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MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Por:   •  13/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.457 Palavras (6 Páginas)  •  185 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Fichamento

Aluna: Thamires de Souza Machado

Trabalho da disciplina: História da Psiquiatria e da Reforma Psiquiátrica

                                                 

Campos dos Goytacazes

2018

Fichamento:

O ALIENISTA

REFERÊNCIA:  MACHADO DE ASSIS, José Maria. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. V. II.

RESUMO:

Em tempos passados havia um médico, Dr. Simão Bacamarte, filho de nobres, estudou em Coimbra e Pádua. Aos seus trinta e quatro anos, regressou ao Brasil, precisamente para Itaguaí. Após um tempo morando no local casou-se com D. Evarista, nesta ocasião estava ele com quarenta anos e ela com vinte e cinco. Simão esperou deste matrimónio filhos fortes e inteligentes, porém ao passar dos anos sua esposa não engravidava, estudou esse fato e receitou-a uma dieta na tentativa de manter a geração de sua família, mas D. Evarista não respondeu bem a esse tratamento. Para livrar-se de tamanha decepção, o Dr. Bacamarte engajou-se profundamente com seus estudos e prática da medicina, foi então, que o psiquismo humano lhe chamou atenção. Acreditava Bacamarte que a ciência que agora estudava era a mais digna de um médico, seu amigo, Crispim Soares, boticário da vila concordou plenamente com o Doutor. Percebendo como a cultura de Itaguaí excluía e trancafiava os loucos em suas próprias casas esperando a morte, Simão Bacamarte propôs a Câmara uma ideia inusitada para a época, construir uma casa para tratar e abrigar os loucos. A ideia assustou a comunidade, e o Padre Lopes, vigário do lugar estava certo que de Bacamarte perdeu o juízo de tanto estudar. Mesmo com a população não entendo suas intenções Bacamarte defendeu seus ideais e convenceu a câmara a dar-lhe a licença para a construção da casa que denominou; Casa Verde. Após sete dias de festividade de inauguração, começou Simão Bacamarte a acolher os loucos da cidade. A Casa Verde correspondeu prontamente ao que pretendia agora o médico começa a analisar profundamente o comportamento de cada louco e por assim, classifica-los. Trabalhava arduamente dia e noite, e pouco dedicava-se a sua esposa, portanto para compensa-la de sua solidão, ofereceu que fosse junto a algumas pessoas próximas, ao Rio de Janeiro. Sem a presença de D. Evarista. O médico estudava ainda mais, nesse momento então, que teve uma nova concepção da loucura, percebeu que a loucura era ainda maior do que imaginava e que ocupava um espaço considerável da mente das pessoas. Em observação da população de Itaguaí, o Alienista começou a tomar nota do comportamento de muitas pessoas consideradas importantes para a sociedade daquela época, e concluí que muitas delas expressavam comportamentos patológicos, e para que pudesse trata-las tomou-as a Casa Verde. A população ao ver tais atitudes, inquietou-se, e começou a questionar as atitudes do médico. Alegavam que poderia o médico estar agindo por vontade própria e não por constatação científica. Mesmo sem crédito com a população, o Alienista defendia seu posicionamento. Com o retorno de D. Evarista do Rio de Janeiro algumas pessoas que não concordavam com o Alienista viam uma esperança de que ela o fizesse desistir e rever seus conceitos sobre os últimos internados na instituição, mas não foi o que aconteceu, por diversos motivos Simão Bacamarte distribuía diagnóstico pela sociedade. A situação estava cada vez mais conflituosa entre as atitudes do Alienista e a vontade da população, que reuniu alguns representantes e levaram uma petição a Câmara. Pediram o fechamento da Casa Verde, os revoltados alegavam que Simão estava internando mais pessoas para receber mais dinheiro, porém a essa altura o médico já havia aberto mão de ser remunerado pelo seu trabalho, o que fez a Câmara em nome da ciência negar a petição. Ainda insatisfeitos alguns se uniram a quem chamavam de Canjica e iniciou-se uma revolta que ficou conhecida como revolta dos canjicas. Em um dia estava Simão em sua casa estudando, e foi interrompido por sua esposa D. Evarista e mais 300 vozes aos gritos entoando as frases “morra Bacamarte”, “morra o tirano”. O alienista foi calmamente até a multidão revoltada, não entendeu o motivo de quererem a Casa Verde fechada, declarou um discurso que fez toda a multidão se silenciar. Os canjicas foram surpreendidos por soldados a fim de dissipar a multidão, mas, os soldados acataram a revolta e uniram forças com os Canjicas, destituíram o poder da Câmara colocando o líder dos Canjicas, o Barbeiro, para governar. Simão Bacamarte vendo tal situação, só previu que agora a Casa Verde seria destruída, no entanto, o Barbeiro propôs uma nova forma de intervenção que levasse mais tempo para diagnosticar as pessoas. Aos passar de cinco dias o Alienista colocou na Casa Verde cerca de cinquenta moradores de Itaguaí, o Barbeiro tentou intervir mais o poder social do Alienista foi maior e tomou a Casa Verde o Barbeiro também. Pouco a pouco, Simão Bacamarte foi colocando na Casa Verde seu amigo Crispim, o presidente da Câmara e até mesmo D. Evarista. Esse último ato, deu credibilidade ao médico, a final quem colocaria o amor de sua vida em internação se não fosse mesmo necessário. Ao passo que muitas pessoas daquela localidade já estavam internadas, Simão Bacamarte, surpreendeu a Câmara com um documento em que relatava soltar todos os loucos à rua e explicou que havia curado a todos. Foi então que começou a estruturar outra teoria, andou de um lado ao outro, refletindo e analisando tudo que havia feito, pensou Bacamarte, se estariam todos loucos de fato e foram curados, ou será que a cura não foi apenas uma descoberta de que o cérebro é perfeito mesmo em desequilíbrio. Bacamarte reuniu todos os seus amigos, e apresentou suas ideias, chegou a conclusão que não haviam e nunca houve loucos em Itaguaí, questionou a todos sobre suas próprias características e disse resolveu internar-se a si mesmo como objeto de estudo, então, esteve Bacamarte dentro da Casa Verde por dezessete meses onde veio a falecer sem nenhum avanço em suas teorias.

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