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A TEORIA ESTÉTICA POR ADORNO

Por:   •  2/1/2017  •  Resenha  •  1.346 Palavras (6 Páginas)  •  1.950 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL – UFFS

CAMUPUS ERECHIM – RS

ARQUITETURA E URBANISMO

FUNDAMENTOS DA CRÍTICA SOCIAL

PROF FILIPE SILVEIRA

ALUNA ELISA ZANROSSO

ERECHIM – 2016

A TEORIA ESTÉTICA POR ADORNO

SOBRE A DESCONSTRUÇÃO DOS MATERIAIS AO PROBLEMA DE INVARIÂNCIA E EXPERIMENTAÇÃO

        Arte. Estética. O estudo do que é belo. O que é belo? O que é arte? O que é estética? A arte é um elemento estético paradoxal. A representação do belo. Produz doxa- opinião popular, tornando então, substancial. Mas até quando a arte é considerada arte? Até quando ela terá importância? O que a torna vultuosa? Quando o doxo se romper, quando houverem opiniões diferenciadas sobre a obra, quando ela não for mais considerável, ela irá se decompor. Perderá seu valor. Se fragmentará e cairá no esquecimento. Se tornará molécula do empirismo.

        Virá então outro artista e utilizará de uma decomposição qualquer para criar algo que chamaremos de novo. O novo é belo. Belo é arte. Uma nova arte. Um paradoxo do tempo já que utilizou de algo já conhecido porém perdido no esquecimento para recriar algo que já havia existido, porém de forma diferente.

        O autor cita como exemplo o músico Chopin que utiliza o fá sustenido maior (até então abandonada) para fazer música bela. Exemplo prático que podemos sempre considerar: a moda. As calças boca de sino que eram muito utilizadas na década de 70 voltam após 40 anos de desuso sendo consideradas nova moda por ter nome diferente mesmo que a obra (as calças) sejam iguais u muito semelhantes às da época hippie.

        Em suma, os materiais, ao serem decompostos, não perde somente sua substancialidade. Perdem também o poder estético, e quando volta a ser utilizado, se torna paradoxo, contra´rio ao que tem valor estético.

A decomposição dos materiais é o triunfo do seu ser- para- outro. (ADORNO, Theodor W. Teoria Estética, edições 70. LDA, 1970, p. 27)

        Essa sensação de novo que o paradoxo da arte provoca, instiga o indivíduo a querer possuir a arte. Querer possuir um artefato com o poder de suprir as necessidades de expressar os seus sentimentos. Começa a surgir a paixão pelo palpável. Tal paixão faz com que a arte perca seu verdadeiro sentido. Faz com que os sentimentos expressos sejam o que o sujeito quer e não o que a arte realmente deseja expressar. Uma tentativa de diminuir a distância entre a obra e o consumidor. Antes da arte virar um produto, o sujeito buscava se identificar na obra, agora busca identificar a obra no seu próprio ser.

A arte não reage à perda da sua evidência apenas através de modificações concretas do seu comportamento e dos seus procedimentos, mas forçando a cadeia que é o seu próprio conceito: o de que ela seja arte. (ADORNO, Theodor W. Teoria Estética, edições 70. LDA, 1970, p. 28)

        É notório ser dono de uma obra bela de um artista requisitado. É sinal de que você faz parte da burguesia. A burguesia exige que a arte dê alguma coisa. Exige que a arte se adapte a sua vida. Nesse sentido, penso: até onde a arte cumpre o papel de ser arte? Não teria a arte perdido seu valor com a indústria cultural?

O que é facilitado pelo facto de que, numa época de superprodução, o seu valor de uso se torna também problemático e se submete finalmente ao deleite secundário do prestígio, da moda e do próprio carácter de mercadoria: paródia da aparência estética. (ADORNO, Theodor W. Teoria Estética, edições 70. LDA, 1970, p. 28).

        Neste momento, o homem sente a necessidade de ter a arte não para admirá-la, mas para preencher um vazio que existe dentro dele. A arte precisa satisfazer. A satisfação é um sentimento falso que ilude o homem acerca do seu direito de ser homem.

A arte é necessária, mas apenas para gerar lucro na sociedade burguesa que falsifica as necessidades tanto quanto ela é falsa. (SCHAEFER, Sérgio. A Teoria Estética em Adorno. Porto Alegre: UFRGS, 2012. p 39)

        A arte é a expressão de sentimentos do autor. Sendo assim, a medida que o indivíduo é vazio, ele expressa sentimentos de infelicidade em suas obras. As pessoas, ao buscarem esse vínculo com a arte, se identificam com o sofrimento. A obra o faz sofrer.

 A arte é a linguagem do sofrimento ( Sprache des Leidens). (SCHAEFER, Sérgio. A Teoria Estética em Adorno. Porto Alegre: UFRGS, 2012. p 39)

        Hegel já dizia que a arte era a consciência da infelicidade, o que se confirma com a arte sendo irracional, tornando o mundo sombrio. Enquanto a arte expremir o sofrimento da sociedade, existirão falsas necessidades e falsas instituições. Sendo assim a arte moderna só pode ser expressão do declínio e da desgraça.

        O modernismo surge da morte, da decomposição dos materiais. Sendo que a nova arte surge a partir de materiais fragmentados, como pode ela ser nova, se é a modificação do que existe empiricamente? Notamos semelhança nos traços de Picasso na obra Guernica com os traços de pinturas rupestres. Então Picasso, em sua época conhecido como modernista não mostrava nada novo, mas mostrava a sua representação de algo que ele já conhecia mas estava esquecido em seu consciente.

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