TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Portifolio urbanismo

Por:   •  30/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.421 Palavras (14 Páginas)  •  197 Visualizações

Página 1 de 14

PORTIFÓLIO DE URBANISMO

2014 – 1º semestre


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        2

RAQUEL ROLNIK: FOLHA EXPLICA SÃO PAULO        2

FRANÇOIS ASCHER: OS NOVOS PRINCÍPIOS DO URBANISMO        

COMENTÁRIOS E REFLEXÕES........................................................................4

ANOTAÇÕES DE AULA        5

CONCLUSÃO        6

TRABALHO EM EQUIPE....................................................................................6

REFERÊNCIAS        7

GLOSSÁRIO        7

IMAGENS............................................................................................................7


INTRODUÇÃO

O Urbanismo, como conhecido hoje, foi ‘criado’ em função da desorganização das cidades há aproximadamente 150 anos, visto que, estas surgiram há cerca de 10-12 mil anos atrás e continuam cegamente se ‘desenvolvendo’.

No âmbito geral, o urbanismo é praticado nas cidades através de um projeto chamado ‘Plano Diretor’ que, segundo a ABNT, é o instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados.

O Urbanismo mostra-se, portanto, como uma ciência humana, de caráter multidisciplinar, inserida no contexto de uma sociedade em processo de constante crescimento demográfico e respondendo a uma forte pressão de civilização e urbanidade.

RAQUEL ROLNIK: FOLHA EXPLICA SÃO PAULO

Raquel Rolnik explica a cidade de São Paulo desde o seu início: suas mudanças, os planos de criar a cidade mais moderna do Brasil, o desejo de transformar a cidade ‘sem nada’ habitada pelos ricos fazendeiros e cafeicultores em uma Europa, o ‘jeitinho brasileiro’ sempre muito presente e a maneira como a elite governa a cidade desde que foi fundada em 1554, excluindo, desde sempre, os mais pobres e expondo-os a cada vez mais miséria e exploração.

A autora também descreve como os rios, que antes faziam parte da cidade eram sinuosos e cheios de curvas, se tornaram grandes canos cheios de água envoltos de cimento para serem construídas as enormes avenidas, símbolo do desenvolvimento e estímulo cada vez maior ao transporte individual.

Em 1973, meio a tamanho desenvolvimento ocorre uma violenta expansão da periferia do município provocando a conurbação – ou junção de áreas urbanizadas – de São Paulo com vários municípios vizinhos. Logo a Região Metropolitana de São Paulo, ou Grande São Paulo, foi definida como um conglomerado de 37 municípios (hoje 39) ocupando uma área de quase 8 mil quilômetros quadrados com aproximadamente 8,5 milhões de habitantes – 10% da população do país, em apenas 0,5% do território nacional.

A Região Metropolitana de São Paulo não constitui unidade política, embora tenha existência legal. Desde sua criação possui um órgão de planejamento (Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo S.A. – Emplasa), que faz parte da estrutura do governo estadual de São Paulo e uma empresa de transportes metropolitanos responsável pelo  transporte público sobre rodas (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), também gerido pelo governo estadual.

Há quem diga que São Paulo está em crise, ou como citado no livro ‘’trata-se mais de um esgotamento de um paradigma interno de estruturação da vida urbana do que propriamente uma crise econômica’’. Atualmente não há uma crise econômica na cidade, mas sim uma crise social presente desde os primórdios de sua urbanização, na qual quem não era rico era explorado. Não há uma consciência na cidade de São Paulo (e em todo o mundo) de que a cidade depende não de uma pessoa ou duas, mas sim de todas. O ser humano é um ser social, dependente de seus semelhantes, e é prejudicado por um isolamento inventado por ele próprio ao colocar pessoas mais afortunadas em uma posição de superioridade. Essa valorização da privacidade e proteção em relação a outros habitantes é muito perceptível no papel do automóvel no Brasil: é um item indispensável para classes altas, mas será que é realmente necessário ficar mais de duas horas parado no transito para chegar em casa com segurança? A valorização intermitente e estúpida do automóvel individual como principal e mais almejado meio de transporte, sendo que, em São Paulo, sua principal função é muito mal exercida: o transporte rápido e fácil.

São Paulo precisa repensar sua maneira de agir, e de pensar, a população não deve se deixar levar por investimentos do governo em mais vias para automóveis. Não cabe, não tem espaço para tanto carro nas ruas. O transporte deve ser repensado, a maneira de viver e se relacionar com a cidade devem ser repensados.

Ao mesmo tempo em que o Elevado não deve ser demolido ou melhorado caso isso altere, para pior, o padrão de vida dos moradores que ali residem, as vias de toda a cidade devem ser repensadas para que haja maior mobilidade urbana. É mais interessante para a qualidade de vida de toda a população que haja um consenso e que ninguém continue sendo prejudicado por erros cometidos no passado errado da cidade.

FRANÇOIS ASCHER: OS NOVOS PRINCÍPIOS DO URBANISMO

        Conforme a leitura do livro é facilmente perceptível que o assunto principal abordado tem sua base na discussão da modernidade. O autor a classifica como “um processo constante de transformação da sociedade”, condição que é transparentemente compreensível na porção ocidental do mundo, em oposição a outras sociedades nas quais a mudança não recebe o enfoque de essencial, como na Europa.

        Nadia Somekh, a quem devemos a tradução da obra, faz uma introdução com destaque para a falta de sincronia entre os rápidos avanços da sociedade contemporânea em contraposição com a lenta evolução do cenário construído. Essa dupla temporalidade impõe novos desafios no cotidiano, que têm de ser solucionados sem abandonar as demandas urbanas. Ela enfoca nas questões sociais do urbanismo, questionando a exclusão na legislação da parcela populacional que vive fora das condições básicas habitacionais: “nossas cidades não previram a localização dos pobres, que informalmente ocupam áreas de risco, de proteção ambiental, de preços fundiários depreciados, com a anuência velada das autoridades governamentais”. Em sua opinião, a natureza da modernidade é a superação das necessidades básicas do homem. Suas críticas estão voltadas principalmente para a supervalorização do transporte privado e o excessivo espaço tomado por avenidas para seu funcionamento.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (22.8 Kb)   pdf (223.9 Kb)   docx (78.6 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com