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A atuação do SS nos hospitais publicos de Natal-RN

Por:   •  23/9/2016  •  Artigo  •  4.225 Palavras (17 Páginas)  •  443 Visualizações

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             A atuação do Serviço Social nos hospitais públicos de Natal-RN.

Roberttha Figueiredo de Araújo

Resumo: O presente trabalho irá tratar do exercício profissional do assistente social nos hospitais públicos de Natal-RN. Ao longo deste, fará uma análise sobre a trajetória, implantação e a atual conjuntura do SUS, questionando o cidadão como sujeito de direitos e como o Serviço Social trabalha nesse cenário. Relata a mediação feita pelo profissional frente ao cenário neoliberal e as desavenças do SUS, e como o assistente social faz pra efetivar o projeto ético politico defendendo o que é competência e atribuição do Serviço Social. Ao final, faz uma breve analise sobre as politicas sociais em especial à da saúde, acreditando que sempre a um melhor jeito de defender o que é público e o que foi conquistado através de luta social, resguardando a cada cidadão a importância da consciência e da participação em massa, no controle social.

Palavras-Chaves: SUS, Serviço Social, Hospitais, Controle Social, Mediação.

  1. INTRODUÇÃO

Trataremos agora de analisar a atuação do Serviço Social em dois hospitais públicos de Natal. Principalmente, especificando e questionando a efetivação e violação de direitos sociais nas instituições examinadas, através do ponto de vista dos assistentes sociais sobre a luta a favor dos direitos humanos, avaliar e examinar a compreensão dos profissionais sobre o SUS e o Projeto Ético Politico, ponderar conteúdos remetentes ao conservadorismo na atuação dos assistentes sociais no campo examinado, relevando a importância de mapear iniciativas de defesa dos assistentes sociais pelos espaços e direitos dos usuários.

Para atingir os objetivos propostos, a pesquisa irá a campo entrevistar as assistentes sociais dos hospitais Monsenhor Walfredo Gurgel e a Maternidade Escola Januário Cicco no município de Natal- RN. Inicialmente surgirão perguntas que resgatem todo o seu acervo enquanto profissional, principalmente sua formação acadêmica e também como é sua atuação profissional frente às desavenças do SUS.

Em seguida haverá perguntas de como e a profissional vê esse descaso na saúde pública e se os usuários tem conhecimento do papel do Serviço Social, enfatizando quais as dificuldades nos espaços de trabalho e como esta atual condição de saúde pública de Natal, aos olhos dos profissionais. Com a finalidade de absorver as respostas essenciais, para identificar a visão geral dessas assistentes sociais em sua formação profissional e sua atuação frente a essa conjuntura.

  1. O SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO DO SUS

No contexto histórico do Brasil, nota-se que foi quase um século de lutas sociais para se construir uma politica de saúde que dê acesso a todos os brasileiros. Nos entraves, podemos citar que antigamente somente quem podia pagar por um atendimento de qualidade, tinha acesso à saúde, caso não tivesse dinheiro teria que enfrentar a filantropia. Já na república velha, marcada pelos grandes cafeicultores surgiram as primeiras estratégias de condições sanitárias, com processos de higienização das grandes cidades. Logo depois vem a revolta da vacina que obrigou-se novas relações do governo para com a sociedade brasileira. Na era Vargas, cujo Getúlio era conhecido como pai dos pobres, define-se pela criação de caixas e institutos que não tiveram muito sucesso.

Em 1945 à 1964 surge a tentativa pela democratização e ampliação da saúde, com a criação do ministério de saúde. Começam a atender os trabalhadores rurais e aparece o INPS (que deveria tratar dos doentes individualmente enquanto o ministério de saúde tratava só epdemias,) o INAMPS, entre outros.

A saúde nos anos de 1980 aos 90 aparece com uma grave crise da saúde na previdência e no ministério de saúde, começam a surgir os movimentos sociais. Desenvolveu-se a partir de então o movimento da reforma sanitária, cujo ouve elaboração de um documento que reivindicava o direito universal a saúde e a integralidade, que colocava toda a proteção das politicas sociais ao Estado. Foi a real proposta para a democratização da saúde.

VILAÇA explicita de maneira geral que "A Reforma Sanitária foi resultado de um movimento da sociedade civil brasileira em defesa da democracia, na luta por direitos sociais e pela implantação do SUS.” (MENDES, Eugênio Vilaça. 2001). É de grande destaque relatar que o Brasil tem uma conjuntura histórica de lutas sociais que reivindicavam a saúde. Antes da constituição de 1988, o serviço de saúde era vergonhoso no país, foi a partir da Reforma Sanitária, dos movimentos sociais, que lutavam por um sistema de saúde universal, que o Estado começou a pensar e articular uma nova reforma pra saúde brasileira. Foi a partir da 8º conferencia nacional de saúde que começou a se articular o SUS, como universal e direito de todos.

Em 1988 passando por vários entraves, foi a provado a proposta da Reforma Sanitária, O Sistema Único de Saúde – SUS que foi colocado dentro da constituição na parte da Seguridade Social, construindo os três pilares: assistência social, saúde e previdência social como sendo dever do Estado adotar a proteção social como um direito de todos os cidadãos.

O SUS na teoria é regido de vários princípios: a integralidade, a descentralidade, a racionalidade, eficiência e eficácia, a universalidade, a equidade, entre outros. É um processo de construção, que remete adaptação social.  Para a sua total implantação chega a ser um mito sua perfeição, pelas diversas dificuldades enfrentadas até os dias de hoje, após mais de duas décadas na constituição. Mas, não se pode negar que já ouve importantes avanços na saúde pública do Brasil.

Dentre os respectivos entraves atuais, podemos destacar a má gestão, o mau financiamento público, o clientelismo, a corrupção, erro nos repasses de recursos, entre vários outros que de certa forma levaram a um atraso na construção do SUS.

Sem duvidas, entre os avanços do SUS esta a criação e ampliação do Controle Social, do conselho de saúde, e a ampliação ao atendimento e ao acesso das pessoas que estão doentes, que apesar da precarização em algumas localidades, existe o atendimento e as pessoas podem se sentir mais “seguras” por terem esse direito garantido, que é universal. No entanto, é bom evidenciar que a maioria das pessoas não avançou na questão da conscientização enquanto sujeito de direitos, tratam o SUS como um favor do Estado e jamais como um direito conquistado, desconhecem o que é o controle social e geralmente não participam dos conselhos municipais e não cobram por aquilo que está sendo tirados ou desviados delas.

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