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Resenha morte e vida nas grandes cidades

Por:   •  9/12/2016  •  Resenha  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  2.262 Visualizações

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As calçadas representam bem mais que aparentam: fazem parte da primeira imagem de uma cidade quando levada à imaginação. Segundo a autora, a calçada por si só é apenas uma abstração, que só significa alguma coisa se acompanhada de edifícios e os outros limítrofes a ela ou a calçadas próximas. Mas quando se imagina uma cidade como um todo, são as ruas, e suas calçadas, que aparecem como principais órgãos vitais. São elas que dão a primeira impressão à cidade: se as ruas da cidade estão livres de violência e medo, a cidade como um todo está, razoavelmente, livre desse mal. Manter a segurança urbana é uma função fundamental das ruas das cidades e suas calçadas, cuja função é completamente diferente de qualquer atribuição que se exija das calçadas e das ruas de cidades pequenas ou de verdadeiros subúrbios. Como no caso das metrópoles, que diferem dessas cidades pequenas em aspectos fundamentais, e um deles é que estão cheias de desconhecidos. Mesmo morando próximas umas das outras, as pessoas se sentem desconhecidas, pois sofrem de uma densidade geográfica elevada.

As pessoas não deveriam se sentir ameaçadas pelos desconhecidos, e caso há falha nesse quesito, o distrito em que elas habitam além de fracassar em outros aspectos, também cria para si inúmeros outros problemas. Devido a essa ameaça, as pessoas começam a sentir um medo natural de transitar em locais de possíveis assaltos. Mas esse medo não é o grande problema segundo a autora. O problema atinge dimensões alarmantes em certas áreas da cidade que foram reurbanizadas, e isso inclui o supostamente até mesmo os melhores modelos de reurbanização, a exemplos dos conjuntos de classe média. O problema da insegurança nas ruas e na porta das casas é tão serio em cidades que empreenderam iniciativas de revitalização conscientes quantos naquelas que ficaram para trás. Há variações enormes no nível de civilidade e de segurança entre grupos minoritários, pobres ou marginalizados e as zonas urbanas onde habitam. Existem grandes cidades do mundo onde algumas de suas ruas mais seguras são frequentadas dia e noite por ricos e pobres e, por sua vez, algumas das mais perigosas são ocupadas por pessoas de mesma classe social. Segundo a autora, se o mundo pretender preservar uma sociedade urbana capaz de diagnosticar problemas sociais profundos e mantê-los sob controle, o ponto de partida deveria ser encorajar as forças viáveis para a preservação da segurança e da civilização, em qualquer circunstância.

De início, deve-se deixar claro que a ordem pública não é mantida pela polícia basicamente, mas não significa que não seja necessária. Essa ordem é mantida pela interseção de controles e padrões de comportamentos espontâneos presentes no próprio povo e por ele realizado. Infelizmente, em algumas áreas urbanas a manutenção da lei e da ordem pública fica inteiramente a cargo da polícia e de guardas de ordem particular. A segunda coisa a se entender é que o problema da falta de segurança não pode ser solucionado simplesmente trocando as características das cidades pelas dos subúrbios, causando uma dispersão. Dados comprovam essa afirmação quando colocados os números de Los Angeles à prova, por exemplo. A cidade é detentora de índices de criminalidade assustadores apesar de ser bastante dispersa. Índices esses que são de motivos complexos e, em alguns casos, desconhecidos. Mas uma coisa é certa: provocar a redução do adensamento de uma cidade não garante segurança, muito menos previne o temor ao crime.

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