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ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DE TUBARÃO ATRAVÉS DA PSICOLOGIA DAS CORES

Por:   •  4/8/2015  •  Artigo  •  2.951 Palavras (12 Páginas)  •  397 Visualizações

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PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

Arquitetura e urbanismo

TEMA: ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DE TUBARÃO ATRAVÉS DA PSICOLOGIA DAS CORES.

RESUMO: A compreensão da paisagem urbana se torna complexa partindo de pontos de visões diferentes, porém, com diferentes opiniões podemos observar algo em comum. A paisagem é um dos elementos principais de uma cidade, pois engloba tudo existente nela, inclusive os indivíduos que participam de forma ativa sobre ela, criando-a conforme suas expectativas e necessidades. É um grande processo histórico que vem sendo modificado ao longo dos anos com novas necessidades, é um longo processo inacabado, pois de alguma maneira não corresponde as expectativas de todos, porém ela é um bem ambiental das cidades. Proporcionam bem estar físico e mental para as pessoas. Através da visão, olfato o ser humano verifica os elementos naturais, convivendo com eles diariamente.

PALAVRAS-CHAVE: Paisagem, ser humano, necessidades. 

  1. INTRODUÇÃO

A paisagem urbana é vista por todas as pessoas de uma forma diferente, pois cada uma parte de um ponto para analisa-la. É um assunto abrangente e se entende de maneiras diversas.

O presente artigo irá mostrar o conceito de paisagem de Gordon Cullen, junto ao significado das cores através da psicologia, mesclando com os sentimentos das pessoas, com base em uma pesquisa com fotos de alguns pontos marcantes da cidade de Tubarão. Será analisado as cores que as pessoas anônimas responderam para cada imagem da cidade.

  1. PAISAGEM URBANA

A paisagem urbana possui um conceito extenso, formando-se por elementos humanos, naturais, culturais. Sendo assim possuímos a paisagem que é formada naturalmente pelo espaço e percebida por nós através dos nossos sentidos como: visão, audição, olfato. Através da visão vemos a paisagem ao nosso redor que é composta por vários elementos, como: casas, ruas, vias, praças, clima, relevos, bairros, limites, campos, compõe o que chamamos de paisagem.

Na paisagem urbana, com o crescimento populacional das cidades e a falta de um planejamento urbano, a construção de casas, edifícios foi a maneira para abrigar o maior número de pessoas pelos centros urbanos. Com isso as cidades sofreram consequências ruins. Grandes números de áreas verdes devastadas para locar essas novas unidades de casas e construções.

“A paisagem urbana é a roupagem com que as cidades se apresentam a seus habitantes e visitantes. Será tão mais atraente quanto mais constitua uma transformação cultural da paisagem natural do seu sítio, e tanto mais agressiva quanto mais tenham violentado a paisagem natural ‘sem acrescentar-lhe valor humano algum’. Uma cidade não é um ambiente de negócios, um simples mercado onde até a sua paisagem é objeto de interesses econômicos lucrativos, mas é, sobretudo, um ambiente de vida humana, no qual se projetam valores espirituais perenes, que revelam às gerações porvindouras a sua memória.” Cf. SILVA, José Afonso. Direito Urbanístico, p. 274.

José Afonso destaca a importância da preservação da paisagem urbana como bem estar as pessoas. Em dias atuais como esses, o que mais percebemos é a busca incessante pelas pessoas em crescerem, expandirem seus negócios financeiros e pessoais. É visto hoje em cidades de pequeno/médio porte o marketing das empresas e indústrias construindo cada vez mais, algum ponto na cidade de maneira a favorecer seus negócios e chamar a atenção para algo novo, um exemplo seria a colocação de outdoors e painéis eletrônicos ao longo das vias usados para propagandas, coisas que eram vistas somente em cidades grandes como Nova York. Esse avanço da tecnologia possibilita mais uma vez o homem de poder alterar a paisagem, seu entorno de modo a ajudar-se a si mesmo, com consequências drásticas, ou seja, não pensam mais na cidade pois cada vez mais a paisagem dá seu lugar à um emaranhado de notícias, propagandas, negócios. As pessoas têm tendência e capacidade a se adaptar a esses novos atuais modelos impostos, contudo, até mesmo os que não possuem dinheiro e vivem em uma situação de miséria buscam encontrar acesso aos novos métodos tecnológicos. Vemos isso presente nos gatos de tv’s a cabo, o excesso de fios elétricos de forma irregular. Dessa certa forma tudo isso contribui para a poluição visual. Estamos inseridos em um ambiente que focamos tanto em compras, gastos, novas aquisições que remetem sempre ao trabalho, economia. Passamos grande parte do tempo trabalhando, estudando, pra ganharmos mais e consequentemente gastarmos mais. Vivemos em uma vida “tumultuada” e barulhenta com a correria do dia a dia. A falta de espaços urbanos inseridas na nossa paisagem também está cada vez mais ficando precária, nossas cidades estão mal planejadas, estão nos deixando em meio às tantas brigas de marketing e falta de recursos para possibilitar uma tranquilidade visual e pessoal.

  1. A VISÃO DE GORDON CULLEN

Segundo Cullen, a paisagem urbana é visualizar o emaranhado de construções e espaços de um local de forma coerente, ou seja, organizada. O autor especifica em seus estudos dando o exemplo de uma rua em linha reta sua perspectiva visual torna-se monótona ou grandiosa.

O autor cita três conceitos: primeiramente, Cullen recorre ao aspecto da visão, que é perceber os espaços urbanos, visualizar seus elementos. Segundo elemento é o local, a relação do indivíduo de se localizar em um determinado espaço. Levando em conta as sensações dadas por espaços públicos, privados, entre outros. Terceiro e último conceito é o conteúdo, aspectos visuais da construção das cidades, as cores, estilos, escalas.

Para ele, o observador de tudo é um sujeito passivo, ou seja ele somente observa as informações à sua volta, levanta dados em sua própria mente.

Essa visão de Cullen faz com que o observador faça parte da paisagem, mesmo que seja interior, no caso no seu pensamento. Mas o que fica restrito é que o assunto da paisagem fique no interior de uma pessoa, analisando os pontos fracos e fortes ao seu redor, ela só analisa. Não faz na maioria dos casos com que a pessoa esteja disposta a mudar o cenário e as deficiências existentes nele. Fica claro nos estudos do autor que é grande a carência dos estudos paisagísticos, são limitados à um tipo de visão, e não são abrangidos em sua totalidade. Por um lado, forma um ser mais perceptível ao seu entorno, captando as informações visuais, aspectos paisagísticos da cidade.

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