crescimento urbana. Um exemplo seria no governo francês de François Miterrand em 1981 com o plano de grandes obras estrategicamente localizadas na capital. Batizado de Fórmula Miterrand, o processo do planejamento estratégico consistia em contratar arquitetos renomados para propor soluções arquitetônicas icônicas e/ou revitalizações urbanísticas paisagísticas para uma área degradada da cidade. O programa consistiria em temas culturais e ou históricos identitários. Essa combinação atrairia o investimento do setor privado para o local.

FICHA TÉCNICA

DATA: 1989

ÁREA CONSTRUÍDA: Altura: 21,6 m x Base: 34 m de lado

CUSTO DO PROJETO: € 53 milhões

LOCAL: Palácio do Louvre, Paris, França.

ARQUITETO

 Ieoh Ming Pei foi um arquiteto norte americano de origem chinesa, formado pela Universidade de Harvard e possui grande conhecimento da cultura europeia. Pei fundou seu próprio escritório em 1955, conhecido com I.M.Pei & Associates. Em seis décadas de trajetória, sua obra mais conhecida é a ampliação do vidro do Louvre em Paris. Conhecido por sua arquitetura moderna e pelo uso deformas geométricas simples, como triângulos, círculos e quadrados, Pei rejeitou as implicações do globalismo inerente ao “estilo internacional” defendendo o desenvolvimento contextual e variações de estilos.

CONTEXTO

A renovação do Cour Napoleon, o pátio principal do Louvre, teve como principal intuito aliviar o congestionamento dos milhares de visitantes diários. Uma nova entrada triunfal forneceu um espaço conveniente de átrio central, separado das galerias, conformando um ponto focal para o processo cíclico da experiência através do museu. O projeto implementou uma grande pirâmide de vidro e aço, cercada por três pirâmides menores, que fornecem luz aos espaços subterrâneos. A pirâmide principal é uma porta de entrada, um pórtico para as galerias principais do Louvre, que se localizam no subsolo. Além de proporcionar uma nova entrada ao museu, o projeto apresentou um novo sistema subterrâneo de galerias, depósitos e laboratórios de conservação, bem como uma conexão entre suas alas. A adição e relocação dos espaços de apoio permitiu ao Louvre expandir sua coleção e colocar mais obras em exposição. Projeto bastante contestado pelos franceses por sua modernidade, inserida em um monumento tão antigo, de arquitetura clássica, a grande Pirâmide do Louvre representa hoje, um dos símbolos do museu. Segundo pesquisa realizada pelo próprio Louvre, a Pirâmide está entre as atrações mais desejadas da lista do turista, seguida da Mona Lisa.

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