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O QUE É CIDADE?

Por:   •  19/7/2017  •  Resenha  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  357 Visualizações

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ROLNIK, Raquel. O que é cidade? São Paulo: Brasiliense, 1995.

O livro O que é cidade? teve sua primeira edição em 1988, escrito por Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista com estudos de grande relevância sobre a cidade, política urbana e habitacional, a obra apresenta um panorama geral sobre a formação das cidades e suas principais características, passando pelas cidades medievais, mostrando sua evolução até as metrópoles contemporâneas capitalistas, destacando suas contradições e desigualdades.

Dividido em quatro capítulos, na Introdução a autora discorre sobre o que será abordado ao longo do livro e já nos apresenta as primeiras correlações entre as cidades antigas e contemporâneas no que tange a representação de poder e os limites das cidades. Também apresenta uma importante característica das cidades: “indissociável à existência material da cidade está sua existência política”.

O capítulo seguinte aborda as definições do que é a cidade, sempre se utilizando da relação entre a cidade antiga e contemporânea, que apesar de fenômenos tão diferentes, possuem características em comum. Para desenvolver sua ideia, a autora utiliza metáforas, à exemplo da cidade como ímã, que teria o templo como ponto central a agregar as demais edificações; e a cidade como escrita, onde as formas das ruas e edificações nos permitem “ler” as cidades, resgatando os costumes, desejos e necessidades da época em que foram construídas. A autora também discorre sobre a formação e desenvolvimento da cidade sob o aspecto político – viver em uma cidade implica necessariamente de organização e controle, ou seja, gestão da vida coletiva, que se dá através de um poder urbano imprimido por uma autoridade político-administrativa, que através de sua forma de gestão, vai configurando as cidades. Fechando o capítulo, nos é apresentada a ideia da cidade como mercado, consequência natural da aglomeração de um grande número de pessoas em um espaço limitado. Esta relação mercantil se mostra um fator de extrema relevância para o entendimento da evolução urbana. Na cidade da antiguidade, os mercados estavam localizados nas áreas externas (fora dos muros), no entanto, a expansão do comércio faz com que cidades sejam interligadas para permitir a troca de produtos. Já nas cidades contemporâneas, não há como distinguir espaços de comércio, residencial ou culto, todas as funções estão interligadas. Não há nenhum espaço que não tenha investimento do mercado, que passa então a dominar a cidade, característica do capitalismo.

Aprofundando-se mais nas questões do capitalismo, o terceiro capítulo explora a Cidade do Capital. Tratando sobre as grandes transformações na dinâmica da cidade quando, ao final do século XVI, a terra urbana passa a ser considerada mercadoria, é também quando passa a existir a divisão de classes na sociedade relacionada à posse, ou não, de dinheiro e bens. Esta divisão faz surgir as questões da segregação urbana, que é desenvolvida ao longo do capítulo considerando a divisão do território urbano de acordo com as características da divisão social e de funções. Destaca-se também que a separação entre estes espaços não se dá necessariamente, através de barreiras físicas. É claro que elas também existem, a exemplo dos muros dos condomínios

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