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O urbano em questão na antropologia

Por:   •  27/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  907 Palavras (4 Páginas)  •  263 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC CHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS DAS HUMANIDADES

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: Sociologia e Antropologia Urbana

PROFESSORA: Marcia Regina Sartori Damo

ACADÊMICOS: Carolina Pacheco dos Santos e Roberto Horn.

O urbano em questão na antropologia: interfaces com a sociologia

O principal objetivo deste artigo é articular reflexão sobre as especificidades da dimensão urbana na antropologia. Parte da formação da antropologia urbana pode ser compreendida de forma mais clara através de aproximações, afastamentos e diferenciações com a sociologia urbana, tendo em vista o diálogo estabelecido entre essas duas perspectivas a partir da Escola de Chicago.

Comentam-se as vezes que as perspectivas antropológica e sociológica sobre as cidades seriam semelhantes, pelo fato de enfocarem objetos ou fenômenos a princípio idênticos. Discorda-se pelo fato de que muitas vezes os objetos são distintos, mesmo quando há uma convergência de enfoques, essa impressão de semelhança obscurece na medida em que se atenta à tradição de abordagem de cada uma delas, principalmente quanto às sínteses particulares da relação entre teoria e pesquisa.

O conhecimento de cultura urbana formulado pela Escola de Chicago, através de um conjunto amplo de pesquisas, dá destaque a três autores: Park, que concebeu a cidade como um campo de investigações da vida social, influenciando várias pesquisas da época bem como, os contrapontos entre os estudos de Wirth, que culminaram no conceito de urbanismo enquanto modo de vida, com base em variáveis como tamanho, densidade e heterogeneidade e de Redfield, assentados em pequenas localidades, que originou os “estudos de comunidade”, cujo desenvolvimento levaria presumidamente a processos de urbanização.

Autores clássicos da sociologia inspiraram tal noção, como Durkheim, Weber, Tönnies e Simmel, todos retrocedidos à compreensão das especificidades das sociedades modernas, cujo cenário foram as metrópoles industriais com intensas mudanças no plano urbanístico, populacional e nos modos de vida. Desses autores resultou uma concepção de cultura urbana, que tratava a cidade como uma variável independente, determinada em distintas versões da polaridade tradicional/moderno, como solidariedade mecânica/orgânica (Durkheim), tradicional/racional (Weber) e comunidade/sociedade (Tönnies) que seria sintetizada nas seguintes características: “predominância dos papéis secundários [formalizados, contratuais ou institucionais] sobre os primários, isolamento, superficialidade, anonimato, relações sociais transitórias e com fins instrumentais, inexistência de um controle social direto, diversidade e fugacidade dos envolvimentos sociais, afrouxamento dos laços familiais e competição individualista”.

Pesquisas etnográficas em campos como os da marginalidade, segregação étnica, criminalidade, prostituição, delinquência e das várias formas de interação nos espaços públicos, havendo também uma organização interna a esses locais e ajudou a enfatizar a diversidade constitutiva do contexto urbano.  A Escola de Chicago teve fundamental importância em investigações etnográficas que permitiram estabelecer uma diferença entre diversidade e desorganização, abrindo espaço para uma série de investigações antropológicas, que estabeleceu outro preceito à etnografia.

Tendo em vista as sínteses particulares do diálogo entre antropologia e a sociologia urbana é oportuna passarmos para outro período de contrapontos densos, além de representar um fenômeno sociocultural e político relevante, a periferia despertou um significativo interesse.

Além da ausência de reflexões mais claras sobre dimensões determinantes no plano da economia e da política, tratando assim a cidade com “variável dependente”. A cidade estaria basicamente ao processo de reprodução da força de trabalho. Vindo a reforçar uma inseparabilidade entre o urbano e a política, e que se traduziu, no plano teórico, por uma forte aproximação entre tal sociologia urbana e ciência política.

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