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A Influência das Cores na Ambientação de Interiores

Por:   •  19/9/2019  •  Artigo  •  6.898 Palavras (28 Páginas)  •  389 Visualizações

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A influência das cores na Ambientação de Interiores

Danielle Raquel Alencar Villar de Queiroz – danielle.ravq@hotmail.com

Design de Interiores

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Teresina, PI, 10 de julho de 2018.

Resumo

É incontestável a importância que as cores desempenham na percepção do homem sobre o mundo. Tal fato se torna ainda mais evidente quando se pretende escolher que cor utilizar na ambientação de espaços interiores, afinal, o aspecto cromático e a reação sensível que eles desempenham traduz além do viés estético, o anseio do cliente sobre o espaço objeto de análise. Esse artigo tem como objetivo avaliar a influencia das cores em um Projeto de Interiores. Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada através de levantamento bibliográfico, acerca das cores e seus significados, a sua reação aos estímulos e a melhor forma de adequação da cor ao espaço no qual será utilizada no âmbito do Design de Interiores. Foram consultados diversos trabalhos na área, com base na literatura impressa, periódicos, artigos, dissertações, além de boletins informativos online à respeito do assunto. Tais pesquisas de embasamento teórico se traduzem em textos e publicações com dats entre 2000 a 2015. Concluiu-se diante dos fatos avaliados que a adoção de um padrão de cores que produza efeitos além dos tipicamente estéticos é imprescindível na ambientação de espaços interiores na medida em que possibilitam o despertar de sensações que permitem a adaptação ou não ao espaço.

Palavras-chave: Cores. Ambientação. Design. Interiores.

1. Introdução

Esse artigo é uma pesquisa bibliográfica com enfoque na influência das cores na ambientação de espaços interiores. Nas palavras de Gil (2002, p. 44) “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

Tal pesquisa teve por base a análise quanto à relação existente ente o ambiente e as cores a serem utilizadas de modo a garantir uma determinada sensação conforme a necessidade do espaço. Gil (2002, p. 41) confirma a importância de pesquisar e conhecer melhor sobre os assuntos que o cercam ao afirmar que “estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses”.

O Estudo a que se refere esta análise, evidencia a importância da utilização das cores a partir de seus significados ao ambientar um projeto arquitetônico residencial. A intenção do desenvolvimento desse artigo partiu da influência psíquico-cognitiva das cores no bem estar do indivíduo em seu ambiente residencial, contribuído significativamente para sua qualidade de vida.

As cores em sua essência sempre trouxeram expressões do inconsciente das pessoas determinando através de seu aspecto psicológico a forma com que são aplicadas aos espaços, podendo assim influenciar de forma diferente as pessoas, levando em conta os aspectos culturais de cada uma delas. Farina (2006, p. 2) afirma que “as cores influenciam o ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervêm na vida das pessoas criando alegria ou tristeza, exaltação ou depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio ou desequilíbrio, ordem ou desordem, etc.”. Percebe-se com isso a relevância do tema no que concerne à ambientação de espaços interiores que serão marcantes no dia a dia das pessoas.

Essa noção se faz útil no desenvolvimento de projetos que levam em conta a percepção visual. O processo que a cor tem dentro do corpo gera influências que podem comandar as escolhas e preferências sobre determinados temas. Conforme Guimarães (2000, p. 19) “[...] a percepção visual desempenha um papel de grande relevância, pois é por meio do “comportamento” do aparelho óptico e do cérebro que alguns aspectos da cor são decodificados”.

Tratando sobre a importância da cor em seu estudo sobre a psicodinâmica das cores em comunicação, Farina reitera o caráter não meramente estético das cores, mas sua amplitude inclusive cultural na influência sobre a percepção cromática de determinado objeto:

A cor é uma condição e, como tal, uma característica do estilo de vida de uma época – integra uma determinada maneira de ver as coisas. É inegável que toda cor tem um espaço que lhe é próprio, mas é também inegável que esse espaço faz parte da cor, de acordo com as concepções culturais que o fundamentam.

O vermelho, por exemplo, tem uma representação vibrante, o amarelo, de expansão e o azul, de fechamento, de vazio (FARINA, 2006: 17).

Isto posto, e considerando o entendimento de diversos autores sobre o tema, esse trabalho tem por base o estudo sobre a influência das cores trazendo por enfoque a relação com seu significado e sua aplicabilidade na determinação da sensação que um ambiente poderá trazer para a qualidade de vida das pessoas que dele irão se utilizar na ambientação de interiores.

2. A Percepção Cromática

Assim como tudo o que é percebido pelos sentidos a cor é absorvida de forma particular por cada indivíduo, que pode considera-la agradável ou não conforme seu estado psicológico ou ainda característica físicas. A cor não possui existência material, constitui-se por uma sensação provocada pela ação da luz e percebida pelos órgãos da visão. Segundo Pedrosa (2014, p. 20) “(...) Seu aparecimento está condicionado, portanto, à existência de dois elementos: a luz (objeto físico, agindo como estímulo) e o olho (aparelho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alterando-o através da função seletora da retina)”.

Porém, o fenômeno da percepção da cor é mais complexo que o da sensação, pois além dos aspectos físico (luz) e fisiológico (o olho), somam-se os dados psicológicos que influenciam significativamente a qualidade do que se vê (PEDROSA, 2014).

Portanto, a definição de cor é dada pelo fenômeno físico-químico em que os raios luminosos vão até a retina dos olhos estimulando os nervos ópticos existentes que estão ligados ao cérebro, ou seja, existirá cor enquanto existe luz, em que ao refletir todos os raios luminosos se tem o branco e a absorção de todos resulta o preto. Os cones e bastonetes são células que identificam as cores, uma

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