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A Historia da Arquitetura I

Por:   •  28/3/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.852 Palavras (8 Páginas)  •  289 Visualizações

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THAU III - AULA 2

1a. PARTE

HIGH TECH Marcado pelo emprego de alta tecnologia em seus projetos, soluções pensadas em conjunto com a indústria. Atualiza o modernismo com uma apropriação das novas técnicas ( química e metalurgia, eletrônica e informática) incorporadas tanto na produção do projeto, no desenvolvimento de protótipos, na execução e funcionamento dos edifícios. Atribui a este emprego da técnica forte teor simbólico. Pode-se dizer que são o grupo de arquitetos que colocou em prática muitas idéias do Archigram, sem no entanto atingir as mesmas escalas e sem o forte viés de crítica social irônica. Assim, estão mais próximos de uma noção de clareza formal moderna, ordenadora da realidade, que não visa operar mudanças no status quo, antes disso, procura afirma-lo e formalizá-lo. Tem entre seus principais nomes Norman Foster, Richard Rogers, Renzo Piano e Nicholas Grimshaw. Todos estes arquitetos tem suas atuações marcadas pela proximidade com grandes corporações.

Pop inglês: O Pop parte de uma reconfiguração do campo da cultura, condicionada pelo capitalismo da sociedade de consumo. Neste contexto estrutura, superfície e símbolo são articulados de novas maneiras. Havia percepção corrente nos grupos de artistas próximos ao Pop que o consumismo mudara a natureza da aparência, uma vez que essa torna-se icônica e por isso comerciável, em um mundo com forte apelo imagético e visual voltados para a ostentação. Costumamos ligar o Pop às artes plásticas e à música e nem cogitamos suas relações com a arquitetura. No entanto podemos considerar a atuação de Roberti Venturi no EUA próxima ao Pop, na sua apropriação de signos da sociedade do consumo. Em um outro espectro desta relação localizamos o Pop inglês, diverso do americano, pois se coloca como uma atualização radical da arquitetura moderna, incidindo nos signos do cotidiano de uma sociedade de consumo e massa, onde se fazem presente as figuras de arquitetos como Alison e Peter Smithson ( exposição de fotografias de Nigel Henderson).

Richard Rogers

ZIP-UP HOUSE (1968) Influenciada pelo Archigram, este projeto trata-se de uma casa apoiada sobre colunas telescópicas (ou pés), cuja altura ajustável permite que seja implantada virtualmente em qualquer terreno. É um projeto que é concebido tendo em vista sua execução e máxima padronização e industrialização de seus componentes. Assim deverá ser fabricada em uma linha de montagem para a posterior implantação indeterminada.

Conceitualemente próxima à Dymaxon House de B. Fuller, formalmente dialoga com a Eames House, em uma solução elegante e limpa, diferente daquela do Archigram, em estreita relação com a estética moderna da clareza da forma e da estrutura, a evidenciar os procedimentos.


CENTRO GEOGER POMPIDOU- Beaubourg (1977). Paris. Arquitetos: Richard Rogers e Renzo Piano

20mil visitantes/ano.

É o ponto culminante de uma pesquisa feita por Richard Rogers nos anos anteriores, focada na industrialização e estandardização. (Zip-Up House).

Peter Rice, engenheiro irlandês. Over Arup and Partners. Escritório holandês de cálculo estrutural.

Complexo multicultural. Semelhança com o Sesc Pompéia de Lina Bo Bardi (1977) e o projeto de Michael Webb (Sin Centre). No caso do primeiro projeto há semelhanças quanto ao programa - complexo cultural - e na indução de transformações no entorno. O projeto de Webb é um dos que contribui para a articulação de atividades distintas, ligadas à vida e serviços das cidades contemporâneas - em um único programa.

É chamado também de Beaubourg em função da sua localização em uma região do bairro do Marais em Paris, que leva esse nome.

É proposto com a finalidade de transformar o bairro do Marais, o único a resistir ao plano de Haussmman. Sua implantação inciou um processo de gentrificação na área e contribuiu para o fim do mercado de Les Halles e a gentrificação do Marais.

Tripla motivação da tecnologia: 1.produzir novos espaços (vão internos de 50m) uma característica moderna. 2.utilização da tecnologia como ornamento (tubulações e instalações aparentes também na fachada do edifício), a trabalhar com o os valores destes signos da sociedade industrial, em uma leitura pós-modernista (R. Rogers estudou nos EUA). 3.a tecnologia como articuladora de demandas conflitantes como o comunitário e o consumo.

Importância da engenharia inovadora ao localizar no perímetro e fachadas do edifícios todas instalações de modo a facilitar sua manutenção e liberar seu interior para amplos espaços e criar eventos na fachada a animar o prédio. Interpretação do conceito de Loius Kahn sobre espaços servidos e espaços servidores.

Seus vãos de 50m são a formalização da indeterminação e flexibilidade espaciais. Chega ao extremo de serem necessárias paredes adicionais para suporte e compartimentação das atividades abrigadas em seu interior. A circulação externa permite grandes visuais da cidade.

Gentrificação: substituição da população de um bairro, região ou mesmo cidade, através da pressão econômica decorrente da valorização da terra e dos imóveis, por uma população de extrato socio-econômico mais alto.

O edifício vira um pólo de atração, alterando as dinâmicas sociais e econômicas do seu entorno.

Jaffe House: Richard Rogers e Norman Foster. Laranja Mecânica, Stanley Kubricky

Como exaltação de uma sociedade tecnológica exibe seus sistemas, tubulações e circulações em estreito diálogo com a produção do Archigram, no entanto no campo do exequível. É a realização da retórica tecnológica e infrao-estrutural deste grupo.

O projeto atua tanto na catalização da mudança urbana desejada quanto na formulação de uma imagem.


2a. PARTE

RELIANCE CONSTROL SYSTEMS (1967) – Swindon. Reino Unido. Arquitetos: Richard Rogers, Norman Foster.

Escritórios, fábrica e centro de pesquisa.

Nesta pesquisa conjunta, Foster e Rogers começam a estabelecer a solução formal e de programa para corporações de um capitalismo punjante, que floresce da reconstrução pós-guerra. Em suas trajetórias profissionais, se começam com projetos para empresas mais ligadas à produção e na construção de suas identidades e necessidades, em um segundo momento atuam sob encargos de instituições financeiras. Repetindo os procedimentos, no entanto tendo como foco não mais o setor produtivo e sim o especulativo, marcado pela imaterialidade, o que exige um alto nível de representação de seu status e poder na sociedade atual.

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