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Loja forma

Por:   •  30/5/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  659 Palavras (3 Páginas)  •  180 Visualizações

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A Loja Forma foi construída em 1987, pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, conhecido pela sua simplicidade arrojada, está localizada na Avenida Cidade Jardim, em Sp.

O projeto da Loja Forma evidencia que, quando se trata de obras de arquitetura de qualidade superior, a forma não é um componente a mais, mas o modo em que o programa, a técnica e o lugar são sintetizados. E que, fundamentalmente, a arquitetura de excelência não depende, para o seu surgimento, de localizações espetaculares, orçamentos ilimitados ou programas extensos e glamurosos.

O conceito do projeto foi aproveitar o máximo espaço possível de exposição e venda de móveis assinadas pelos principais arquitetos e designers do século xx.

Tanto o desejo de contar com um pavimento térreo diáfano como o de criar uma longa vitrine sem nenhum apoio intermediário tiveram importantes consequências técnicas.

A vitrine é elevada e alcança a largura total do edifício, garantindo visibilidade aos objetos a venda do ponto de vista de quem passa pela loja, assim, a vitrine torna-se um letreiro, facilmente visto pelos carros em movimento.

Com o piso da loja elevado, e com cerca de 750 m2 de estacionamento no nível do solo e a entrada principal é alcançada através de uma escada retrátil, sendo mais um recurso para a liberação completa do térreo para manobra dos carros.

Para vencer trinta metros de vão livre, são necessários vigas e pilares de tamanho considerável. O que é digno de menção é o fato de que embora essas vigas e pilares sejam enormes, não nos damos conta dessas dimensões, devido à sua integração com outros elementos do projeto. Duas vigas protendidas “duplo T” de concreto de aproximadamente um metro e meio de altura vencem o grande vão ao nível do piso da loja. Essa dimensão passa despercebida pelo fato de as duas vigas fazerem parte de um elemento maior que define, ao mesmo tempo, o teto do estacionamento, o piso da vitrine e o piso do nível principal da loja. Esse entrepiso é resultado da extensão das mesas das vigas, constituindo duas lajes. A laje superior conecta as duas vigas sem ultrapassá-las e constitui o piso da loja. A laje inferior, protendida no sentido transversal, avança até os limites da caixa e constitui o piso da vitrine. Essa diferença de nível entre as lajes, além de individualizar a vitrine como um espaço, permite uma visão ascendente e diagonal do interior da loja desde o seu exterior e no sentido inverso.

Coisa similar acontece com os apoios verticais, quatro pilares retangulares com lados medindo aproximadamente 1,3m Os pilares são unidos, dois a dois, por lâminas verticais de concreto que dão rigidez ao conjunto e cujas extensão é maior do que a distância entre pilares. Isso acaba tendo efeito semelhante ao que se viu em relação às vigas de concreto protendido: os planos de concreto escondem a real dimensão dos pilares e, pelo avanço da lâmina externa até o limite da caixa, sugerem que o volume é suportado por um plano quase sem espessura. No interior de cada conjunto de dois pilares e dois planos esbeltos estão dispostas as instalações, a escada, elevador, sanitário e demais apoios.

Uma primeira descoberta é que praticamente a mesma solução é empregada no sentido vertical e no horizontal, configurando um sistema estrutural principal com a forma de uma grande letra “H”. Sobre esse H em concreto,

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