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Revitalização de Puerto Madero

Por:   •  12/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.997 Palavras (8 Páginas)  •  292 Visualizações

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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA

ARQUITETURA E URBANISMO

Beatriz Assis do Amaral – D29AEC-2

Carolina Bento Pereira – S248AJ-0

Érica Isadora Ramos – N17694-6

José Aparecido F. Basílio – D379IE-5

INTERVENÇÃO URBANA EM PUERTO MADERO

Araraquara-SP

2017

Sumário

1.        Apresentação        3

1.1.        Bairro de San Telmo:        5

1.2.        San Telmo:        5

1.3.        Microcentro:        5

1.4.        Costanera Sur:        5

1.5.        Reserva ecológica:        5

1.6.        EX CIDADE DESPORTIVA LA BOCA E VILLA RODRIGO BUENO(Cena de Interesse Imobiliário):        6


  1. Apresentação

          A revitalização do Puerto Madero em Buenos Aires na Argentina, se tornou um importante exemplo de reurbanização pois a mesma influenciou tanto a área foco do projeto, quanto o seu entorno. Esse processo iniciou-se em 1989, antes mesmo das primeiras obras, quando a Corporación Antiguo Puerto Madero S.A. foi fundada, assumindo o domínio da área e a urbanização do local.

 Em 1991 iniciaram-se as obras da primeira fase, constituindo 16 docas na borda oeste dos quatro diques. As construções da segunda fase, por sua vez, iniciaram-se no ano de 1996, na grande área da borda leste dos diques; nesse mesmo ano, essas duas áreas foram instituídas como o bairro Puerto Madero, por conta do nome do projetista Eduardo Madero, que começou a ser projetado originalmente no ano de 1989.

 Estabelecido o Plan Maestro, o desenvolvimento do projeto se deu em duas etapas: a primeira, em 1991, no setor oeste e, a segunda, em 1996, no setor leste, com o objetivo de revitalizar e ampliar a área do antigo porto de Buenos Aires (CAPM, 2010).

No primeiro ano do projeto foi criada a sociedade anônima Corporación Antiguo Puerto Madero S.A., órgão do qual participavam o poder executivo nacional e a prefeitura de Buenos Aires, como sócios acionistas igualitários e com a mesma competência legal de qualquer sociedade comercial, designando os membros da sua diretoria. A grande vantagem da criação desta Sociedade foi a de permitir vencer dificuldades jurídicas institucionais, geradas no passado, pela superposição de responsabilidades entre organismos. O patrimônio público é então explorado para obter recursos operativos, já que a corporação não tem orçamento instituído nem por parte do Estado Argentino nem do governo da cidade. Cabe destacar que a transformação do Puerto Madero partiu da iniciativa pública, mas contou com o apoio quase exclusivo do investimento privado (IGLESIAS, 2008).

Ao governo nacional coube a tarefa de transferir 170 hectares de terreno para a corporação, enquanto à prefeitura da cidade deveria elaborar as normas correspondentes, para reger o desenvolvimento urbano da área. O projeto teve como ponto de partida o Concurso Nacional de Idéias (1991), convocado juntamente com a Sociedade Central de Arquitetos, do qual participaram 96 estudos de arquitetura, entre os quais foram escolhidas três propostas, que formaram as bases para a concepção de um único projeto (GIACOMET, 2008). As bases para o desenvolvimento do Plan Maestro, com o fim de integrar essa área ao tecido urbano, estabeleciam: reconverter a área, superando a situação de deterioração e precisava de um reordenamento que contribuísse para recompor seu caráter urbano, tendendo a equilibrar os déficits da área central, preservando seu caráter evocativo, promover o alojamento de atividades terciárias – escritórios públicos e privados, serviços comerciais e culturais –, acompanhado de assentamentos do tipo residencial, reconquistar a aproximação ao rio, incorporando áreas  verdes para recreação e lazer (CAPM, 2010).

Na primeira etapa (setor oeste) foi determinado a revitalização de 16 galpões de tijolo, as docas, que se encontravam em total estado de abandono. Esses edifícios constituem o principal patrimônio histórico arquitetônico e marcam a identidade portuária da zona. Eles foram declarados pelo Honorable Consejo Deliberante de La Ciudad de Buenos Aires como Área de Proteção Patrimonial Antigo Puerto Madero, o qual estabeleceu restritas normas de proteção dos edifícios (CAPM, 2010).

A Corporação instituiu que a venda das docas aconteceria por etapas e a partir do norte, pois esse era o setor mais valorizado devido à proximidade com o centro administrativo e econômico da capital federal. Em julho de 1991, a Corporação lançou a licitação de venda dos cinco primeiros edifícios, para a qual se apresentaram 26 grupos de empresários. Em março de 1992 foi lançada a segunda licitação, correspondente aos três galpões restantes do dique 3. A essa altura, os galpões dos diques 4 e 3 foram vendidos. Em outubro do mesmo ano foram vendidos os quatro galpões do dique 1 (extremo sul); e, logo A Universidade Católica Argentina, comprou os quatro galpões do dique 2, onde foi instalado o campus universitário. Foram construídos, na maioria das docas, escritórios nos andares superiores, com algumas residências do tipo loft, e serviços gastronômicos na planta baixa. Sendo que, toda essa reconversão se deu no curto período que vai de 1991 a 1996 (CAPM, 2010).

A seguir, com as divisas captadas, a Corporação deu início às obras de infraestrutura (eletricidade e saneamento), ao caminho de pedestres (ao longo dos diques), aos traçados dos bulevares, avenidas, ruas e parques, pois dado o anterior caráter portuário da zona, as mesmas eram inexistentes. Além disso, também foram restauradas as pontes giratórias localizadas entre os diques. A segunda etapa (setor leste) apresentou grandes diferenças do setor oeste por não contar com arquitetura existente, com exceção do conjunto de silos Molinos Río de la Plata construídos no ano de 1903 e demolidos no ano de 1998 (BOSCO, 1998). O setor dispunha de ampla área de 1.500.000 m2  para construção de novos edifícios, que se caracterizariam por uma arquitetura contemporânea. Assim, em 1996 deu-se início ao processo de licitações de venda desses terrenos, para o qual se apresentaram importantes projetos.

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