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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Por:   •  15/5/2022  •  Seminário  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  90 Visualizações

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Autorizado pela Portaria DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015 (DOU n. 246 de 24 de dezembro de 2015, seção 1, p. 83 a 85)

Componente Curricular: História da Arquitetura e Urbanismo I

Código: ARQ-012 CH Total: 60H

Pré-requisito: Não possui

Período Letivo: 2022.1 Turma: 1º semestre

Professor: DSc. Argemiro Ribeiro de Souza Filho E-mail: arsouzafilho@gmail.com

Aluno(a): Luanna Barreto e Leticia Rocha

Fichamento

Referência: SUMMERSON, Sir John. A luz da razão— E da arqueologia. In: _______. A linguagem clássica da arquitetura. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (Coleção a), Cap. 5, p. 89-98.

* “Um arquiteto só conseguiria empregar as ordens com amor se as amasse de fato; e, para tanto, deveria estar persuadido de que essas mesmas ordens corporificavam algum princípio absoluto de verdade ou beleza.”

* “Esta fé tocante e absurda na superioridade romana pertence principalmente ao século XV. [...] Porém, a simplicidade dessa crença tornava-a vulnerável. Se era uma fonte de inspiração para a ação, era também um desafio à discussão e à crítica.”

* “Mesmo aceitando a grandeza e a superioridade de Roma, era necessário saber por quê. Por que Roma seria a fonte de tudo aquilo que é bom na arquitetura?”

* “Uma resposta seria a unanimidade de todas as pessoas cultas em todos os lugares quanto à beleza incomparável da arquitetura romana”

* “Outra resposta seria o fato de que a arquitetura romana continha certas regras matemáticas das quais provinha toda a beleza.”

* “Uma terceira resposta, mais profunda, seria a de que a arquitetura romana descendia, através dos gregos, das mais remotas épocas da história do homem e era, portanto, como que naturalmente correta; a arquitetura romana seria quase uma obra da natureza.”

* [...] ”foi na França que, em meados do século XVII, começaram a ser feitas perguntas a respeito da verdadeira natureza das ordens e do modo pelo qual deveriam ser empregadas em edifícios modernos.”

* “A "natural correção" das ordens não estava em discussão; pelo contrário, a principal preocupação dos críticos franceses era assegurar sua pureza e integridade”

* “Cordemoy pretendeu liberar as ordens não só de qualquer tipo de distorção e afetação, mas também daquilo que chamou, com acerto, de "arquitetura em relevo"- pilastras, meias-colunas, colunas-de-três-quartos, colunas unidas, frontões ornamentais, pedestais, áticos, tudo enfim.”

* “Sua posição é uma espécie de metodismo primitivo, que visa arrancar da arquitetura sua elaborada linguística, seu mistério e drama, o jogo brilhante dos mestres italianos, para que as ordens voltem ao seu discurso original, que não conteria nada além de sua linguagem funcional.”

* “Essa abordagem da questão estava totalmente de acordo com o pensamento francês da época: tudo deveria ser muito racional (aliás, este era o centro da questão). Entretanto, esta proposição não funcionava, nem mesmo teoricamente, porque as próprias ordens - tal como são encontradas em Roma - não são, de modo algum, primitivas ou funcionais, mas, pelo contrário, são altamente estilizadas.”

* “Coube a outro abade francês, o jesuíta Laugier, anunciar, quase cinqüenta anos depois, uma teoria que realmente abalaria o processo da arquitetura e mudaria a base do pensamento arquitetônico no século que se seguiu. E sua influência talvez vá além desse século, pois não estou certo de que Laugier não possa ser considerado, com razão, o primeiro filósofo da arquitetura moderna.”

* “Até então, todos os teóricos da arquitetura tinham como hipótese estabelecida que a arquitetura se originou quando o homem primitivo passou a construir sua própria casa. Do abrigo passou para o templo e, aprimorando continuamente essa fórmula, inventou a versão em madeira da ordem dórica, a qual foi então copiada em pedra.”

* “Mas ninguém até então pensara concretamente a respeito da casa primitiva; e Laugier fez exatamente isso.”

* “Pela primeira vez, o princípio de autoridade das ordens estava sendo solapado - descartado em nome de outra coisa, em nome de uma imagem de seu próprio protótipo hipotético, o qual, por sua vez, era um protótipo funcional, racional.”

* “Laugier não pretendia, de forma alguma, banir as ordens; muito pelo contrário, acreditava que novas ordens poderiam ser inventadas. Mas esperava que os arquitetos as empregassem com o mesmo sentido de verdade construtiva que estava presente nos esteios e vigas da casa primitiva.”

* “Concordava com Cordemoy em que a "arquitetura em relevo" deveria ser abandonada; porém, foi ainda mais longe ao propor que as paredes também fossem abandonadas. Para Laugier, o edifício ideal era feito inteiramente com colunas - colunas que suportavam vigas que, por sua vez, suportavam uma cobertura.”

* “Quanto à prática da arquitetura propriamente dita, acredito que se possa afirmar com segurança que qualquer obra inovadora realizada por volta de 1755 ou foi influenciada pelas opiniões de Laugier ou as rejeita frontalmente.”

* “O Panthéon de Paris, projetado por Jacques-Germain Soufflot para ser uma igreja dedicada a Ste. Geneviève, é o edifício que melhor encarna essas opiniões. Soufflot não foi propriamente um discípulo de Laugier, mas suas idéias quanto a princípios arquitetônicos aproximavam-se das de Laugier e foram, provavelmente, influenciadas por ele.”

* “Soufflot buscou construir uma igreja na qual a ordem, expressa apenas em fustes cilíndricos e independentes, não fosse apenas bonita mas, de fato, sustentasse a cobertura. E quase conseguiu.”

* “Palladio pretendia ser, acima de tudo, romano. Já Soufflot buscava ser mais filosófico - sua intenção era chegar à verdade que havia por trás de Roma, à verdade ao mesmo tempo estrutural e estética que se supunha existir originalmente nas ordens.”

* “O Panthéon é o primeiro edifício de importância que pode ser chamado de neoclássico

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