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O Harvey - Modernidade e Modernismo.

Por:   •  22/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  781 Palavras (4 Páginas)  •  183 Visualizações

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David Harvey, nascido em 1935, é um geógrafo britânico marxista formado na Universidade de Cambridge. É professor da City University of New York e trabalha com diversas questões ligadas à geografia urbana.

Ele cita Baudelaire no início de sua obra, dizendo que em seu artigo seminal “a modernidade”, que é “ transitório, fugidio, contingente, é uma metade da arte sendo a outra o eterno e o imutável”. Modernismo presente como movimento estético, segundo Harvey, o sentido apresentado por Baudelaire apresenta facilita a compreensão dos sentidos conflitantes atribuídos ao modernismo. Ele cita que “a vida moderna deveria ser caracterizada por tanta enfermidade e mudança”, “ser moderno é encontrar-se num ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, transformação de si e do mundo – e, ao mesmo tempo, que ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos”. Essa modernidade ultrapassa fronteiras além de geográficas, ela une a humanidade.

Os escritores modernos reconheceram que a única segurança na modernidade era a insegurança, e até sua inclinação para um “caos totalizante”. A modernidade não respeita seu próprio passado, para assim, não citar qualquer ordem social pré-moderna, por conta de sua permeação nos sentidos do fugidio, do efêmero, do fragmentado e do contingente. Para obter-se sentido nas coisas da história precisa descobrir e definir o mesmo a partir de dentro de todas as mudanças que afetam tanto os termos da discussão como o que está sendo discutido.

A modernidade envolve uma grande ruptura com todas as condições históricas, é caracterizada por um interminável processo de rupturas e fragmentos internos. A vanguarda sempre desempenhou um papel vital na história do modernismo, interrompendo todo sentido de continuação através das alterações, recuperações e repressões radicais. O modernismo sempre esteve comprometido com a descoberta, O pensamento dos iluministas abraçou ideias de progresso e busca de ruptura da história e tradição casada com modernidade, os pensadores iluministas acolheram as diversas mudanças e viram a transitoriedade, o fugidio e o fragmentado como necessidade do projeto modernizador realizado.

Possuíam abundância nas doutrinas de igualdade, liberdade, fé na inteligência humana e razão universal. O século XX foi marcado por campos de concentração e esquadrões da morte, o militarismo e duas guerras mundiais, sua ameaça de aniquilação nuclear e experiência com Hiroshima e Nagasaki, havia suspeita de que o projeto iluminista estava fadado a voltar-se contra a si mesmo e transformar a busca da emancipação humana em um sistema de opressão universal em nome da libertação humana.

Escreveram sobre as sombras da Alemanha de Hitler e a Rússia de Stálin, alegaram que lógica oculta por trás da racionalidade iluminista é uma lógica dominante da opressão, a ansiedade por dominação da natureza acabava envolvendo uma dominação humana, o que resultaria em “uma tenebrosa condição de autodominação” – Bernstein. A única saída apresentada para o impasse era a revolta da natureza. O pensamento filosófico pós-modernista dizia que devíamos abandonar inteiramente o projeto do iluminismo em nome da emancipação humana.

Em uma nova concepção de projeto modernista, arquitetos, artistas, escritores, poetas, pensadores,

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