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MARKETING EM NATAL RN

Por:   •  18/10/2015  •  Artigo  •  5.879 Palavras (24 Páginas)  •  341 Visualizações

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Resumo

Esse trabalho, com a utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (S.A.E.), disponibiliza um conteúdo de acréscimo no conhecimento dos profissionais técnicos de enfermagem que assistem, em domicílio, pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A.) para a prevenção da broncoaspiração de material orofaríngeo. Com o objetivo de identificar intervenções e cuidados preventivos nas atividades da equipe de enfermagem para a broncoaspiração nos pacientes portadores de E.L.A., acredita-se que este estudo irá ser de grande valia para os profissionais, norteando a conduta adequada e ajudando-os a conhecer os procedimentos técnicos que deverão ser utilizados em seus pacientes. Será utilizado o método de pesquisa exploratória aos procedimentos técnicos, à abordagem do problema e à natureza da pesquisa.

Descritores: aspiração, disfagia, enfermeiro, esclerose amiotrófica lateral.

Introdução

Há diversos sinais em que os pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A.) apresentam com a evolução da doença e um deles é a broncoaspiração por materiais orofaríngeos. Diante disto, tem-se a necessidade de novas pesquisas aprofundadas para a prevenção da broncoaspiração com o esclarecimento de ações fazendo assim uma colaboração para o conhecimento dos profissionais técnicos de enfermagem que assistem, em domicílio, esses pacientes. Com a utilização da S.A.E., esse trabalho tem como objetivo de identificar e realizar intervenções e cuidados preventivos nas atividades da equipe de enfermagem para a broncoaspiração nos pacientes portadores de E.L.A., acreditando que este estudo irá ser de grande valia para os profissionais ajudando-os a conhecer os procedimentos técnicos que deverão ser utilizados em seus pacientes, assim como, nortear a conduta adequada para os mesmos.

A E.L.A. foi descrita pela primeira vez por Charcot em 1869 e se tornou bastante conhecida como doença de Lou Gehrig devido ao jogador americano de baseball que faleceu com a doença em 1941. É uma doença neurodegenerativa progressiva do Sistema Nervoso Central (S.N.C.), associada à degeneração e perda de neurônios motores superiores e inferiores. O seu diagnóstico é clínico, complementado por testes laboratoriais, eletroneuromiografia e exames de neuroimagem. Na E.L.A. são afetados dois tipos de neurônios motores: neurônios motores superiores (N.M.S.), que são localizados na área motora no cérebro; E neurônios motores inferiores (N.M.I.), que são localizados no tronco cerebral e na porção anterior da medula espinhal. Os N.M.I. tem suas atividades reguladas pelos N.M.S. através do envio de mensagens químicas (neurotransmissores). Com a ativação dos N.M.I. é permitida a contração dos músculos voluntários do corpo. No tronco cerebral os N.M.I. tem a função de ativar os músculos da face, boca, garganta e língua(1).

Em seus estágios iniciais, os portadores da doença terão que realizar adaptações, com as orientações de uma equipe de saúde composta por enfermeiros, fisiatra, fisioterapeuta e por terapeuta ocupacional, para que a sua atividade de vida diária se torne mais fácil, segura e econômica. Resulta no paciente a perda do reflexo de engolir devido à disartria, que é causada pela atrofia e a fraqueza da língua, dos lábios, dos músculos faciais, da faringe e da laringe, e pela disfagia, causada por paralisia e atrofia dos músculos bulbares, causada pelo comprometimento dos nervos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso, o que ocasiona a perda da capacidade para mastigar, impulsionar a comida com a língua e formar o bolo alimentar, resultando na perda do reflexo de engolir(2). Como resultado final, há desidratação e perda de peso, aspiração e infecções pulmonares recorrentes e piora da capacidade respiratória.

A deglutição normal envolve a força e a coordenação motora da musculatura da boca, faringe, laringe e esôfago. A disfagia consiste em alteração no ato da deglutição cujas causas principais são estruturais ou neurológicas. Entre as consequências da disfagia, a mais preocupante e comum em pacientes neurológicos é a aspiração de secreções e alimento para a via respiratória inferior(3).

2  Sistematização da Assistência de Enfermagem

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (S.A.E.), tem como atividade privativa do enfermeiro que norteia as ações e atividades de toda a equipe de Enfermagem, pois técnicos e auxiliares desempenham suas funções a partir de uma prescrição do enfermeiro. Com a ajuda para tomar decisões, prever e avaliar consequências, a prática da Enfermagem ajuda o enfermeiro pra o aperfeiçoamento da capacidade de solucionar problemas, tomar decisões e maximizar oportunidades e recursos formando hábitos de pensamento(4).

Para implantação da S.A.E. é necessário selecionar uma teoria de enfermagem que por consequência irá direcionar as demais etapas da sistematização da assistência. Em seguida é apresentada as etapas do processo de enfermagem, uma forma de auxiliar a implementação da S.A.E..

A investigação se torna o primeiro passo para a determinação do estado de saúde do cliente, pois tem como propósito a identificação dos problemas, das necessidades, das necessidades e reações humanas do cliente. É de grande importância que suas informações sejam coletadas as mais precisas possíveis, para que seja estabelecido o perfil de doença do cliente. Seguindo a etapa do processo de enfermagem, o diagnóstico de enfermagem tem como objetivo a análise e a interpretação dos dados colhidos. Baseados nos problemas reais e potenciais, devem ser colhidos  e identificados na ordem em que, as prioridades  no grau de ameaças de nível de bem-estar do cliente seja assim, um foco central para as etapas a seguir. O planejamento da assistência se torna a terceira etapa do processo de enfermagem, que consiste no estabelecimento de prioridades para os problemas de diagnósticos, na fixação de resultados com o cliente, o registro escrito dos diagnósticos de enfermagem, dos resultados esperados e das prescrições de enfermagem de modo organizado.  Seguindo as etapas do processo de enfermagem, a implementação constitui a quarta etapa, onde as ações prescritas pelo enfermeiro são necessárias para a obtenção dos resultados esperados, a fim de resolver ou controlar um diagnóstico de enfermagem e promover a saúde do cliente. As prescrições de enfermagem baseiam-se no diagnóstico de enfermagem, onde as atividades de enfermagem irão definir as necessidades de cuidado para que os fatores sejam eliminados. A avaliação ou evolução termina o processo de enfermagem na quinta etapa. A avaliação de enfermagem tem como resultado o acompanhamento das respostas do paciente         aos cuidados prescritos e realizados pelo técnico por meio de anotações no prontuário, da resposta do cliente observada diretamente à terapia proposta e o relato do mesmo. A avaliação diária detecta para o enfermeiro os cuidados de enfermagem que devem ser mantidos, como também os que devem ser modificados e os que já podem ser finalizados e que já supriram as necessidades do cliente(5).

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