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Cotagem de desenho técnico

Por:   •  1/5/2015  •  Bibliografia  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  663 Visualizações

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DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

Regras Básicas para Cotagem

Introdução

Saber cotar é muito mais do que colocar as dimensões nos desenhos. A cotagem requer conhecimento das normas, técnicas e princípios a elas associadas, além dos processos de fabricação e das funções da peça ou elementos que a constituem.

Uma cotagem incorreta ou ambígua pode causar grande prejuízo na fabricação do produto.

Aspectos Gerais da Cotagem

A cotagem requer a aprendizagem de um conjunto de regras e princípios, os quais, cumpridos, permitem uma fácil e correta interpretação da peça, sendo imprescindíveis para a sua definição, fabricação e controle. A aprendizagem da cotagem pode ser subdividida em três aspectos fundamentais:

- Elementos da cotagem;

- Seleção de cotas a serem inscritas nos desenhos. As cotas devem levar em conta a função dos elementos ou das peças;

- Posicionamento das cotas. As cotas devem ser posicionadas nos desenhos de forma a definirem rigorosamente os objetos cotados, facilitando a sua leitura e interpretação.

Elementos da Cotagem

Os elementos da cotagem necessários para a inscrição das contas nos desenhos são representados na Figura 1.

[pic 1]

Figura 1. Elementos da cotagem


Cotas – São números que indicam as dimensões lineares ou angulares do elemento. A unidade das cotas lineares é o milímetro, usado nos países que adotaram o Sistema Internacional (SI) de unidades, na área de mecânica. Se forem usadas outras unidades que não o milímetro, estas devem ser obrigatoriamente indicadas no campo apropriado da legenda. A unidade das cotas angulares é o grau (°) independentemente da unidade usada nas cotas lineares.

Linhas de chamada – São linhas de traço contínuo fino, normalmente perpendiculares a linha de cota, que a ultrapassam ligeiramente, e que têm origem no elemento a cotar.

Linhas de cota – São linhas retas ou arcos, normalmente com setas nas extremidades, a traço contínuo fino, paralelas ao contorno do elemento cuja dimensão define.

Setas – As setas (ou flechas) não são mais do que terminações da linha de cota. Em projetos mecânicos devem ser usadas preferencialmente setas cheias.

Símbolos – Em cotagem, existe um conjunto de símbolos complementares de cotagem que permitem identificar diretamente a forma de alguns elementos melhorando a interpretação do desenho. Na Figura 2 é apresentado um exemplo, que surgem os símbolos a seguir:

  • Ø – Diâmetro;
  • R – Raio;
  •  - Quadrado;
  • SR – Raio esférico;
  • SØ – Diâmetro esférico.

[pic 2]

Figura 2. Símbolos complementares de soldagem.

Regras Gerais para a inscrição das cotas nos desenhos

  1. As cotas indicadas nos desenhos são sempre as cotas reais do objeto, independentemente da escala utilizada no desenho.
  2. Cor dos caracteres: tal como para representação em geral, os elementos da cotagem devem ser apresentados em preto.
  3. Dimensão dos caracteres. as cotas devem ser apresentadas em caracteres de dimensão adequada a sua legibilidade. Os algarismos das cotas devem obrigatoriamente ter sempre a mesma dimensão num desenho.
  4. Não pode ser omitida nenhuma cota necessária para a definição da peça.
  5. Os elementos devem ser cotados preferencialmente na vista que dá mais informações em relação à sua forma ou à sua localização (Figura 3).

[pic 3]

Figura 3. Seleção da vista mais adequada para a inscrição de uma cota.

  1. Devem ser evitados, sempre que possível, cruzamentos de linhas de cota entre si ou com outro tipo de linhas, sobretudo linhas de chamada ou arestas (Figura 4). As arestas podem ser utilizadas como linhas de chamada, mas não como linhas de cota.

[pic 4]

Figura 4. Algumas regras para as linhas de cota.

  1. As cotas devem ser localizadas preferencialmente fora do contorno das peças, tal como indicado na Figura 5. Todavia, por questões de clareza e legibilidade, estas podem ser colocadas no interior das vistas, como na cotagem do furo indicado.

[pic 5]

Figura 5. Cotas nas vistas.

  1. As cotas devem ser localizadas o mais próximo possível do detalhe a cotar, embora respeitando todas as regras e recomendações anteriores (Figura 6).

[pic 6]

Figura 6. Localização das cotas em relação às vistas.

  1. Cada elemento deve ser cotado apenas uma vez, independentemente do número de vistas da peça (Figura 7).

[pic 7]

Figura 7. Cotas redundantes.

  1. Em casos especiais, como na cotagem de elementos equidistantes, podem ser inscritas cotas auxiliares entre parêntesis (Figura 8).

[pic 8]

Figura 8. Cotagem de elementos lineares eqüidistantes.

  1. As dimensões devem ser posicionadas sobre a linha de cota, paralelas a esta e, preferencialmente, no ponto médio da linha, de acordo com a Figura 9. Também é permitido o uso de cotas na horizontal, de tal modo que sejam lidas da margem inferior da folha de desenho (Figura 10). Num desenho, deve ser utilizada apenas uma das técnicas, sendo recomendável o uso da primeira.

[pic 9]

Figura 9. Inscrição das cotas nos desenhos paralelas as linha de cota.

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