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O Tralho de Projeto

Por:   •  13/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  21 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA[pic 1]

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

O QUE É CIDADE

Fichamento

Aluno:

      Daniel Sampaio Vila Verde

Professora: Flávia Cirqueria Rodrigues Lopes

Goiânia, 13 de novembro de 2023.

O livro aborda a relação entre o homem e a natureza na construção das cidades, usando como exemplos Machu Picchu, Jerusalém e São Paulo. O autor mostra como as cidades são fruto de uma obra coletiva e política, que desafia a natureza original e cria uma nova paisagem. O texto também explora as emoções e sensações que as cidades despertam nos viajantes que se aproximam delas.

INTRODUÇÃO:

        Sobre as alturas do Monte Machu Picchu, a descoberta da cidade agita sentimentos intensos, contrastando com o ambiente opressivo marcado pela imensidão dos arranha-céus iluminados em São Paulo. Os desafios da jornada são reconhecidos pelo viajante ao se aproximar, assim como ele nota os sinais evidentes que indicam sua proximidade com uma cidade cuja beleza natural é gradualmente substituída por um mundo cheio de formas geométricas. Refletindo sobre a importância da determinação na sedentarização, essa obra coletiva desafia ativamente a natureza e redefine o vínculo entre o homem e o ambiente natural. Inseparável da existência material e política, a cidade demanda uma administração cuidadosa para conservar sua supremacia no território devido à sua intrínseca relação com a produção e organização coletiva.

DEFININDO A CIDADE:

        O autor explora a complexidade da definição de cidade ao refletir sobre São Paulo e outras cidades ao longo da história. Ele questiona se a intensidade e o ritmo urbanos são exclusivos das metrópoles do século XXI, mencionando exemplos como Babilônia e Wall Street. O texto destaca a transformação do espaço urbano, que vai além de edificações densas, abrangendo periferias, subúrbios e a absorção de áreas agrícolas. No final, o autor visualiza a cidade como um ímã, um campo magnético que atrai e concentra as pessoas.

A CIDADE COMO UM IMÃ:

        Os zigurates na Mesopotâmia, como os primeiros embriões de cidade, representam a transformação na ocupação do espaço. A técnica do tijolo cozido possibilitou uma nova abordagem na construção, permitindo a realização física de formas imaginadas. Os templos, como ímãs, consolidavam alianças, precedendo a cidade dos vivos e anunciando a sedentarização. O mito da Torre de Babel na Bíblia ilustra a tentativa de desafiar a ordem divina ao construir uma torre colossal. O castigo divino, ao embaralhar as línguas, simboliza a impossibilidade de comunicação para inviabilizar o trabalho organizado. Babel, inicialmente criada para reunir os homens, acaba por separá-los, expressando a luta pelo espaço vital na sedentarização e apontando para a constituição da cidade em guerra pela defesa de seu território.

A CIDADE COMO ESCRITA:

        A construção de cidades, simbolizada pelos zigurates, representa uma nova relação homem/natureza mediada por estruturas racionais. A escrita e a cidade surgem quase simultaneamente, impulsionadas pela necessidade de memorização e gestão do trabalho coletivo. A existência da cidade está ligada ao excedente da produção, que impulsiona o desenvolvimento agrícola e tecnológico. Na cidade-escrita, a memória é fixada não apenas por textos, mas também pela arquitetura urbana. A leitura das formas arquitetônicas revela a história e o mundo da cidade. Sítios históricos como Machu Picchu contam histórias e denotam mudanças de domínio. Em cidades vivas como Salvador e Ouro Preto, símbolos do passado se entrelaçam com o presente, construindo uma rede complexa de significados. A arquitetura é um registro da vida social, onde transformações podem alterar o significado dos espaços urbanos. A cidade é comparada a um vasto alfabeto, onde suas construções montam e desmontam palavras e frases, escrevendo continuamente sua história. A preservação da memória coletiva, através da conservação de construções antigas, é vista como a manutenção desses "textos" que contam a história da cidade.

"CIVITAS": A CIDADE POLÍTICA:

Viver em cidades implica uma vida coletiva, mesmo em meio à aglomeração densa. A regulação dos fluxos urbanos é evidente em semáforos, faixas de pedestres e outras estruturas. A cidade, desde sua origem, envolve a gestão da vida coletiva, dando origem a um poder urbano centralizado, inicialmente representado pela realeza. A cidade grega (polis) e romana (civitas) expressam a dimensão política do urbano, ligada à participação dos cidadãos na vida pública. Nas metrópoles contemporâneas, o poder urbano é descentralizado espacialmente, mas centralizado em sistemas de controle eletrônico. A dimensão política da cidade também envolve uma luta pela apropriação do espaço urbano, evidente em manifestações civis e festas populares, que desafiam as muralhas invisíveis que regulam o cotidiano da cidade.

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