TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Carta de Atenas Resenha

Por:   •  3/4/2019  •  Artigo  •  574 Palavras (3 Páginas)  •  356 Visualizações

Página 1 de 3

Carta de Atenas

No que se refere a criação da Carta de Atenas, pode-se afirmar que a preocupação com a arquitetura em um período de grande expansão urbana e populacional foi uma das principais motivações, essencialmente a de 1933. Há duas situações a serem levadas em consideração: os arquitetos focados especificadamente à conservação do patrimônio histórico e os domínios voltados aos argumentos de inovação do Movimento Urbano. Este, por sua vez, ocorrido entre o intervalo entre as duas guerras mundiais, intensificou a determinação dos arquitetos a fim de que analisassem novas tecnologias e confrontassem as necessidades da população.

É importante observar que a Carta de 1931 visava a preservação e restauração dos patrimônios históricos e artísticos. O documento tem como objetivo preservar monumentos de diferentes nações, de acordo com as suas especificidades locais, assim como as condicionantes climáticas. Isto é, principalmente para assegurar o predomínio do direito coletivo sobre o individual.

Vale ressaltar que a Carta de 1933 tem como ênfase a necessidade de um planejamento regional e intraurbano, de modo funcional, a implantação do zoneamento, com o objetivo de tentar organizar e ocupar a cidade, através da separação de usos em zonas distintas, a fim de evitar o conflito entre os incompatíveis.

Contudo, entendemos que a diferença primordial entre o documento de 1931 e 1933 é o foco que cada um propôs. A Carta de 1931, criada por profissionais da restauração, prioriza os feitos de conservação e manutenção, a fim de estabelecer uma orientação. No entanto, a de 1933, refere-se às resoluções do IV CIAM, com propostas para alavancar novos rumos para a cidade moderna. Portanto, as duas cartas unidas são de suma importância em seu contexto geral.

A Carta de Atenas e o Plano Piloto de Brasília

        De acordo com um dos princípios da Carta de Atenas, Lúcio Costa segue à risca a eliminação dos cruzamentos de vias, para que o percurso seja efetuado em menos tempo e haja facilidade no trânsito de veículos. Entretanto, por não ter sido mensurado a dimensão de crescimento da Cidade, os setores de moradia ficaram distantes dos de trabalho, comércio e lazer. Com isso, os transportes públicos não atendiam a demanda, o número de automóveis aumentava a todo o instante e o trânsito, que era tranquilo, tornou-se intenso.

        Podemos notar que, assim como o zoneamento proposto na Carta, Lúcio Costa implantou a parte habitacional nas asas norte e sul do plano piloto e utilizou superquadras para organizar e revolucionar. Além disso, a parte de comércio e trabalho ficaram divididas, de acordo com as moradias, com as áreas comerciais, hospitalares, bancárias e hoteleiras. E também, quanto a diversão dos habitantes, as áreas de lazer foram ligadas às superquadras debaixo dos edifícios e nas áreas verdes, com campos, bosques e ciclovias.

        Contudo, tendo em vista os aspectos observados, nota-se a influência da Carta de Atenas por todo o Plano Piloto de Lúcio Costa, onde visualizamos claramente as funções fundamentais de habitação, trabalho e recreação colocadas em prática. Assim como a distribuição dos zoneamentos e o princípio da circulação. A inovação representada pela sua arquitetura diferenciada e planejamento urbano teve o reconhecimento internacional. Entretanto, o cuidado necessário para preservar as suas características mais marcantes deve continuar. Portanto, pode-se dizer que Brasília foi planejada como um organismo que gira em torno do atendimento das necessidades do ser humano.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.7 Kb)   pdf (52.3 Kb)   docx (317.9 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com