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MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Por:   •  8/2/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  136 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Fichamento de Estudo de Caso

Gabriella Dias Vieira

Trabalho da disciplina Gestão, Planejamento e Avaliação em Saúde Mental,

Tutor: Prof. Beatriz Acampora e Silva de Oliveira

Vitória

2018

Estudo de Caso :

Gestão, Planejamento e Avaliação em Saúde Mental

A Amil e o Sistema de Assistência Médica no Brasil

REFERÊNCIA: HERZLINGER, Regina E. & PINHO, Ricardo Reisen. A Amil e o Sistema de Assistência Médica no Brasil. Universidade Havard: Havard Business School, 2011. 30p.

A Amil é uma organização brasileira de saúde, fundada por Edson de Godoy Bueno, cirurgião geral em 1972, ofertava planos de saúde abrangentes para grandes, médias, pequenas e micro empresas e também para pessoas físicas para os diversos segmentos sociais a preços competitivos. Com a estratégia de integração vertical, havia duas organizações de planos de saúde a venda: a Lincx, com clientes de alta renda, classe A, em um ramo que a Amil ainda patinava; e a Samcil que atendia a classe média e baixa, mas que passava por graves dificuldades financeiras.

O momento para expansão era tentador, com a baixa qualidade dos serviços de saúde pública no país, o envelhecimento e prosperidade econômica da população, a saúde privada crescia e era alvo de investimentos, principalmente por parte das empresas. Porém as potenciais aquisições para expandir o mercado tinham aspectos negativos. O crescimento acelerado da Amil sobrecarregou a organização, gastos relacionados a compras, consultorias e exonerações de cargos colocavam pressão por resultados econômicos a curto prazo, para assegurar a liderança contra seis outras empresas, como o Bradesco Saúde. Outro fator negativo era o cenário político, onde diversas Associações Médicas no país deflagraram greve nacional, embora não se voltasse contra nenhuma organização de plano de saúde especifica, a greve poderia atingir diretamente a Amil, a maior empresa de serviços de saúde no Brasil.

No Brasil os serviços de saúde estavam divididos entre saúde pública e saúde privada, e apesar da saúde ser um direito constitucional da população atendido através do SUS, muitos considerava precário o sistema e recorriam aos cuidados particulares (cerca de 24% da população brasileira). O próprio governo investia mais na saúde privada que na pública, mesmo a primeira tendo caráter suplementar. Entre 2000 e 2010 a população brasileira aumentou cerca de 12,3% (169,7 para 190,7 milhões de pessoas) enquanto que a adesão a planos de saúde privado aumentou 48% (30,7 para 45,6 milhões de pessoas).

O foco da Amil é direcionado para empregado e cliente proporcionando saúde acessível e de alto nível. Por muitos anos altos cargos gerenciais eram compostos por médicos com pouco ou nenhum treino administrativo, o segredo para o crescimento da empresa era atrair e manter bons funcionários, baseado na meritocracia, a recompensa para os funcionários competentes tinha que ser extraordinária. O modelo meritocrático era um diferencial visto que outras organizações de plano de saúde predominavam com uma cultura paternalista.

A fim de melhorar seu modelo e cultura vigente, Bueno expandiu os negócios, abrindo uma organização de plano de saúde nos Estados Unidos (Austin e Las Vegas), nos anos 80/90. Queria trazer novidades e aprender novas práticas com o mercado norte americano que já era veterano no ramo, como Bueno comenta “[...] precisávamos estar com os melhores se quiséssemos ser tão bom quanto eles.” A principal conseqüência foi uma cultura interna baseada no auto-aprendizado, no qual ele era indicado como gerente de treinamento de RH e não como CEO.

O mercado de seguro-saúde atingia dois públicos: pessoas jurídicas e físicas, a Amil prestava serviços para ambas as clientelas como Planos de Livre Escolha, Organizações de Prestador Preferencial (OPPs), Organizações Mantenedoras de Saúde (OMSs), Planos de Mero Serviço (PMSs) e os Planos Odontológicos. Mais da metade dos inscritos eram clientes corporativos, estes podiam escolher três tipos de pagamento: Investimento Total, Investimento Parcial e o Custo Zero. A Amil também ofertava serviços especiais como o Total Care, certificado pela Joint Commission, que era um centro médico multidisciplinar especializado em doenças crônicas e com uma visão mais holística, o que reduzia gastos em condições de saúde especificas.

Os planos da Amil eram vendidos através de corretores e representantes, ambos recebiam comissões sobre as vendas. O grupo representava 54,2% do PIB brasileiro, e se concentrava nos estados mais ricos e populosos como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Brasília.

Em 2009 a Amil incorporou o Sistema de Saúde Integrada, com uma abordagem mais preventiva integrando serviços de diagnósticos, médicos e farmácia, além de unir hospitais e centros médicos gerais e especializados. Este sistema classificava as ocorrências médicas em três níveis:

  • Nível I – Serviços de primeiro socorro com médicos contratados em horários de 6 a 12 horas,
  • Nível II – Consultas com especialistas prioritária e não prioritária, os médicos eram contratados por hora, se demonstrassem potencial eram promovidos para o nível III,
  • Nível III – dedicado a pacientes com doenças crônicas ou em risco de desenvolver tais doenças através de uma visão holística da pessoa, o médico contratado é altamente capacitado e exclusivo da empresa.

Em todos os níveis os médicos são avaliados e incentivados a subir na hierarquia, gerando competição dentro da própria empresa. A divisão quanto aos níveis dos pacientes aumentava a qualidade nos atendimentos e diminuía custos. Eram elaboradas táticas e estratégias a fim de otimizar o serviço, desde a prevenção de doenças até o acompanhamento quando estas já se instauraram, como é o caso do Programa Amil de Qualidade de Vida (PAQV) e software conhecido como Gestão de Pacientes de Alto Risco.

Para atender a demanda, a Amil tinha uma rede em mais 600 cidades por todo o Brasil. Esta rede era constituída de rede terceirizada, rede privada e outras pequenas redes regionais. Outra estratégia investida pelo grupo Amil para ampliação da escala de negócio, foi promover com a classe médica o uso de seus próprios consultórios com ferramentas administrativas fornecidas pela Amil, isso favorecia menos gastos para centralizar esforços nas inovações médicas, reconhecimento local e internacional e novos recursos tecnológicos.

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