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Resenha do Livro: Cartas a um jovem terapeuta

Por:   •  30/5/2018  •  Resenha  •  649 Palavras (3 Páginas)  •  497 Visualizações

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FACULDADE  / PITÁGORAS

DISCIPLINA: “Aconselhamento e Orientação em Psicologia”

TURMA: Período de Psicologia -  Semestre de 2017

PROFESSORA: 

PROPOSTA DA AVALIAÇÃO: elaborar um texto acadêmico sobre “Aconselhamento e Orientação em Psicologia” a partir de um dos capítulos do livro “Cartas a Um Jovem Terapeuta”, da vivência no estágio e das discussões dos seminários realizados em sala de aula.

LIVRO: CALLIGARIS, Contardo: Cartas a um jovem terapeuta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

DISCENTES:

DATA DA ENTREGA:

Adoecer e Curar

Calligaris relata que em muitos casos, o paciente busca uma psicoterapia por um problema bem definido: um medo específico, uma ejaculação precoce, um pensamento obsessivo ou  uma dificuldade de tomar uma decisão na vida. Deste modo, recomenda que os psicoterapeutas não tenham pressa de curar. Tentando imediatamente combater o sintoma ou ajudar na solução do dilema. Pois, se assim o psicoterapeuta o fizer, o sintoma e o dilema apenas se deslocarão para outro lugar. O fato é que a pressa de curar e decidir são péssimas conselheiras. Sendo assim, a psicoterapia deve ser vista como uma experiência que transforma; a partir da qual pode-se sair dela sem o sofrimento do qual se queixava inicialmente, mas ao custo de uma mudança. Na saída, não somos os mesmos sem dor; somos outros, diferentes.

Para Calligaris, precisamos redefinir o significado de “cura”, que pode ser esperada de uma psicoterapia e sugere que, justamente para curar direito, o psicoterapeuta não deve se apressar. Essa conduta foi por mim percebida ao participar das atividades do Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS III) de Divinópolis, onde foi possível observar que a psicologia clínica busca tratar o sofrimento psíquico respeitando o tempo, as especificidades e as possibilidades de cada paciente.

Deste modo, o “adoecer” é compreendidos pela psicologia clínica no CAPS III, como uma perspectiva de reconhecimento pelos próprios sujeitos dos fatores particulares os quais podem identificar como responsáveis pelo seu “adoecimento”. Sendo o “curar” a capacidade de ruptura com esse fatores pelos sujeitos, seja pela psicoterapia individual ou por meio da atuação interdisciplinar e em rede, com a desinstitucionalização da Loucura e, entre outros fatores, com a concepção de “Clínica Ampliada”.

        É possível compreender assim, o que Calligares ressalta no capítulo 6 onde refere-se a “curar” ou “não curar”. No qual ressalta que a terapia é um processo lento, portanto não deve haver pressa. Não se deve suprimir os sintomas antes que a doença se manifeste. Cura é definida como o restabelecimento a normalidade funcional, ou, levar o sujeito de volta a seu estado anterior à doença. Psicanálise não tem noção preestabelecida de normalidade, mas um estado em que o sujeito se permite realizar suas potencialidades. Psicoterapia é uma experiência que transforma, pode-se sair dela sem o sofrimento, mas ao custo de uma mudança.

“A psicologia francesa dos anos 60 não era adepta da ideia de cura. Curar significava perder o potencial de revolta. Mas, o autor se interessa pela psicanálise por acreditar que ela tem a capacidade de transformar vidas e atenuar a dor (Calligares, 2008, p. 67)”.

Neste sentido, devemos sempre lembrar a importância que tem, para o paciente, o encontro de um alívio para seus sintomas. Ou seja, por mais que tenhamos em mente que o objetivo da psicoterapia não deve ser a “cura” imediata, esse fato contudo, não implica que esse efeito deva ser negligenciado ou desprezado. Como nos assegurou Freud em relação terapia: "a eliminação dos sintomas de sofrimento não é procurada como objetivo particular, mas, sob a condição de uma conduta rigorosa de análise, ela ocorre, como um benefício anexo. Assim, se o benefício é anexo, deve haver um efeito principal, o bem estar do paciente”.

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