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Virando Séculos

Por:   •  28/4/2016  •  Resenha  •  913 Palavras (4 Páginas)  •  1.028 Visualizações

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VIRANDO SÉCULOS

A CORRIDA PARA O SÉCULO XXI

-NO LOOPING DA MONTANHA RUSSA-

        O autor do livro Virando Séculos é Nicolau Sevcenko, nascido em São Paulo em 1952, historiador, filho de imigrantes russos.

        No livro, o autor chega à conclusão de que a virada do século XX para o XXI trouxe consigo muitas inovações e revoluções, comparando-a com o loop de uma montanha russa. E esse clímax, para ele, é perigoso pois como tudo passou a ser tão rápido, em um ritmo tão frenético, não paramos para refletir e projetar o futuro, e quando formos capazes disso, ele teme que seja tarde demais.

        Para que sobrevivamos e tenhamos êxito em nossas vidas, Sevcenko afirma, que temos que nos pautar na crítica, contrapondo a cultura à técnica, para não ceder as transformações. A crítica, segundo ele, é a identidade de um povo, cabe a todos o poder de decisão sobre seu futuro, e para que a crítica tenha embasamento é necessário se distanciar um pouco do caos e olhar para o passado, para que assim consiga moldar o futuro, ou pelo menos entende-lo.

        Os avanços tecnológicos são encabeçados principalmente nos grandes centros. Essa voracidade por cada vez mais avanços traz consigo a síndrome do loop, deixando essa sociedade alienada das consequências que essa corrida pelo desenvolvimento pode trazer.  Sevcenko diz que nós que estamos um pouco mais distantes dessa correria somos capazes de refletir criticamente e declararmos os limites da técnica.

        O marco das mudanças tecnológicas foi a Segunda Guerra Mundial, antes dela possuía um padrão industrial consequência da Revolução Científico-Tecnológica do final do século XIX, e após a guerra houve crescimento e investimento nos setores de serviço, comunicação e informações.

         A Segunda Guerra desencadeou um desejo por produção e sofisticação de seus equipamentos, levando a criação de radares à energia nuclear. Os Estados Unidos por não terem sofrido com o término da guerra, estavam mais fortes e com a economia privilegiada, se compararmos com os demais envolvidos. Isso proporcionou a eles condições de liderança no mercado mundial, tornando o dólar a moeda padrão no mercado internacional. O final da guerra foi tão crucial para esse salto tecnológico que levou o PIB mundial a quadruplicar entre 1950 e 1980.

        A globalização possibilitou que a especulação do capital financeiro oscilasse entre as moedas mais fortes do mundo. A partir dos anos 70, com a liberação dos fluxos financeiros os maiores investidores do mundo puderam expandir o lucro de suas empresas através da sua fragmentação, nos países em que as taxas de juros eram menores ficariam a cede financeira, no que tivesse os menores valores de mão de obra estalariam outros setores, como o de serviço. Gerando assim, um sistema financeiro que acontece durante 24 horas, acompanhando as principais economias mundiais.

        Antes as grandes corporações eram responsáveis por depositar dinheiro, em forma dos impostos pagos por elas, em serviços como saúde, educação, infraestrutura, entre outros. E a partir da globalização e dessa corrida desenvolvimentista as grandes empresas podem obrigar o Estado a atuar contra a sociedade, usando-os a seu favor, quebrando o “Estado de bem estar social”.

        Após a queda do muro de Berlim, as mercadorias passaram a ser o centro da cena cultural, tendo seu papel libertar os desejos reprimidos, levar a sociedade ao consumo extremo. Resultando no pensamento de que as imagens são mais importantes do que os conteúdos. E as pessoas começaram a perder as dimensões do “aqui” e “agora”.

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