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Os Tipos de Layouts

Por:   •  9/9/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  139 Visualizações

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1. Definição

Layout pode significar esquema, plano, designer, arranjo, esboço ou projeto de algo, dependendo do contexto no qual está sendo empregado. No design gráfico, layout é um esboço da estrutura física de uma página na internet, de uma folha de jornal ou revista, por exemplo, englobando as imagens, os textos, tabelas e gráficos que possam compor o espaço. Já no ambiente empresarial, o layout é o arranjo físico dos componentes da produção, ou seja, é o modo como os equipamentos, máquinas, ferramentas, produtos e pessoas estão organizados no espaço. “O layout é um mecanismo da gestão de operações que visa aumentar a eficiência do sistema homem-máquina por meio da disposição física dos componentes de fabricação para alcançar os resultados de produção desejados”. Um bom layout interfere diretamente na produtividade da empresa, facilitando as atividades e reduzindo os custos da produção. Além de garantir um bom fluxo de trabalho, um bom layout possui outras vantagens, como otimizar os espaços, reduzir a movimentação de pessoas, minimizar os riscos de acidentes, minimizar custos de manuseamento dos materiais, reduzir os tempos de produção e de entrega ao cliente, promover controle visual das operações ou atividades e facilitar a comunicação e a interação entre as pessoas.

2. Tipos e Características

Um layout deve atender diferentes demandas a depender de onde é empregado, dessa forma existem diferentes tipos de layouts desenvolvidos para diferentes contextos empresariais.

2.1. Linear ou Por produto

O layout linear favorece empresas com produção em massa. É indicado para produções em larga escala e dedicadas para a produção de um único tipo de produto, uma vez que as máquinas são instaladas lado a lado, de modo que tudo ocorra de forma padronizada e seguindo uma sequência única. Sistemas onde seus processos são automatizados, comumente, usam desse tipo de layout, já que nesses sistemas é natural que após a finalização de uma etapa, o produto seja encaminhado para a próxima máquina através de esteiras, aumentando a produtividade. Entretanto, como desvantagem, nesse tipo de layout é quase impossível de se realizar adaptações, por ser um sistema fixo. Dessa forma, se uma parte da produção para de funcionar, todo resto é comprometido.

Dentre as vantagens do arranjo físico linear destacam-se: Possibilidade de produção em grande escala; Produtividade por mão-de-obra elevada, uma vez que as tarefas são altamente repetitivas e o grau de complexidade por tarefa é mínimo, facilitando o treinamento do operador. Carga de máquina e consumo de material constante ao longo da linha de produção; Facilidade de controle da produtividade, uma vez que a velocidade do trabalho em uma linha de produção é mais fácil de ser controlada. Dentro de certos limites, a supervisão pode aumentar ou diminuir a velocidade da própria linha. A desvantagem desse modelo de layout, é a dificuldade de realizar adaptações, pois é um sistema fixo.

Exemplos:

2.2. Funcional ou Por processos

O layout funcional se define pela divisão por tipos (setores e funções), ou seja, cada especialidade está posicionada junta. Por exemplo, produtos que precisam de pintura após serem fabricados, haverá um setor exclusivo para a pintura, com todos os maquinários para pintura armazenados juntos, ou ainda podemos perceber esse layout em bancos, hospitais e supermercados, onde as mercadorias ficam organizadas em setores. Este layout é mais utilizado por indústrias de sistema de produção em lotes, com grande variação de peças, pois permite variabilidade de produtos, migrando apenas a sequência de locais onde as peças precisam passar. Esse tipo de organização é típico de organizações não- lean, já que oferece flexibilidade para mudar o produto produzido, seja para outro totalmente diferente ou somente para fazer personalizações. Por isso, é muito comum em ambientes com produção por encomenda ou em pequeno volume, como fábricas de móveis. Acredita-se que o agrupamento de profissionais da mesma área facilita a troca de informações entre eles e possibilita supervisão especializada, melhorando a eficiência nos setores. Outra vantagem é que os equipamentos podem ser substituídos com maior facilidade. Entretanto a divisão em setores propicia dificuldade no diálogo entre as repartições do processo.

As principais vantagens do layout funcional são: Grande flexibilidade no caso de mudança de produto; produção não para quando uma das máquinas quebra; menor investimento se comparado ao linear; operações não sequenciadas; possibilidade de empregar aprendizes ou auxiliares; máquinas operadas por pessoas: permitem medição e controle da produtividade; fácil adaptação à produção intermitente: variedade de produtos. Enquanto as desvantagens são: Dificuldade de controlar do fluxo; difícil planejamento; grandes estoques de matéria-prima e em processo; altos custos de transporte; movimentação maior exige espaço em corredores e áreas; difícil usar o mesmo profissional em várias máquinas, pois o ritmo e produção variam constantemente.

Exemplos:

2.3. Celular

O layout celular é um híbrido entre o funcional e o linear, de modo que ao mesmo tempo que se divide em setores também organiza uma sequência lógica de produção, diminuindo o tempo de atravessamento de um produto no processo de fabricação ou montagem. Uma célula é composta por dois ou mais postos de trabalho distintos localizados proximamente, nos quais um número limitado de peças ou modelos é processado utilizando fluxos lineares. Assim, cada célula funciona como uma unidade de produção que é capaz de gerenciar e criar um determinado produto ou uma família de produtos, dado que toda a produção é feita em um mesmo espaço. Dessa forma, o processo inteiro é feito em um mesmo local, sem a necessidade de grandes movimentações. Este tipo de layout permite um aumento na velocidade do sistema, além de adicionar uma maior flexibilidade no sistema produtivo, já que é capaz de produzir diferentes produtos e ao mesmo tempo atender demandas que o modelo linear, por exemplo, não consegue. O arranjo físico celular, pode ser entendido como uma tentativa de trazer ordem para a complexidade de fluxo que caracteriza o layout por processo, bem como de flexibilizar as demandas não atendidas no layout linear. As células de fabricação podem possuir configuração em ’U’, ‘V’ ou ’L’, no layout tipo ‘U’ por exemplo, as máquinas e estações de trabalho são arranjados em forma de U.

No arranjo

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