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A INTERSECCIONALIDADE E A REALIDADE DAS MULHERES NAS CIDADES

Por:   •  5/10/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  164 Visualizações

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UNIVERSIDADE TIRADENTES

ARQUITETURA E URBANISMO

PATRICIA TEIXEIRA

A CIDADE SOB A PERSPECTIVA DE INTERSECCIONALIDADE

POPULAÇÕES MINORITÁRIAS

ARACAJU

2021

A INTERSECCIONALIDADE E A REALIDADE DAS MULHERES NAS CIDADES

Entender a cidade é um ponto super importante para que ela possa atender a todas as demandas, principalmente as demandas da minoria, que é quem mais sofre com as problemáticas. A política pública não deve ser universal. É necessário entender a estrutura social a partir dos problemas. Se no espaço de poder não existe representatividade, provavelmente nem todos são adequados ao planejamento urbano. Olhar a população como um grande e único grupo, é descartar vozes determinantes para construção de cidades mais inclusivas, como no caso, as mulheres, que são maioria na população, em um país machista, governado na grande maioria por homens.

Interseccionalidade nada mais é que a junção de três estruturas: o Patriarcado, o Capitalismo e o Racismo, e também pode ser vista como um instrumento de luta política.

A luta pelo direito à cidade deve contemplar diversidade, vivências e necessidades. Esse processo é um desafio que precisa ser enfrentado urgentemente, principalmente, dando voz às minorias.

A governabilidade por homens gera uma grande segregação do espaço, além da exclusão social, que se traduz na marginalização e criminalização das populações de baixa renda, lugares esses onde quase não existe transporte público, lazer, postos de saúde, entre outros, o que de certa forma traz mais dignidade as pessoas.  

Existe muita negligência em relação às pessoas mais humildes, que geralmente povoam os espaços mais afastados e são as mais afetadas com a falta de planejamento urbano e social. Numa sociedade machista, elitista e racista existem diferentes tipos de apropriação dos espaços públicos. E em se tratando de mulheres, estas são as mais atingidas no quesito limitador de mobilidade, como por exemplo uma rua escura, ou um terreno abandonado.

A parcela mais afetada por essa realidade é a de mulheres negras (muitas delas mães solteiras e com baixa escolaridade), que muitas vezes se veem obrigadas, justamente pela falta de oportunidades da sociedade machista e escravagista em que vivemos, a trabalhar mais cedo e assim poder oferecer condições melhores para seus filhos.

A força da perspectiva interseccional deve-se dar pela sua potência de ação, uma vez que seu objetivo principal é justamente pensar em modos com os quais trabalhar politicamente essa opressão responsável por produzir essas diferenças. E na minha opinião, os que sofrem essa desigualdade são os mais aptos a dar voz as mesmas.

O feminismo, e em se tratando desse assunto em especial, o feminismo negro, surge como oportunidade de ação dentro de espaços que mostram a urgência de existir maior participação de mulheres negras na política nacional, já que elas são a maioria que necessitam de políticas públicas mais abrangentes e direcionadas.

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