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Fichamento: O Urbanismo - Utopias e Realidades

Por:   •  19/2/2018  •  Resenha  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  698 Visualizações

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Choay, Françoise; O Urbanismo: Utopias e Realidades. “Ebenezer Howard”. São Paulo – SP – Brasil: Editora Perspectiva S.A., 3ª edição, 1992. (p.219-228)

Criou as Cidades-Jardins, visando melhorar as condições de saúde, pobreza e poluição através da junção das vantagens da vida na cidade e toda a beleza do campo, com liberdade econômica, e para que após a compreensão da sociedade, obter a revolução social.

“E. Howard foi o criador das cidades-jardins. (...)foi profundamente marcado pela leitura de dois livros: Progress and Poverty, de Henry George (1881) e Looking Backward (1889), a utopia do americano E. Ballamy. Nessas obras residem as fontes da sua própria obra, que surgiu em 1898: Tomorrow: A Paceful Path to Social Reform. Nova utopia, onde estava exposta sua teoria da Garden-city (...). O êxito imediato e considerável de sua obra levou, com efeito, E. Howard a fundar, em 1899, a Associação das Garden-Cities; a partir de 1903, ela pôde adquirir, em Letchworth, o primeiro terreno onde construir.” (p.219)

Criador das Cidades-Jardins, Ebenezer Howard (1850-1928), se inspirou nas obras de Henry George e E. Ballamy, Progress and Poverty e Looking Backward respectivamente, para a criação de sua própria obra, Tomorrow: A Paceful Path to Social Reform, expondo sua teoria da Garden-Cities. Logo fundou a Associação das Garden-Cities. Seu primeiro projeto foi em Letchworth (1903).

“E. Howard confiou aos arquitetos Parker e Unwin o projeto de Letchworth, e a Louis de Soissos o de Welwyn (1919). Estas duas cidades converteram-se depois em modelos na Europa e nos Estados Unidos. (...) Depois da Segunda Guerra Mundial, elas ainda serviram de protótipo para a construção de cidades na Grã-Bretanha.” (p.220)

Confiando o projeto de Letchworth aos arquitetos Parker e Unwin e o projeto de Welwyn (1919) ao Louis de Soissons. Essas duas cidades foram modelos na Europa e nos Estados Unidos, e mais tarde, na Grã-Bretanha.

“Entretanto, ele sempre subordinou (...) o progresso ideal de pequenas comunidades limitadas no espaço e dotadas de um espírito comunitário.” (p.220)

Em seus projetos, visava sempre a higiene, com quantidades limitadas de pessoas no espaço e as mesmas deveriam ser comunitárias.

“A cidade e o campo devem esposar-se, e dessa feliz união brotará uma nova esperança, uma nova vida, uma nova civilização.” (p.221)

O homem deve desfrutar de todos os fatores da vida no campo – alimentos, roupas, e a liberdade – junto com as vantagens da cidade – cultura, religião, arte, ciência e principalmente a relação homem a homem.

“A cidade crescerá, mas crescerá de acordo com um princípio cujo resultado será não diminuir nem destruir, mas aumentar sempre suas vantagens sociais, sua beleza e sua comodidade.” (p.226)

O autor tenta ressaltar que o crescimento dessa cidade levará a numerosas vantagens, deixando-a cada vez melhor.

 “

E. Howard propõe uma nova forma de obter melhores resultados, as Cidades-Jardins, com pessoas vivendo juntas à natureza e com harmonia, ao invés de adaptar as cidades antigas a novas necessidades, que nunca param de crescer.

Foi um dos principais urbanista culturalista, considerado inspirador para outros arquitetos, se preocupando mais com as relações sociais.

Choay, Françoise; O Urbanismo: Utopias e Realidades. “Raymond Unwin”. São Paulo – SP – Brasil: Editora Perspectiva S.A., 3ª edição, 1992. (p.229-232)

Construtor da primeira Garden-City, juntamente com Barry Parker. Elabora outro modo para a formação de um espaço local e também para a organização de uma cidade.

“Não há mais motivo para limitar hoje as cidades do mesmo modo (que no passado); fazê-lo seria puro contrassenso, seria agravar mais a congestão urbana; mas, ao deixar as cidades estender-se livremente, é importante dar-lhes, de algum modo, limites, e precisar, separando-o das partes vizinhas, o espaço destinado aos novos bairros.” (p.229)

Ao contrário das cidades antigas, que eram marcadas por um muro para mostrar que ali se encontrava o fim da cidade, isolando-a, hoje não se deve mais limita-las, pois seria uma barreira para a constante evolução e crescimento da mesma. Porém, para que a cidade tenha uma organização e não se perca diante de um espaço maior que a engloba, é importante que haja uma marcação ao “fim” para indicar que ali se inicia um outro bairro ou até mesmo cidade.

“(...) onde existem florestas que não podem ser inteiramente conservadas, geralmente será possível manter uma faixa estreita, de largura suficiente para formar uma tela. Nas grandes cidades ou nos bairros extensos, seria conveniente organizar largas faixas de separação (...)”. (p.230)

O autor propõe uma maneira de marcar o inicio e o fim de uma cidade, que será através de florestas, onde nos locais que a mesma não pode ser totalmente conservada fique apenas uma pequena espessura, como uma cerca viva, e nos casos das cidades e bairros maiores e mais extensos, áreas maiores, podendo conter parques, jogos e cultivo.

“Os cinturões de espaços livres com vegetação ajudarão a fazer com que o terreno que eles cercam constituam uma unidade local.” (p.230)

A partir do sistema citado a cima, com áreas que separam cidades e bairros através de vegetações, forma-se vários espaços individuais.

“(...) é sempre preciso que algumas dessas partes se destaquem e dominem e que outras lhes fiquem subordinadas; o melhor modo de conseguir isso, em urbanismo, consiste em ter, como os antigos, centros bem definidos.” (p.230)

Para que algumas áreas das cidades se realcem e dominem outras, é preciso a boa definição dos centros.

“Para se ter certeza de que é ali que o povo se reunirá, esses centros serão colocados nos pontos de afluência das linhas principais, ou ficarão próximos delas (...).” (p.231)

Para obter uma boa definição dos centros urbanos, que serão os locais com focos de vida social, deve coloca-los em áreas de grande fluxo.

“A estação da estrada de ferro deverá ser um dos pontos focais das vias de comunicação. (...) Certas considerações de conveniência ou de comodidade exigem que haja, diante da estação um espaço aberto, uma praça que de amplitude àquela entrada principal da cidade e que facilite o tráfego intenso que deve haver ali. (...) Seria melhor que as estações ficassem situadas no fundo de uma praça sem ruas laterais.” (p.231)

Um dos centros de foco da cidade deve ser a estação da estrada de ferro, e devido ao intenso fluxo de pessoas e para manter a segurança das mesmas, deve ser colocada em uma praça, para que as pessoas que saem ou entram na estação não se depare diretamente com o tráfego de carros intenso.

“A praça da estação não tem de ser, necessariamente, a praça central da cidade. O barulho da estrada de ferro, o tumulto do tráfego que ela ocasiona, torná-la-iam inapta para essa finalidade. Mas a praça central não precisa ficar longe da estação e, de qualquer forma, deve comunicar-se com ela através de largas ruas ou avenidas.” (p.231)

Essa praça da estação citada a cima, não precisa ser a principal praça da cidade, mas deve sim ser ligada a ela, através de avenidas e ruas preparadas para o grande fluxo.

R. Unwin estuda outros modos para a constituição de um espaço local, cidade ou bairro, e para a formação e organização de uma cidade através de centros urbanos.

Urbanista culturalista que visa a melhoria da vida social nos centros urbanos.

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