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PROJETO DE INTERVENÇÃO: A SAÚDE NO SORRISO DA CRIANÇA

Por:   •  22/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.003 Palavras (9 Páginas)  •  366 Visualizações

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PROJETO DE INTERVENÇÃO: A SAÚDE NO SORRISO DA CRIANÇA

Projeto de Intervenção apresentado ao componente curricular Estágio Supervisionado II do Curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana de Camaçari, por supervisão das professoras Luzia Mota e Januvete Pereira, como requisito parcial de avaliação.

 

Camaçari

2014

1 APRESENTAÇÃO

Os discentes da graduação em Enfermagem da Faculdade Metropolitana de Camaçari, durante o período do Estágio Supervisionado II, que corresponde a grade curricular final do curso, tem a incumbência de elucidar um projeto de intervenção no campo de estágio de referência – Hospital Geral de Camaçari (HCG). Este projeto deve agregar valor científico e social, trazendo benefícios próprios e para a sociedade envolvida.  

Tendo em vista algumas limitações que perpassam o setor de Pediatria do HGC, acreditamos numa perspectiva humanitária e lúdica que possa favorecer a saúde das crianças que procuram tal serviço e daquelas que se encontram internadas no mesmo. No âmbito emocional, a criança em ambiente hospitalar, passa por momentos de dor, medo e ausência, o que pressupõe-se a necessidade da mesma em dispor de instrumentos de seu domínio e conhecimento, que façam parte do seu dia a dia e que façam deste ambiente enfermo um local de boas experiências.

Consoante a este pensamento holístico, nos propusemos a desenvolver o projeto de intervenção na Pediatria do HGC, tendo como título: “A SAÚDE NO SORRISO DA CRIANÇA”, que será implementado com recursos próprios, de acordo com a permissividade da instituição hospitalar. Acreditamos que uma significativa expressividade lúdica, que corrobore com a autoestima, a aprendizagem e a socialização infantil, é algo indispensável à promoção da saúde da população infante.

O HGC inaugurado dia 18 de Agosto de 1988, é uma instituição de saúde criada e mantida pelo governo do estado da Bahia a 24 anos, possui uma área total  de 131.000 m² e área construída de 12.632,94 m², situada na Avenida Jorge Amada, s/n no bairro Jardim Limoeiro no município de Camaçari, as margens da Rodovia Parafuso. É um Hospital Estadual de referência em média complexidade, possui 155 leitos de internamentos ativos com capacidade operacional para 176 leitos. Essa unidade presta coberturas assistenciais a uma população de 242.970 habitantes, de acordo com censo de 2010, e cerca de mais 24 municípios circunvizinhos.  

O Hospital oferece serviço nas áreas de Urgência e Emergência clínica, odontológica, obstétrica, pediátrica e cirúrgica com internamento nas áreas de clínica médica, cirúrgica, obstétrica, neo-natal, pediátrica, UTI geral e atendimento ambulatorial nas especialidades de Angiologia, cirurgia geral, pediátrica, obstétrica, plástica, bucomaxilo, urologia, ortopedia e mais estimulação precoce, gastroenterologia, DST´s e assistência terciária de fisioterapia. Com o serviço de apoio diagnóstico de laboratório, eletrocardiograma, tomografia computadorizada, bioimagem e unidade de coleta e transfusão de hemocomponentes e hemoderivados.

Dados da Pediatria:

  • 13 leitos de observação;
  • 6 leitos de internamento;
  • 1 sala de parada;
  • 6 enfermeiros (1 plantonista por dia);
  • 2 pediatras;
  • 15 auxiliares de enfermagem;
  • 8 técnicos de enfermagem.

  1. INTRODUÇÃO

No mundo infantil, é brincando que a criança explora e compreende o mundo ao seu redor. Por meio de desenhos, pinturas, cantos, rabiscos, brincadeiras, entre outros, a criança adquire o aprendizado, o desenvolvimento e o crescimento infantil. Partindo da premissa de que o mundo imaginário é importante para a adequação, compreensão e inserção da criança no mundo que a cerca, que o cuidado de enfermagem lúdico surge, assegurando um cuidado integral e cuidadoso, onde jogos, brincadeiras, cantos e danças estão presentes, para subsidiar o cuidado (RAVELLI; MOTTA, 2005).

A criança ao adoecer, ao ser internada ou assistida em um serviço de saúde, vivencia uma situação diferente do contexto cotidiano. Ao ser submetida aos procedimentos de enfermagem, ou realizado por outros profissionais, ela pode sentir medo, dor e outras emoções desagradáveis e assustadoras conforme sua experiência anterior e idade. Ela precisa compreender a dramática mudança de seu cotidiano e ambiente onde vive e freqüenta no seu cotidiano e que constituem sua referência para sentir-se segura (SANTOS; MARANHÃO, 2012).

Torna-se imprescindível criar estratégias como forma de atenuar o processo de hospitalização decorrente do estresse e ansiedade devido à doença, além do sofrimento físico. Sendo assim, o brincar no hospital surge como um poderoso recurso que possibilita à criança o resgate da sua vida antes do processo de hospitalização e, favorece a sociabilidade, interação e dinamismo mesmo com a restrição do espaço físico e das limitações provenientes do adoecimento, auxiliando a criança a aumentar seu senso de controle sobre as situações e elaborar traumas e situações ‘negativas’ durante o processo de internação (MONTIEL et al., 2013).

O uso do brinquedo pelo enfermeiro é recomendado e regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por meio da Resolução no295/2004 que reza em seu artigo 1°: “compete ao enfermeiro que atua na área pediátrica, enquanto integrante da equipe multiprofissional de saúde, a utilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo Terapêutico, na assistência à criança e família" (SILVA; SANTOS; FILLIPINI, 2012).

A enfermagem classifica o brincar em: Brinquedo Normativo e Brinquedo Terapêutico. Normativo seria o brincar que não tem em si um objetivo terapêutico, embora seja promotor do desenvolvimento saudável da criança e contribua para a recuperação da mesma. Tem como objetivo divertir, distrair e proporcionar alegria. Já o Brinquedo Terapêutico, é utilizado para modificar o ambiente na qual a criança se encontra, e intermediar a comunicação com a equipe e a compreensão de procedimentos (POLETI et al., 2006).

Para realizar o cuidado lúdico, é necessário primeiramente, estabelecer um elo de comunicação verbal e lúdica com esta criança. É interagindo-se por meio do lúdico, que se estrutura a comunicação necessária entre o mundo real e o mundo imaginário infantil. Portanto, sendo o cuidado a essência da Enfermagem, cabe a nós cuidadores, estar abertos para uma interação com o outro, com intuito de resgatar o cuidado integral, inserindo ao saberes científicos o respeito, carinho, criatividade, lúdico e o ético (RAVELLI; MOTTA, 2005).

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