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TCC Mercado Público

Por:   •  19/4/2019  •  Monografia  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  490 Visualizações

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2.2 – ESPAÇO URBANO

Espaços Urbanos consistem em regiões de grande extensão destinadas a abrigar uma ampla população, na maioria das vezes os espaços são voltados à recepção de um extenso número de pessoas, que possuem o intuito de exercer a prática comercial ou apenas desfrutar do espaço como lazer.

Segundo (FULANINHO), o conjunto de diferentes usos da terra, sendo estas representadas por: áreas de lazer; locais de concentração de atividades comerciais, de serviço e de gestão; e, entre outras atividades que geram uma organização espacial da cidade, definem o termo espaço urbano.

Espaços livres são áreas que não possuem edificações e, na maioria das vezes, são possuidores de uma considerável flora. Atualmente, a maioria destes espaços sofre intervenção, seja a partir da criação de um parque, uma praça ou até mesmo um recanto.

Para LYNCH (1990), espaço público está apoiado na condição de oferecer livre acesso, permitindo às pessoas agirem de qualquer jeito. Para esse autor, os espaços livres são lugares onde todas as pessoas, independente de raça, classe, sexo ou religião possam transitar livremente, sem serem alvo de “pré-conceitos”. Esses são vitais para a sociedade, porque desempenham funções de extrema importância, que vai de um simples ato social ao político. Ele ainda afirma que devemos tratar esses espaços como “espaços positivos”, ou seja, áreas que tragam benefícios para a sociedade de maneira em geral.

Os espaços livres também são conceituados por SÁ CARNEIRO e MESQUITA (2000, p. 24) “como áreas parcialmente edificadas com nula ou mínima proporção de elementos construídos e/ou de vegetação [...]”. E completam a definição de espaço livre como sendo “áreas incluídas na malha urbana ocupadas por maciços arbóreos cultivados [...]”. Essas autoras classificam estes espaços como espaço de domínio público e espaço privado, daí surgiram as expressões Espaços Livres Públicos e Espaços Livres Privados, sendo o primeiro aberto a toda gama da população, enquanto o segundo é destinado a um público seleto.

Baseado nessa diversificação do conceito de espaços livres, segundo SÁ CARNEIRO e MESQUITA (2000) as principais funções do espaço livre pode ser classificado na seguinte forma:

  1. Espaços livres de equilíbrio ambiental: em sua maioria são espaços com grande predominância do elemento vegetal, e possuem como principal função elevar a qualidade ambiental e visual da cidade, tais como: unidades de conservação, cemitérios, campus universitário e espaços de valorização ambiental;
  2. Espaços livres de recreação: são espaços especialmente voltados para atividades recreativas, de descanso e lazer, tais como: faixa de praia, parques, praças, pátios, largos, jardins e quadras polivalentes;
  3. Espaços livres potenciais: são as áreas que têm a possibilidade de uso para recreação, porém apresentam falta de infraestrutura, e em muitos casos não possuem quaisquer instalações, como: espaços potenciais de valor paisagístico ambiental, recantos, margem de rios e canais e terrenos vazios.

2.3 – Lazer

O surgimento do fenômeno lazer, como esfera própria e concreta, inicia-se, paradoxalmente, a partir da Revolução Industrial, como os avanços tecnológicos que acentuam a divisão do trabalho e a alienação do homem do seu processo de produção. Surge, então, como resposta as reivindicações sociais pela distribuição do tempo liberado do trabalho, ainda que num primeiro momento seja encarado apenas como descanso, ou seja, como recuperação da força de trabalho. Aos poucos as novas necessidades infra-estruturais da sociedade urbano-industrial fizeram com que regredissem os controles das instituições tradicionais sobre a vida dos indivíduos. Nessa época são reinvidicados novas formas de relacionamento social mais espontâneas, a afirmação da individualidade e a contemplação da natureza (MARCELLINO, 1995, p. 14 - 15).

A palavra lazer deriva do latim “licere”, ser lícito, ser permitido. Para GUERRA (1985, p. 12) “lazer é o espaço de tempo livre entre o trabalho e o repouso [...]”. Existem duas maneiras de lazer, e elas são classificadas em: Lazer ativo e Lazer passivo.

O lazer ativo é o lazer composto de equipamentos que proporcionem atividades dinâmicas e naturais do ser humano, como: esportes, danças, jogos, brincadeiras, etc. E, o lazer passivo é o lazer composto de atividades de contemplação e descanso, onde não existem atividades de desempenho físico, por exemplo, assistir televisão, caminhada, ouvir música, entre outros.

Dentro da categoria lazer ativo Dumazedier (1979) classifica ainda em cinco subtipos de lazer:

  1. Lazer físico: esportes, caminhadas e passeios;
  2. Lazer artístico: viagens, visitas a museus, a monumentos, cinema, teatros e etc.;
  3. Lazer prático: práticas de lazer com atividades como jardinagem, costura, trabalhos manuais, etc.;
  4. Lazer intelectual: atividades de desenvolvimento intelectual como leituras, músicas, etc.;
  5. Lazer social: recepções, visitas feitas ou recebidas, etc.;

O lazer passou a ser visto como um produto de consumo, passando a oferecer certo status ao indivíduo.  As cidades necessitam de espaços destinados ao convívio social que ofereçam segurança aos usuários, onde elas possam encontrar outras pessoas, brincar e descansar.

2.4 – MERCADO PÚBLICO: conceitos e funções

Desde os primeiros tempos da história, a praça tem o seu papel fundamental na vida da população e da cidade. Mesmo com a evolução das cidades, as praças não perderam o seu caráter social, e normalmente é palco dos mais importantes acontecimentos políticos, sociais e culturais da cidade.

As praças têm constituído, através do milênio, o mais típico lugar de vida urbana; lugar de encontro, da comunicação, do comércio direto de produtos, mercadorias, informações e idéias; lugar também, das grandes festas populares, das manifestações e não raro, das mais graves decisões políticas (GRAFF, vol. 07).

O hábito e a necessidade de reunir para encontrar-se, confraternizar-se e discutir sobre assuntos de interesse do grupo provavelmente geraram o espaço da praça, elas têm um papel importante na sociedade atual. Para LAMAS (2004, p. 102) “[...] a praça é o lugar intencional do encontro, da permanência, dos acontecimentos, de práticas sociais, de manifestações de vida urbana e comunitária e de prestígio, [...]”. Normalmente, a apreensão do sentido de "praça" varia de população para população, de acordo com a cultura de cada lugar.

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