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A POLITICA CAMBIAL

Por:   •  25/5/2015  •  Resenha  •  736 Palavras (3 Páginas)  •  202 Visualizações

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Os juros são o preço da mercadoria transformada e entregue pelas instituições financeiras às firmas e às famílias. Bancos transformam dinheiro hoje em dinheiro amanhã e, por isso, cobram um “aluguel” denominado juros. O preço deste aluguel possui dois componentes. Depende do quanto o Banco Central está disposto a variar a quantidade de moeda hoje em circulação na economia e isso significa “política monetária”. Se diminuir a liquidez, todo o resto constante sobem as taxas de juros. E sobem por mecanismo de oferta e demanda.

Se a Reserva Federal aumenta a liquidez em dólares (dinheiro hoje), tudo demais constante, incluindo-se a liquidez provida pelo Banco Central brasileiro em Reais, há pressões para diminuição das taxas de juros em dólares. Assim, na medida em que “alugar” 1 Real é mais caro que “alugar” 1 dólar e, considerando-se que o Governo brasileiro possui reservas abundantes (baixo risco), é razoável supor que todo o dinheiro do mundo será atraído para o Brasil por conta do diferencial estabelecido entre os juros internos e externos.

O que impede influxos turbulentos é o movimento simultâneo das relações de troca entre Reais e Dólares (câmbio). Quando dólares entram no país, o Banco Central e seu sistema de bancos autorizados (dealers) retêm dólares e entregam Reais a um preço negociado (câmbio). Os dólares retidos constituem reservas nacionais. Os Reais entregues, em princípio, constituiriam dinheiro adicional em circulação. Com isso, aumentaria a liquidez em Reais hoje e, com isso, diminuiria a taxa de juros em Reais até que o diferencial de juros se anulasse.

Infelizmente há os economistas, que insistem em uma suposta e fantasiosa “Lei” (quantitativa da moeda). Segundo essa “Lei”, a quantidade de moeda em circulação é diretamente proporcional a Renda Nacional deflacionada. Portanto, quanto mais o Banco Central injetar liquidez em Reais, mais acelerado e mais generalizado o nível de preços. Essa relação foi extraída de dados empíricos e não possui qualquer embasamento teórico que não seja aquele formado sobre crença não científica.

Ocorre que os economistas acreditam nessa tal “Lei”.

E, assim, cada vez que 1 dólar entra e um tanto de Reais é entregue ao exportador/investidor estrangeiro, algo tem que ser feito para se “evitar inflação”. Este algo tem sido o conhecido mecanismo de esterilização. Ou seja, o Banco Central emite dívida em montante igual ao numerário entregue ao exportador/investidor estrangeiro. Com isso, supostamente evita a inflação. A despeito de que, muito por baixo, a totalidade das reservas cambiais corresponde ao tanto de dívida pública necessária para esterilizar a entrada de divisas.

Claro está que, com a esterilização, o problema que se autorresolvia não vai mais se autorresolver. Como com a esterilização não há correspondente aumento de liquidez em Reais pela entrada de dólares, o diferencial de taxas de juros é mantido. E com isso, mantém também o incentivo para entrada continua de dólares, com permanente pressão para apreciação do cambio.

Considerando o levado grau de controle estrangeiro sobre a indústria no Brasil, apreciações cambiais resultam em mecanismos inibidores de inflação, elevando-se ganhos extraordinários para as firmas. Estes mecanismos atuam através de compensações

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