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O RESUMO URBANISMO

Por:   •  13/4/2017  •  Resenha  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  278 Visualizações

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URBANISMO – MARINA DIAS S. RODRIGUES

O PRE- URBANISMO:

A sociedade industrial é a responsável pelo urbanismo, no século XIX a revolução industrial gerou um gigantesco crescimento demográfico das cidades e os campos foram drenados para beneficiar o desenvolvimento urbano. A urgência para mudar os meios de produção e transporte e obter novas funções urbanas contribuiu para acabar com os velhos métodos da cidade medieval e barroca nas cidades da Europa.  

Uma nova ordem foi criada para adaptar a cidade a sua nova sociedade, e foi isso que Haussmann tentou criar em Paris, adapta-la as exigências econômicas e sociais do Segundo Império, seu trabalho acabou prejudicando as classes inferiores como a classe operaria e os pequenos burgueses, porem foi altamente favorável as classes mais altas como os capitães de industrias e os financistas que são os mais ativos na sociedade.

Uma das características do esquema criado foi primeiramente a racionalização das vias de comunicação com a abertura de grandes avenidas, e a criação de estações. Depois os setores urbanos foram especializados, por exemplo, foram criados quarteirões de negócios no novo centro e bairros residenciais na periferia para os privilegiados. Por outro lado são criados novos órgãos que mudam o aspecto da cidade: grandes lojas, cafés, hotéis e prédios para alugar.

A cidade deixou de ser um espaço bem delimitado quando a suburbanização (processo de crescimento das cidades para fora dos seus limites, expandindo-se a outras áreas urbanas) mostra sua importância: as indústrias se instalaram nas periferias juntamente com as classes media e operaria.

Quando a cidade começa a tomar forma própria no século XIX, ela cria um movimento novo, os pensadores agora tentariam compreender o fenômeno da urbanificação (desenvolvimento urbano natural), analisando suas causas e efeitos.

Surgem pensadores com ideias opostas, dispostos a falar sobre os problemas das grandes cidades industriais. Um dos grupos é composto por pensadores políticos, sendo um deles Engles que é considerado um dos criadores da sociologia urbana; eles se unem para denunciar as falhas das cidades, tais como: higiene precária, habitat deplorável do trabalhador, grandes distancias entre o local de trabalho e a moradia dos empregados, lixões acumulados e etc. Eles apontam o contraste entre o habitat das classes mais altas com o das classes inferiores, destacando o fato de que o que é feito para a maioria é sempre afastado, de mal gosto e principalmente mal feito.

Com exceção de Engels e Marxs, esses pensadores não seguiram a logica de suas próprias ideias, eles não acreditavam que esses problemas eram o oposto de uma nova ordem, e que ao acabar com uma ordem outra surgira em seu lugar, causando uma desordem, um caos na arquitetura. Com isso surgiram propostas de ordenamentos urbanos, tomando como direção o passado e o futuro para dar formar ao progressismo, o conjunto de filosofias politicas e sociais criaram os modelos de cidades.

MODELO PROGRESSISTA

O modelo progressista é bastante aberto, com vazios e verdes, que oferecem espaços para momentos de lazer. O espaço urbano é agora com base nas funções humanas, com locais separados, para o trabalho, habitat e lazer. A logica funcional deve impressionar e agradar os olhos e é essa importância de se obter um espaço visual  que destaca o papel da estética na ordem progressista. A cidade progressista deixa a forma estética do passado completamente de lado para dar lugar a geometria  “natural”, e a riqueza de detalhes e rigidez dessa nova ordem elimina qualquer chance de variações. A função do arquiteto não é mais construir habitações especificas para cada classe sim o lugar como um todo onde o homem ira viver. Analisando o conjunto do modelo progressista podemos observar que ele não é mais uma solução densa e quase orgânica, mas sim completamente fragmentada.

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