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Fichamento: Cidade Para Pessoas

Por:   •  27/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  1.680 Visualizações

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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO – UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA.
KAÔMA TELES ROQUE RA: 125768 – NOITE.

GEHL, Jan. A Dimensão Humana. Cidade para Pessoas. Tradução Anita Di Marco. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, p. 3-29, 2013.

RESUMO:

O planejamento urbano, por décadas, se esqueceu das pessoas. A dimensão humana foi esquecida, negligenciada, principalmente com o início do planejamento modernista. As cidades foram crescendo, o trafego de carros também cresceu e o planejamento focou nos automóveis e se esqueceu que as cidades são feitas, principalmente, de pessoas. O modernismo foi esquecendo as pessoas, deixou de lado os espaços urbanos, a interação humana, e as tendências arquitetônicas seguiram rumos em que os edifícios eram cada vez mais isolados e autossuficientes. Com poucos locais para os cidadãos andarem e passarem tempo, morando em prédios onde se tem tudo sem precisar sair, a cidade se tornou menos atrativa, saudável e viva.

Gehl cita o livro: Morte e Vida das Grandes Cidades. Ele conta que Jane Jacobs foi a primeira pessoa a ser realmente ouvida sobre o fato de que os automóveis estavam ocupando o espaço das pessoas na cidade, e com isso o espaço urbano poderia chegar ao fim.

Felizmente, nas décadas recentes, houve mudanças no planejamento urbano. Está sendo criado condições melhores para os pedestres, mais espaços para as bicicletas, diminuindo o trafego de carros e criando uso misto em áreas residenciais. Isso cria um bom fluxo na cidade. Mais pessoas andando nas ruas, mais segurança, mais pessoas saudáveis, menos poluição, mais interação e uma cidade ativa e viva. Mas esse progresso não vem de todos os lugares. Nos países subdesenvolvidos, pedestres e carros ainda concorrem por um lugar nas ruas.

Após virada do milénio, há mais pessoas vivendo na área urbana do que na rural. As cidades crescem rapidamente e é dever dos urbanistas planejar cidades onde as pessoas são o foco, que os pedestres tenham seu espaço. Uma cidade com pessoas é uma cidade viva, segura e sustentável.

Para uma cidade ser viva, ela tem que ser compacta e segura. Cidade compacta permite com que as pessoas façam percursos a pé tranquilamente, e mesmo se precisar usar transporte publico ou bicicleta não irá passar horas até chegar ao seu destino. Quanto mais pessoas nas ruas, mais há a sensação de segurança.

Sustentabilidade é uma questão muito importante nos tempos atuais e por isso é necessário pensar na cidade sustentável, que é aquela onde os meios de transportes são “verdes”: bicicleta, metro, ônibus, trem, ou até mesmo a pé. Esses meios de transportes ajudam na economia, no meio ambiente e na saúde. Mas para que a cidade seja sustentável não basta oferecer o transporte, mas também oferecer segurança e fazer as pessoas se sentirem confortáveis para utilizar. Um ônibus onde os bancos são desgastados, estão sempre lotados não é confortável.

A partir do século XX, o uso do automóvel cresceu muito e todo o espaço da cidade era preenchido com veículos. Quanto mais se cria espaço para os carros mais espaço é necessário. Houve tentativas de construir vias e estacionamentos para melhorar o congestionamento, mas isso não solucionava. As pessoas sempre iam achar uma forma para preencher os espaços. A solução para isso é tirar esses grandes espaços criados para os carros e criar uma boa estrutura de mobilidade tanto para pessoas, como para bicicletas e ônibus.

Em 1989 houve um terremoto em São Francisco e causou um estrago em uma das suas vias arteriais. Essa via, de tráfego intenso, foi fechada pois necessitava ser reconstruída. Mas, antes de qualquer plano ser feito, viram que a cidade conseguiu se virar bem sem essa via. Os usuários se adaptaram e agora, ao invés de uma via expressa, há um bulevar arborizado e com grandes calçadas.

Na Europa, em 2002 Londres instituiu um pedágio urbano para os veículos que iam ao centro da cidade. Funcionou muito bem e o transito diminuiu, mas por um tempo. Após alguns anos esta taxa aumentou e o trafego diminuiu novamente. O dinheiro arrecadado é usado para a melhoria do sistema de transporte público. Já em Copenhague, o tráfego de carro deu lugar ao tráfego de bicicleta. Com o passar dos anos a rede viária foi replanejada pensando nos ciclistas, tornando a andar de bicicleta algo seguro. Com isso, 37% da população usa a bicicleta como meio de transporte.

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