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As Reflexões sobre Brasilia e Robert Moses x Jane Jacobs

Por:   •  16/4/2018  •  Resenha  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  702 Visualizações

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Curso: Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Teoria do Urbanismo

Reflexão: Brasília

Brasília, planejada e monumental. Destaque para as superquadras, que na época de construção, foram consideradas o auge do modernismo, pela organização funcional e simples. Simplicidade que veio desde as primeiras linhas de desenvolvimento do Plano Piloto. Mas o que esse plano não planejou foi a questão das classes sociais, enquanto os funcionários de classes mais altas, trabalham e moram ali, os funcionários mais desfavorecidos, muitos vindos de outros estados, trabalham ali e moram nas cidades satélites, contraste de tudo que existe em Brasília, isso leva a conclusão de uma triste analogia que a realidade e o governo não estão dispostos a mudar, o “sagrado (Brasília) e o lixo do outro lado (cidades satélites)”.

Reflexão: Robert Moses x Jane Jacobs

Robert Moses, engenheiro e planejador urbano norte-americano, se destacou por transformar a cidade de Nova York, ao construir rodovias, megaviadutos, pontes e novas habitações, e juntamente com isso ser responsável pela retirada de milhares de famílias de seus lares destruindo várias comunidades e edifícios históricos. “Para o bem da grande maioria”, era o que ele dizia. O objetivo de Moses era promover o desenvolvimento da cidade, construir em nome do “novo” e facilitar a locomoção, resolvendo os problemas de congestionamento, colocando o carro como elemento central, e não o transporte urbano.

Se Nova York tem a aparência que tem hoje, Moses é um dos grandes responsáveis. Não fosse por ele, não haveria o Lincoln Center, o Shea Stadium, e a sede mundial da ONU. Não fosse por ele, também, e a ilha de Manhattan e o pedaço do continente por onde se espalha o resto da cidade não seriam ziguezagueados por pelo menos 13 importantes grandes vias, nem interligados por pelo menos um túnel, o Brooklyn Battery, e quatro pontes. Em contrapartida, Moses foi responsável por toda uma destruição de “cultura de bairro”, substituindo pela especulação imobiliária, em que os setores da classe média se tornaram proeminentes sobre os menos favorecidos e pelas grandes rodovias, culminando na desastrosa reforma do Bronx, que destruiu comunidades inteiras. Responsável também pela destruição da Penn Station, Robert Moses, despertou revolta nas pessoas, que com a liderança de Jane Jacobs desencadearam uma luta para deter o projeto da Via Expressa da Baixa Manhattan, onde saíram vitoriosos.

Jane Jacobs, escritora e ativista urbana, resolveu inspirar uma revolução com manifestações quando sua casa e bairro histórico se viram afetados por esse projeto. Os ideais de Jacobs são bastante positivos, ela criticava o urbanismo moderno, em que megaprojetos de reurbanização, afastavam as pessoas das ruas e calçadas, privilegiando o trânsito de carros. O argumento para ela contra isso é que a centralização e a setorização de usos acabam com a riqueza espacial das calçadas, além de ser ímã para a violência, e por isso as ruas precisam ter funções que gerem presença de pessoas em diferentes horários, e a valorização de esquinas e percursos, priorizando a necessidade de quadras curtas, diversidade de estabelecimentos e edifícios que tenham relação com a rua, para poder existir a vigilância natural. O único “lado negativo”, visando a realidade, é que os ideais de Jacobs induzem a cidade a não se desenvolver tão eficientemente quanto se desenvolveria se tivesse mais rodovias e estradas com ligação a pontos importantes para a economia. Seus ideais são mais humanos e menos capitalistas.

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