O Bairro Bixiga

Bexiga história

Surgiu a partir do loteamento de uma chácara que se chamava “chácara do Bexiga”

Em 1884, a viúva do dono da chácara que era conhecido como Antônio Bixiga se casou com o engenheiro Fernando de Albuquerque, que foi o responsável pelo loteamento das terras e por causa disso em 1878 deu se início ao processo de ocupação

Os terrenos eram estreitos, possuíam grande profundidade, a região possui uma topografia irregular e proximidade com cursos d’água tais características desfavoráveis faziam com que os terrenos da Bela Vista fossem acessíveis aos ex-escravos, nordestinos e imigrantes italianos e portugueses brasileiros que trabalhavam como artesões, comerciantes e construtores civis.

Arquitetura do Bexiga

Com o crescimento econômico e a chegada de imigrantes, principalmente dos italianos foram introduzidas outras técnicas de construção como a alvenaria de tijolos, pois até a metade do século XIX, o que predominava em São Paulo eram as construções em taipa de pilão.

Os lotes eram feitos seguindo o Código Sanitário de 1894 e o Código de Posturas de 1886 (obrigatoriedade de porão, alinhamento do lote, platibanda e corredor lateral descobertos para levar iluminação para os cômodos e pé direito alto)

os lotes eram compridos e estreitos, tinham aproximadamente 50 metros de comprimento e 5 ou 4 metros de largura, ou maiores de 6 a 7 metros. Com o passar dos anos começaram a construir no fundo desses lotes adicionando novos cômodos, diminuindo a área que antes eram os quintais das casas

Os cômodos eram enfileirados, a sala ficava na parte da frente da casa, a cozinha ficava no fundo, pois na época ainda se usava forno de carvão. A iluminação se dava pelos pátios de iluminação, em muitos lotes não havia a presença de um corredor lateral na parte externa da casa, por conta da pequena largura

Tipos: Casa Simples (moradia – sobrados e casas térreas – fachada voltada para a rua),

Casa de Fundos (térreas ou sobrados no fundo dos lotes),

Casas em Série (em geral são germinadas com uma ou mais moradia. Em lotes de esquina era comum um espaço para uso comercial),

Vilas (casas em série em terrenos maiores, e possuem uma rua interna),

sobrados com Dupla Residência (uma residência no térreo e outra no andar superior)

Casas Mistas (planejadas para abrigar comércio e residência juntamente).

Cortiços: habitações coletivas para uso comunitário, divisão de cômodos feita com parede de alvenaria, onde famílias diferentes ali habitavam, utilizando do mesmo banheiro, vivendo de uma forma precária. Deveriam estar de acordo com o padrão de construções coletivas: cada cômodo deveria ter uma porta própria, e todos os cômodos do cortiço deveriam estar ligados por um corredor na parte interna da construção

As casas, mesmo, começavam no lado esquerdo das ruas Rocha, Manoel Dutra, Almirante Marques Leão e São Vicente. Neste lado baixo do bairro é onde se encontrava o maior número de cortiços

Arquiteturas marcantes no Bexiga

Casa de Dona Yayá (R. Major Diogo, 353):

É um antigo casarão que pertencia e abrigava de Sebastiana Melo Freire, a Dona Yayá.. A partir de 1920 durante o período que possuía distúrbios mentais, por isso o imóvel passou por adaptações às suas condições de saúde, o que transformou o casarão em um asilo psiquiátrico particular, até sua morte, em 1961. A Casa foi tombada pelo governo e foi transferida para a USP em 1969, que hoje é a sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP e é um ponto turístico pelas histórias de terror contadas sobre o lugar. Foi construído no século XIX, possui um estilo eclético, característico da arquitetura de finais do século XIX e início do século XX

Castelinho da Brigadeiro (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 826):

Castelinho Brigadeiro, foi construído em 1911, é um exemplo raro de arquitetura em São Paulo com características do estilo art nouveau – abraçou uma estética baseada na natureza. Logo, suas obras contavam com elementos que a imitavam, como formas orgânicas e estilo floreado. Foi construído com alvenaria de tijolos entre os anos 1907 e 1911, projetado para o médico e escritor Cláudio de Souza, pelo italiano Giuseppe Sachetti.

Vila Itororó (R.

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