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Paisagem Urbana - Gordon Cullen

Por:   •  21/5/2018  •  Resenha  •  571 Palavras (3 Páginas)  •  612 Visualizações

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PAISAGEM URBANA

GORDON CULLEN

A cidade é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem viver em comunidade a viverem isoladas. Um conjunto de edifícios também é uma atração para a coletividade devido a sua bagagem visual quando comparada com um edifício isolado.

Existência da arte do relacionamento, assim como da arte arquitetônica. É a reunião dos elementos que concorrem para a criação de um ambiente.

Uma cidade é uma ocorrência emocionante do meio-ambiente. Porém, caso apresente-se monótona, incaracterística ou amorfa, não cumpre sua função. A emoção e a animação não surgem somente das soluções científicas, afinal, elas se baseiam em fatores médios. Portanto, é necessário flexibilizar essas soluções científicas que entroncam a arte do relacionamento, e procurar mais além do campo científico, novos valores e novos critérios.

É através da visão que apreendemos o que nos rodeia: quando olhamos para uma coisa vemos por acréscimo uma quantidade de outras coisas. Além disso, a visão tem o poder de invocar as nossas experiências, com todo o seu corolário de emoções.

Aspectos que são considerados no processo de suscitação de reações emocionais pelo meio-ambiente:

  • ÓPTICA: A paisagem urbana surge como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas, conhecido por visão serial.         
            Existência de contrastes bem marcados (rua e pátio, por exemplo), que estimulam o cérebro com duas imagens diferentes e que não deixam a cidade passar despercebida.
            Pontos de vista a se considerar:
    imagem existente e imagem emergente. São uma sucessão de acontecimentos, que são ligados por coincidência. Mas essa ligação é para fazer da cidade um todo coerente e dramático.
  • LOCAL: Reações perante a nossa posição no espaço, que se integram numa ordem de experiências ligadas às sensações provocadas por espaços abertos e espaços fechados (no extremo, agorafobia e claustrofobia). O sentido de localização não pode ser ignorado.
  • CONTEÚDO: Relaciona-se com a constituição da cidade, ou seja, sua cor, textura, escala, seu estilo, sua natureza, sua personalidade e tudo o que a individualiza. Conjugá-los de modo a criar um todo que beneficie a comunidade para que o meio-ambiente não se torne um produto do conformismo, mas sim da interação entre o Aqui e o Além.

O homem é colocado perante o ambiente, que pode ter sua opinião de acordo com sua personalidade. Porém, seus efeitos estão a pesar demais sobre a nova geração por que a rapidez com que hoje se operam as mudanças perturba o equilíbrio norma de quem veio a projetar e aquilo que é projetado. O ritmo a que se processam as mudanças impede o urbanista de humanizar a matéria que se lhe depara. O ambiente é mal digerido.  

        É necessária uma maior participação emocional das pessoas para que o jogo do meio-ambiente seja aperfeiçoado. Só quando se estabelecer o diálogo que o público saberá deter-se para ouvir. Enquanto isso, medidas são necessárias:

  • Decompor o ambiente: é mais difícil lutar por um princípio geral do que defender casos particulares.
  • Escalonamento no tempo de todos esses aspectos: qualquer mudança está sujeita a ser encarada com desagrado, mesmo que traga melhorias no futuro.

VISÃO SERIAL: percurso de um extremo a outro da planta a passo uniforme, que revela uma sucessão de pontos de vista.

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