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A Teoria Restauro de Viollet-Le-Duc

Por:   •  25/2/2019  •  Monografia  •  1.187 Palavras (5 Páginas)  •  1.448 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O tema tem como conceito fundamentado da teoria restauro de Viollet-Le-Duc, assim como sua contribuição para a arquitetura com base em um sistema teórico ideal entre os elementos da forma, estrutura e função, buscando a lógica do conjunto arquitetônico. Este sistema proporcionou a formação característica que seria a base para seus projetos de intervenção e restauração. O arquiteto foi um dos primeiros a se opor ao ornamento que defendeu a estrita vinculação da forma a função, da forma a estrutura, da forma ao programa. 

ARQUITETO

Nascido em Paris e de origem burguesa desenvolveu seu trabalho na área de restauro de catedrais e castelos medievais. Eugéne Emmanuel Viollet-Le-Duc é um dos principais teóricos da história da arquitetura europeia e foi um dos primeiros a teorizar sobre a preservação do patrimônio histórico. Vida e Obra apostava nas novas técnicas de construção e na importância da máquina para a criação de um novo estilo para o séc. XIX. Este grande teórico foi também arquiteto, desenhista e um escritor prolixo e polêmico em sua época.

O arquiteto foi um dos pioneiros a teorizar e trabalhar no campo da restauração.

Le Duc considerava imprescindível uma pesquisa aprofundada e detalhada sobre a história, o estilo e a técnica referente a edificação a ser restaurada antes de iniciar-se qualquer intervenção. Essa preocupação com uma documentação aprofundada era base do restauro filológico adotado posteriormente pelos italianos Boito e Giovanonni.

Para ele, estilo é a manifestação de um ideal fundado sobre um princípio, sendo fundamental para a correta apreensão das suas proposições restaurativas. O estilo é um dado estrutural.

“É necessário situarmo-nos no lugar do arquiteto primitivo e supor o que ele faria se voltasse ao mundo e tivesse diante de si o mesmo problema. ”

Ele afirmava que o perigo tanto de se reproduzir exatamente o original como de substituí-lo por formas posteriores e que nada deve ser encarado como um dogma, mas como algo relativo e específico de cada obra. Na arquitetura medieval cada parte da obra cumpre uma função e exerce uma ação.

“Restaurar um edifício não é conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, mas sim repor na totalidade a sua forma antiga mesmo que nunca tenha sido assim. ”

A questão do restauro sofreu um grande preconceito sendo considerado uma fantasia, uma moda, provocando um estado de desconforto moral na maioria das pessoas que na verdade tinham medo de sair da zona de conforto, acreditando que a descoberta do novo era uma perda da tradição. Segundo Viollet-le-Duc em uma restauração não se pode substituir as partes retiradas senão por outras, executadas com materiais melhores, mais duráveis e perfeitos. O melhor meio de conservar um edifício é encontrar-lhe uma destinação e satisfazer plenamente todas as necessidades que esta destinação impõe.

OBRAS

Viollet-le-Duc iniciou suas atividades como arquiteto nos anos de 1830 trabalhando no ateliê de amigos. Mais tarde, em 1836, participou das obras de restauração em Saint Chapelle, considerada por ele mesmo como um laboratório experimental. A partir de então os trabalhos somaram-se a Igreja de Vézelay, de 1840, Notre-Dame de Paris, de 1844, Carcassone, de 1844, Saint-Sernin de Toulouse, de 1846, e Amiens, de 1849. Em 1853, Viollet-le-Duc foi nomeado Inspetor Geral dos Edifícios Diocesanos ficando responsável pela tutela de várias igrejas em toda a França.

É neste contexto de atividades intensas que sua produção intelectual vai sendo consolidada e suas teorias sobre a restauração, confirmando, mais tarde, o que hoje conhecemos como “restauração estilística”, ou seja, um processo que, baseado na unidade formal e estilística das edificações buscava criar um modelo idealizado na pureza de seu estilo.

  1. PRINCIPAL OBRA:
  1. CATEDRAL DE NOTRE DAME

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Imagem 01: CATEDRAL DE NOTRE DAME
FONTE: https://www.pariscityvision.com/pt/paris/lugares-marcantes-de-paris/notre-dame-de-

paris/missa-notre-dame-de-paris

  1. IGREJA DE MADELEINE, VEZALAY.

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Imagem 02: IGREJA DE MADELEINE
FONTE: https://catedraismedievais.blogspot.com.br/2013/04/basilica-de-vezelay-harmonia-distincao.html

  1.  CATEDRAL DE AMIENS

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Imagem 03: CATEDRAL DE AMIENS.
FONTE: http://www.lepoint.fr/histoire/personnages/en-images-eugene-viollet-le-duc-prince-des-architectes-27-01-2014-1784764_1617.php

  1. SAINTE-CHAPELLE

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Imagem 04: SAINTE- CHAPELLE.
FONTE:www.sainte-chapelle.fr

  1. IGREJA DE SAINT-SERNIN

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Imagem 05: IGREJA DE SAINT- SERNIN.
FONTE: cosmovisions.com

  1. MURALHAS DE CARCASSONNE

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Imagem 06: MURALHAS DE CARCASSONNE.
FONTE: https://www.dicasparis.com.br/2016/07/carcassonnena-franca.html

CATEDRAL DE NOTRE-DAME DE PARIS

Na restauração da catedral em 1844, durou 23 anos, Eugène Emmanuel Viollet-leDuc restabeleceu o trifório e as pequenas janelas do clerestório.

 Além de trazer nova vida as rosetas e as estátuas, Viollet-le-Duc combinou a investigação cientifica com as suas próprias ideias e projetou o pináculo de Notre-Dame, uma característica nova do edifício, e a sacristia.

Viollet Le Duc procurava entender a lógica da concepção do projeto. Não se contentava unicamente em fazer uma reconstituição hipotética do estado de origem, mas procurava fazer uma reconstituição daquilo que teria sido feito se, quando da construção, detivessem os conhecimentos e experiências de sua própria época, ou seja, uma reformulação ideal de um dado projeto.

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