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A Restauração Eugene Emmanuel Viollet-Le-Duc

Por:   •  20/6/2023  •  Dissertação  •  1.111 Palavras (5 Páginas)  •  60 Visualizações

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RESTAURAÇÃO

Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc

Quando se fala em teoria de restauro, Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) é uma figura de enorme importância e influência, onde deixou uma marca pessoal implantada. Foi um estudioso e teórico muito talentoso, atuando como arquiteto, escritor, diretor de canteiro de obras e desenhista.

Viollet-le-Duc vem de uma família burguesa e que também cultivava a cultura e as artes. Teve figuras importantes em sua vida como Prosper Mérimée e Ludovic Vitet que o ajudaram profissionalmente a se desenvolver.

Ele vivia em uma época que a restauração ainda se firmava como ciência, principalmente por causa de movimentos econômicos, políticos e sociais que ocorreram na Europa, influenciados pelo Iluminismo, pela revolução industrial e pela revolução francesa. A divisão eu esses movimentos geraram entre o passado e o presente produziram um sentimento de proteção a edifícios e ambientes históricos proporcionando o estabelecimento de uma identidade nacional e consequentemente o surgimento de proteção aos edifícios e ambientes históricos.

Ainda no final do século XIX a França seguia uma arquitetura de derivação clássica, utilizando também o estilo neopalladiano e neogrego. Ao mesmo tempo o interesse pela arquitetura medieval que já era desconsiderada a séculos estava aumentando, foi o que deu origem para estudos nos anos 1820 e 1830. Foi nesse momento em eu a restauração estava se estabelecendo como uma ciência , onde a arquitetura gótica estava aparentando um caráter mais nacionalista , buscando novos caminhos.

Viollet-le-Duc iniciou sua jornada como arquiteto em 1830, rico de informações sobre arquitetura e das artes em geral. Na época em que terminou seus estudos, seu tio o queria encaminhar para a Escola de Belas-Artes, porém Eugène recusou, pois considerava a forma de estudos ultrapassada. Aprendeu as práticas da arquitetura trabalhando para dois arquitetos que frequentavam reuniões em sua casa. Jean-Jacques Huvé e Achille Leclère. Foi ai que Viollet-le-Duc começou a viajar, conhecendo melhor a França. Viajou muitas vezes ao decorrer dos anos, aumentando seu interesse com relação a arquitetura medieval. Em 1834 adquiriu o posto de professor na Escola de Artes Decorativas até 1850. Também viajou para Itália conhecendo locais como Nápoles, Pompeia, Pestum, Roma, Livorno e Pisa aprofundando seus conhecimentos da arquitetura clássica e grega. Esses modelos de construção o deixavam fascinado.  Descobriu que existiam princípios verdadeiros de adequação das formas e estruturas em conjunto, seja na arquitetura clássica ou medieval.

Os edifícios do período que foram tão sacrificados nos séculos XVIII e XIX se tornavam preocupantes, e havia muitos debates sobre arquitetura medieval messa época havendo participações de profissionais de variadas formações. Houve uma obra de restauração iniciada em 1836 do movimento neogótico, foi a da Sainte Chapelle. Trabalho confiado a Félix Duban. Essa restauração procurou ser fiel ao que já era existente, e foi um experimento e tanto. Viollete-le-Duc participou dela também.

Ludovic Vitet era o inspetor geral de monumentos históricos e um de seus objetivos seria centralizar e regularizar intervenções de edifícios com valor histórico. Em 1834 abandonou esse posto e assumiu o cargo de secretário geral no Ministério do Comércio. Em 1837, dando origem a comissão de monumentos históricos , foi nomeado presidente do Conselho de Construções Civis État Vatout e o vice-presidente foi Ludovic Vitet. Essa comissão selecionava arquitetos para dirigirem obras. Em 1840 Viollet-le-Duc foi recomendado pelo secretário Mérimée para restaurar a Igreja de Vézelay. Nessa época ele não possuía experiência, porém seu trabalho foi bem-sucedido. Em 1842 foi convidado para participar do concurso para restauração de Notre-Dame de Paris. Em 1844 seu projeto foi escolhido. Viollet-le-Duc também participava de missões para o Serviço de Cultos. As igrejas eram de responsabilidade do Serviço de Cultos, enquanto outros monumentos eram ligados à Comissão dos Monumentos Históricos. Iniciou o projeto de Saint-Sernin de Toulouse também e em 1846 já era reconhecido como um grande especialista da restauração. Atuou sobre grandes igrejas e os outros monumentos históricos na época.

Em 1848 foi criado a Comissão das Artes e Edifícios Religiosos, onde foram chamados Mérimée e Viollet-le-Duc, dedicando parte de seus trabalhos. Em 1853 foi nomeado inspetor geral dos edifícios diocesamos. Em 1849 elaboraram uma instrução técnica sobre restauração dos edifícios diocesanos. Nela tinha recomendações periódicas para evitar as restaurações,  questões práticas e técnicas , instruindo a como fazer o levantamento, analise e verificação de causas mais comuns de degradação. As instruções eram bem detalhadas , indicando como restaurar um edifício. Foi fundamental para influênciar na formação de diversos profissionais que trabalhavam na restauração.

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