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Resenha Crítica - Carta de Atenas

Por:   •  22/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.548 Palavras (11 Páginas)  •  2.259 Visualizações

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 FACULDADE DE CIÊNCIA, CULTURA E EXTENSÃO DO RN[pic 1]

COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

RESENHA CRÍTICA

CARTA DE ATENAS

DISCENTE[1]:

Noara Talita de Oliveira

NATAL/RN

SETEMBRO DE 2016

FACULDADE DE CIÊNCIA, CULTURA E EXTENSÃO DO RN[pic 2]

COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

DISCENTE:

Noara Talita de Oliveira

RESENHA CRÍTICA

CARTA DE ATENAS

Este resenha tem como objetivo ser parte da avaliação parcial da disciplina de História da Arquitetura e do Urbanismo 02, referente à 1º unidade do 4º Período do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da UNIFACEX.

Profª. Flavia Laranjeira Conta de Assis[2]

NATAL RN

SETEMBRO DE 2016


A CARTA DE ATENAS

           A carta de Atenas é resultado do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), este congresso constitui uma serie de eventos organizados pelos principais nomes da arquitetura moderna internacional e foram muito influentes não só em formalizar os princípios da arquitetura moderna, mas também por fazer da arquitetura um instrumento político e econômico usado pelo poder público para ter um progresso social.

            Le Corbusier (1887-1965) é considerado um dos mais importantes arquitetos do século XX, assim como Oscar Neimeyer. Entre suas obras destacam-se, em título traduzido, “Por uma Arquitetura” (São Paulo: Editora Perspectiva, 1998) e “A Carta de Atenas” (são Paulo: HUCITEC, 1933), que fala sobre o tema, A Cidade Funcional. A carta apresenta uma lista de normas e princípios gerais que o projeto urbanístico moderno deveria seguir para transformar uma cidade superlotada de um estado crítico de higiene através do planejamento. Com propostas de inovação, prega a separação das áreas residuais, de lazer e de trabalho, propondo uma cidade jardim e no qual os edifícios se desenvolvem em altura e áreas verdes.

            Segundo Le Corbusier, só se pode enfrentar um problema de urbanismo referindo-se constantemente aos elementos constitutivos da região, a sua geografia. Tudo deve ligar-se ao destino harmonioso da região. Para Corbusier, os elementos naturais influenciam no destino dos homens. A topografia e a geografia molda a mentalidade do homem. - “Foram os cumes dos montes que delimitaram as áreas de aglomeração onde, pouco a pouco, reunidas por costumes e usos comuns os homens se constituíram em povoações e cada uma propõe seu modo de ver e sua razão de viver.”- Ele ainda afirma que o homem sozinho nada construiria além da sua choça. Porém, incorporado ao grupo, transformando-a em elemento constitutivo de uma sociedade que o mantém. De fato, o homem incorporado ao grupo ganha muito mais. Fará parte de um conjunto econômico, social e politico, no qual, em conjunto conseguirá com mais facilidade e progresso, traçar a condição da aldeia, cidade ou país, dando novos rumos à sociedade.  

            As razões que presidem o desenvolvimento das cidades estão submetidas a mudanças contínuas: aumento ou redução da população, prosperidade ou decadência da cidade, novos meios de transporte, aparecimento do maquinismo. Este ultima provocou imensas perturbações no comportamento dos homens, além de provocar um movimento desenfreado de concentração das pessoas nas cidades. Isso porque, com o avanço da tecnologia, criação de máquinas e aumento das indústrias, vários grupos que viviam nas regiões rurais e que cultivavam o trabalho manual e artesanal, aliás, pessoas de todas as partes começam a se dirigir para os centros das cidades. A vida nas cidades se torna mais importante que a vida no campo, muitos são os que buscavam melhores condições de emprego, de vida. Entretanto, os habitantes e trabalhadores vivem em condições precárias, aglomerando-se e desorganizam as condições de vida; as moradias mal conseguem abrigar as famílias. Muitos são os que vivem nos subúrbios, uma área sem traçado definido, onde são jogados todos os resíduos, onde se arriscam todas as tentativas. O subúrbio é o símbolo, ao mesmo tempo, do fracasso e da tentativa. É um erro urbanístico, disseminado por todo o universo, corrompendo as necessidades fundamentais. As cidades ficam congestionadas, surge à desordem, doença, decadência, revolta, tudo decorrência do seu crescimento desenfreado, seu caráter arbitrário, resultado da sua própria história sem planejamento, sem importar conhecer o caráter dinâmico e sistemático das cidades, não havia solução para os problemas concretos das cidades.

            Diante disso, Le Corbusier, define praticamente o conceito de urbanismo moderno. Conceito esse que surgiu como uma resposta aos problemas enfrentados pelas cidades. Marca uma mudança na forma de encarar a cidade e seus problemas urbanísticos causados pelo rápido crescimento populacional. “As condições de habitação são nefastas pela falta de espaço suficiente destinado à moradia, pela falta de superfícies verdes disponíveis, pela falta, enfim, de conservação das construções (exploração baseada na especulação)”. Ele ainda afirma que o sol, espaço, vegetação, são elementos indispensáveis aos seres vivos. E esta certo, as áreas verdes urbanas são espaços físicos urbanos de grande importância no aumento da qualidade de vida da população, assim como as praças, os parques, complexos recreativos e esportivos, que de proporciona inúmeros benefícios à população. Entretanto, a realidade é outra e o que aconteceu foi o afastamento cada vez maior dos elementos naturais que só aumentou proporcionalmente a desordem, a doença, não existia qualidade de vida, o crescimento das cidades só devorou progressivamente as superfícies verdes.  As cidades estão construídas em condições contrárias ao bem público e privado. -“Nossa tarefa é arranca-los de sua desordem por meio de planos nos quais será previsto o escalamento dos empreendimentos ao longo do tempo. É preciso buscar ao mesmo tempo as mais belas paisagens, o ar mais saudável, levando em consideração os ventos e a neblina, os declives melhor expostos e, enfim, utilizar as superfícies verdes existentes, cria-las, se não existem, ou recuperá-las, se foram destruídas.” O autor (Le Corbusier) ainda afirma que, em nome da higiene publica, bairros inteiros devem ser condenados, outros, em função das memorias históricas ou dos elementos de valor artístico que contem, deverão ser parcialmente respeitados. - Nesse caso não tenho como discordar, aquilo que apresenta um perigo deve ser destruído em prol de algo melhor, além de criar e administrar locais que melhore a qualidade de vida da sociedade, propiciando um espaço favorável às distrações, aos passeios; espaços diversos de educação física, esporte e lazer. Portanto, a manutenção e a criação de espaços livres são uma necessidade e constituem uma questão de saúde pública para a espécie.

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