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A Gestão De Custos Como Ferramenta Para A Definição Do Orçamento Empresarial

Por:   •  6/9/2023  •  Seminário  •  5.225 Palavras (21 Páginas)  •  64 Visualizações

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Aline Minozzo¹

Tatiane Araújo Dias²

Tcharles Ramires Martins³

RESUMO

O processo orçamentário é estratégico, pois através dos orçamentos podemos analisar diferentes formas de produtos, serviços e valores ofertados. Sendo assim, propor neste texto, as diferenças de orçamentos empresariais envolvidas na gestão de custos, e mostrar qual decisão melhor tomar de acordo com a empresa em questão, envolvendo as despesas, os custos, fixos e variáveis para entenderem e compreenderem as fases que a Contabilidade de Custos apresenta. O impacto na formação de preços e orçamentos gera um debate com os métodos utilizados, temos os métodos mais usados no Brasil que são os métodos de absorção e variáveis ou diretos que é composto por custos e despesas, tanto fixas como variáveis, para chegar aos cálculos e saber qual método melhor a ser adaptado. O custeio por absorção não fere a legislação fiscal e os princípios fundamentais da contabilidade, já a variável somente é usado para tomada de decisões e relatórios internos. Basicamente, são bem detalhados e de fácil compreensão para que tanto os gestores como os indivíduos externos entendam como está a situação empresarial naquele momento.

  1. INTRODUÇÃO

O processo orçamentário empresarial vem se destacando bastante atualmente. Dentro dos processos de orçamentos existem vários itens que compõem as empresas, como por exemplo, o orçamento da mão de obra, tanto direita quanto indireta, as despesas do edifício e custo indiretos de fabricação, também existem as despesas comerciais e administrativas, orçamento de caixas etc.

Basicamente para fazer um orçamento, precisa ter uma visão global e um pouco detalhada sobre o futuro da empresa. As decisões mais complexas nas empresas, claramente, são as que causam mais impactos sobre ela, pois acaba envolvendo mais recursos, tem mais riscos também. E quando estamos fazendo um plano, temos que olhar para o amanhã e observar qual seria a melhor decisão tomada naquele momento, mas pensando à longo prazo.

Padoveze (2013) diz que houve uma retomada importante na contabilidade de custos após 1885, por causa da recuperação da utilização dos conceitos de custo padrão, acumulação por ordem e processo, integração da contabilidade de custos com a escrituração comercial, conceitos de custos fixos e variáveis e utilização de custos etc.

Conforme Crepaldi e Crepaldi (2018) relatam, a contabilidade de custos nas últimas décadas vem se evoluindo e está cada vez mais moderna, deixando de ser apenas uma auxiliar na avaliação de estoques e se tornando um importante instrumento de controle e de suporte para as tomadas de decisões.

Continuando com o pensamento dos autores Crepaldi, atualmente é muito comum encontrarmos em bancos, financeiras, lojas comerciais, escritórios de consultoria, de auditoria etc. utilizando a contabilidade de custos. Ou seja, ela passou a ser utilizada em outros campos que não seja o industrial.

“O valor do Estoque dos produtos existentes na empresa, fabricados por ela, deveria então corresponder ao montante que seria o equivalente ao valor de “compras” na empresa comercial.” (MARTINS, 2023, p.5).

Prosseguindo com o conhecimento de Martins (2023), as empresas passaram a compor o custo do produto os valores de custo dos fatores de produção que são utilizados para obtenção deles, como exemplo (matéria prima, mão de obra, energia etc.), sendo assim, deixando de atribuir outros que na empresa comercial já eram considerados como despesas no período de sua incoerência, por exemplo as despesas administrativa, de vendas e financeiras.

Percorrendo os mesmos assuntos dos autores citados, podemos relutar que a contabilidade está muito acima de qualquer coisa, ela é simplesmente uma das coisas mais importantes que existe para a tomada de decisões dentro das empresas e sabemos que sem um indicador para apontar com precisão uma decisão correta, consegue fazer com que a empresa se leve a falência por falta de informações, que no caso, só a contabilidade é capaz de registrar.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PLANEJAMENTO E CONTROLE

“planejar consiste em decidir antecipadamente o que deve ser feito. Toda empresa planeja em alguma intensidade. Algumas se voltam para o longo, médio e curto prazo, outras nem tanto.” (FREZATTI, 2023, p.7).

Dando continuidade ao pensamento de Frezatti (2023), o controle tem sido utilizado de uma forma intensiva, pois é com ele que garantimos se as decisões tomadas foram executadas.

Existem três elementos diferentes, que é o planejamento, a execução e o controle.

PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

O processo orçamentário em si requer, por parte dos colaboradores, um entendimento bastante detalhado das atividades operacionais da empresa em suas respectivas áreas de atuação. Sem tal nível de compreensão, haverá uma dificuldade inerente à estimativa dos valores orçados. O entendimento das atividades operacionais proporciona capacidade de orçar os recursos necessários para suportar tais atividades, de antecipar necessidades adicionais de recursos em resposta a situações esperadas e de antever eventuais fatores de risco que podem comprometer os resultados. Sendo assim, a elaboração do orçamento cria uma necessidade de conhecimento mais aprofundado das atividades da empresa, o que, por si só, evidencia uma vantagem singular. (NETO, 2022, p.49)

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

“o planejamento estratégico tem alcance temporal de longo prazo e é de responsabilidade dos níveis mais altos da administração, que procuram se antecipar a fatores externos e internos à empresa, geralmente relacionados às linhas de produtos ou aos mercados.” (HOJI, 2017, p.8).

Para Hoji (2017), os planos elaborados neste nível exigem longo tempo de sazonamento, geralmente mais de três anos, porém é apenas uma estimativa e o prazo pode ser mais longo, e apresenta riscos bem elevados. Envolvem também uma grande soma de recursos, e depois de tomada as decisões é bem difícil de se reverter, como por exemplo a compra de uma empresa e lançamento novo de produto também.

ORÇAMENTO EMPRESARIAL

Frezatti (2023), diz que o orçamento é o plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para determinado exercício. É mais do uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em termos de metas para serem alcançadas.

O orçamento depende do planejamento estratégico e a ele está subordinado. Em termos gerais é considerado um dos pilares da gestão e uma das ferramentas fundamentais para que o accountability, a obrigação dos gestores de prestar contas de suas atividades, possa ser encontrado. Isso ocorre devido ao fato de que os compromissos dos gestores, quando não especificados e definidos no plano estratégico, acabam sendo firmados no momento da montagem do orçamento. Dessa maneira, ao planejar e acompanhar tais resultados, ele se constitui no instrumento que permite que o accoun-tability exista na organização, de maneira estruturada e, espera-se, negociada e justa. (FREZATTI, 2023, p. 42).

REGIME CONTÁBIL E REGIME ORÇAMENTÁRIO

De acordo com a literatura, os regimes contábeis representam fórmulas para apuração periódica dos resultados financeiros, patrimonial ou econômico do exercício. Na prática, são reconhecidos dois regimes contábeis – caixa e competência, e duas variações decorrentes desses regimes – caixa modificado e competência modificado, a saber:                               a) Regime de Caixa: o registro das receitas só ocorre quando há o efetivo recebimento de valores, e as despesas não são reconhecidas até que sejam efetivamente pagas.

b) Regime de Competência: as receitas e as despesas são reconhecidas tendo como base seu fato gerador (entrega do bem ou serviço), independentemente da entrada ou da saída de recursos financeiros.

c)Regime de Caixa Modificado: as transações são reconhecidas sob o regime de caixa ao longo do exercício, mantendo-se, contudo, os livros contábeis abertos após o seu término para o registro de pagamentos e recebimentos referentes ao exercício anterior.

d)Regime de Competência Modificado: os ativos e passivos são reconhecidos em sua integralidade; porém, com limitações na mensuração, além de as transferências e subsídios governamentais permanecerem sendo registrados com base no regime de caixa. (LIMA, 2022, p.43)

CUSTOS

“Consistem no recurso consumido para a obtenção de bens e serviços. Os custos apropriados serão alocados aos estoques de produtos, normalmente no AC – ativo circulante – (curto prazo).” (VEIGA; SANTOS, 2016, p.7).

Estendendo ao tema abordado de VEIGA E SANTOS (2016) anteriormente, os custos são representados pelo investimento em estoques e por todos os itens que estão relacionados diretamente com a elaboração dos produtos, no caso das empresas industriais, e ao processo de aquisição, movimentação e estocagem, no caso das empresas comerciais e aqueles relacionados às prestações de serviços.

Gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.

Exemplos: Material consumido na produção, MOD aplicada na atividade operacional, depreciação da máquina utilizada na produção, amortização de software utilizado na prestação de serviço etc. Observações: A perda “normal” do processo produtivo é custo. A perda “anormal” será reconhecida diretamente no resultado. A depreciação dos bens pode ser custo ou despesa. (FUMAUX; 2022. p.21).

“É a soma dos dispêndios em que se incorre direta ou indiretamente no processo de produção ou de prestação de serviços”. (DANTAS, 2015, p.223).

CUSTOS FIXOS

São os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio.” (SEBRAE, 2018, n.p).

“Custos que não variam em função do volume produzido ou do serviço prestado em determinado período. Normalmente envolvem decisões do passado como por exemplo, aluguel do estabelecimento operacional, depreciação linear dos equipamentos etc.” (FUMAUX, 2022. p.22).

Segundo o livro de Gestão de Custos escrito por Schier (2013), os custos fixos são custos que não dependem da quantidade produzida, ou seja, independentemente da quantidade produzida, os custos fixos não oscilam.

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Fonte: Gestão de Custos (SCHIER, 2013, p.214)

Nesta tabela, podemos observar que o valor pago do aluguel tanto do Período1 quanto ao Período 2 continuam os mesmos valores, mesmo a quantidade produzida sofrendo variações, não significa que o valor do aluguel aumentará também, por isso o custo fixo é representado como um custo que não depende da quantidade produzida de produtos.

CUSTOS VARIÁVEIS

“São aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na mesma proporção.” (SEBRAE, 2018, n.p)

“Custos que se alteram proporcionalmente ao volume de produção ou do serviço prestado. Normalmente envolvem decisões atuais como, por exemplo, consumo de matéria prima, mão de obra aplicada diretamente na atividade operacional etc.” (FUMAUX, 2022. p.22).

De acordo com Schier (2013) os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume produzido.

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Fonte: Gestão de Custos (SCHIER,2013, p.213)

Podemos analisar a partir da tabela anterior, que entre o Período 1 e o Período 2, o consumo por unidade, o custo por kg e o custo por unidade produzida continua os mesmos valores, o que houve variação foi somente a quantidade produzida e respectivamente o custo total do período, logo, quanto maior a quantidade produzida maior será o custo no período.

CUSTOS DIRETOS

“Podem ser diretamente associados aos produtos por uma unidade de consumo (kg consumidos, horas de mão de obra) etc.” (FUMAUX, 2022. p.22).

De acordo com o livro de Contabilidade – Introdução e Intermediária, o autor Dantas (2015) diz que os custos diretos são aqueles que refletem sobre um determinado centro de custeamentos sem a necessidade de utilizar um critério de rateio em outros centros.

CUSTOS INDIRETOS

“Custos que não possuem uma relação concreta entre o seu consumo e os produtos fabricados ou serviços prestados, sendo necessário algum critério de “rateio” (aluguel, supervisão etc.). (FUMAUX, 2022, p.22).

Nos custos indiretos, Dantas (2015) diz que eles refletem sobre vários métodos de custeamentos, e por isso é utilizado o método do critério de rateio.

RATEIO

“O rateio consiste na apropriação dos custos indiretos de forma arbitrária através de algum indicador que a empresa entenda ser eficiente (matéria prima consumida, mão de obra direta, total de horas trabalhadas, volume de produção, custo direto total dentre outros).” (FUMAUX, 2022. p.26).

MÉTODOS DE CUSTEIO

“Os métodos de custeio relacionam-se com a forma pela qual os custos são atribuídos aos produtos ou objetos: clientes, regiões, canais de distribuição etc. as organizações os empregam com o objetivo de orientar a tomada de decisões e obter auxílio em caso de ações corretivas.” (JORGE, 2016, p.137).

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

O custeio por absorção designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos fabris, quer fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados em um período. Com isso, os produtos “absorvem” todos os gastos classificáveis como custos – matérias primas, salários e encargos sociais, depreciação das máquinas, aluguel do prédio industrial etc. -, independentemente de sua natureza, se custos fixos ou não, se custos diretos ou não.” (WENRKE, 2019, p.19).

Para Wenrke (2019), esse método é mais adequado para finalidades contábeis, como por exemplo, avaliar os estoques e determinar qual o valor total dos custos dos produtos vendidos a ser registrado na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). Sua utilização tem sido exigida pela legislação brasileira.

No livro de Gestão de Custos, o autor Izidoro (2016), diz que o custeio por absorção é um dos métodos de custeio mais usados, por isso que é conhecido como método tradicional. Esse custo consiste na apropriação dos custos totais de produção pelos produtos elaborados.

A cada fase específica da produção são distribuídos os custos para os produtos, que recebem somente a sua parcela específica de custos, seja na forma de produtos vendidos ou estocados. Com isso, nesse método as despesas não são distribuídas para compor o total dos custos dos produtos fabricados, pois elas são incorporadas diretamente no resultado do período em análise. (IZIDORO; 2016, p.14).

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Fonte: Contabilidade de custos (IZIDORO,2016, p.14)

Na figura 1.5, relacionado ao custeio por absorção, podemos ver que somente os custos devem ser considerados na distribuição para os produtos, independentemente de sua classificação (diretos ou indiretos). Já as despesas, não são incluídas neste tipo de método.

CUSTEIO VARIÁVEL

“O custo de um produto ou serviço é composto somente pelos custos identificáveis, diretamente aplicados e variáveis com os volumes de produção”. (BERNALDI, 2017, p.70).

Seguindo ainda com esse mesmo pensamento de Bernaldi (2017), a finalidade do custeio direto ou variável é propor à empresa uma melhor decisão em questão das relações entre custo/volume/lucro, podendo ser utilizado para formação de preços, proporcionando então, uma visibilidade melhor nos assuntos da gestão.

“É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos. A diferença entre esse método e o custeio por absorção reside no tratamento dados aos custos fixos.” (MAGLIORINI, 2011, p.137).

O custeio variável, apesar de não ser aceito para fins fiscais, constitui um instrumento útil à gestão por permitir identificar os produtos ou serviços mais rentáveis para a empresa. O custeio variável utiliza o conceito de margem de contribuição, o qual representa a diferença entre as vendas líquidas e os Custos e Despesas Variáveis. Assim, o custeio variável permite à gestão, a análise das relações custo-volume-lucro de cada produto ou serviço. Conhecendo a margem de contribuição de cada produto ou serviço, pode-se identificar o quanto cada um contribui para cobrir os custos e despesas fixas do período.  (JORGE, 2016, p.138).

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Fonte: Contabilidade de custos (IZIDORO,2016, p.15)

No método de custeio variável analisamos na Figura 1.6 que “são alocados aos produtos os custos e as despesas variáveis, de acordo com a sua proporção no volume de produção” (IZIDORO, 2016. p.15).

Diferente do custeio por absorção, no custeio variável os custos e as despesas fixas não compõem a estrutura dos custos dos produtos, porque são considerados componentes do resultado da empresa.

DIFERENÇA ENTRE CUSTEIO ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL

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Fonte: BCN Treinamentos

Na imagem acima, está especificando exatamente as diferenças entre o Custeio por Absorção x Custeio Variável. Pode-se perceber que, mesmo que o custo variável tenha muitos pontos fortes, e usado para fins gerencias para tomada de decisões nas empresas ele não é aceito pelos fiscos, diferente do custo de absorção que é aceito, mas não é muito usado para fins gerenciais como tomada de decisões, pois nesse método a quantidade de informações são poucas.

DESPESAS

As despesas são gastos realizados para obter receitas. Entendem-se como recurso consumido fora do processo produtivo e/ou de elaboração de serviços para a obtenção de receita. As despesas operacionais podem se classificar em administrativas, comerciais (com vendas) e outras despesas gerais. Existem, também, as despesas financeiras. (VEIGA; SANTOS, 2016, p. 11).

“Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Exemplos: comissão de vendas, propaganda, publicidade e salários da administração etc.” (FUMAUX, 2022, p.21).

“É a soma dos dispêndios auxiliares e administrativos direta ou indiretamente utilizados em quaisquer tipos de entidades com ou sem fins lucrativos”. (DANTAS, 2015. p.223).

DESPESAS FIXAS

“Despesas fixas são gastos que não variam ou variam muito pouco mensalmente, como aluguel, condomínio, impostos fixos e mensalidades.” (NEON, 2022, n.p).

Conforme Dantas (2015) as despesas fixas são aquelas despesas que não variam proporcionalmente ao volume produzido, ou ao volume de vendas, ou seja, significa que, independentemente se houver ou não produção e vendas de produtos, as despesas fixas vão continuar existindo e precisam ser pagas.

DESPESAS VARIÁVEIS

Despesas variáveis são gastos que variam de acordo com a frequência e intensidade do consumo, como as contas de água e luz, combustível do carro e alimentação. Embora seja possível fazer uma média desses custos, os valores podem oscilar consideravelmente mês a mês, dependendo do seu comportamento. (NEON; 2022, n.p)

“São aquelas que variam proporcionalmente ao volume produzido ou ao volume vendido, ou seja, só haverá despesa, se houver venda ou unidades produzidas.  Exemplos: comissão sobre vendas, impostos sobre as vendas, fretes s/vendas, seguros sobre vendas etc.” (DANTAS, 2015, p.228).

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Fonte: Série Devendando as Finanças, Adriano Leal Bruni

Na imagem acima, podemos observar a diferença entre os custos vs despesas. Basicamente, os custos correspondem aos custos relativos aos bens e serviços utilizados na produção de outros bens e serviços e as despesas correspondem aos bens e serviços consumidos direta e indiretamente para a obtenção de receitas.

MARK-UP

“O mark-up, é um índice que, aplicado sobre o custo de um bem ou serviço, estabelece o preço de venda”. (SANTOS, 2013, p.127).

O mark-up consiste em uma margem, geralmente expressa na forma de um índice ou percentual, que é adicionada ao custo dos produtos. Esse custo apresentará variações dependendo do método de custeio utilizado (por absorção, variável, pleno etc.). Vale lembrar os seguintes conceitos:

  • Custeio por absorção: método que consiste em atribuir aos produtos todos os custos de produção, sejam fixos ou variáveis.
  • Custeio variável: método que consiste em atribuir aos produtos apenas os custos variáveis.
  • Custeio pleno: método que consiste em atribuir aos produtos todos os custos de produção e todas as despesas. (MEGLIORINI, 2011. p.236).

“O mark-up trata-se de um método que utiliza um multiplicador para aumentar o valor de um número que serve de base de valor (geralmente, o custo industrial), transformando-o em preço de venda”. (SILVA, 2016. p.178).

Yanase (2018) diz que, o mark up é um fator multiplicador ou divisor que se obtém o preço de venda se aplicado sobre o custo. A sua fórmula é muito simples e é bastante utilizada pelas empresas se for corretamente formatado ele pode apresentar o preço de venda. Mesmo que o preço de venda esteja determinando pelo mercado, o cálculo do mark up ajuda a encontrar o preço ideal ao preço para não causa problemas futuros.

CÁLCULO PARA FAZER O CÁLCULO DO MARK UP:

Valor de base X Mark Up = Preço

CUSTO/VOLUME/LUCRO (C/V/L)

No método de precificação por meio do custo/volume/lucro, o valor de venda que se obtém pelo uso do método é o limite mínimo que deve ser respeitado para que a empresa não incorra em prejuízo (contábil ou econômica), dados os gatos que determinada quantidade orçada para a venda impõe à empresa. (SILVA; 2016. p.176).

Para Werke (2019), o CVL é um modelo que possibilita prever o impacto no lucro do período ou no resultado projetado, tanto nas alterações incorridas ou previstas, no volume vendido quanto ao número de unidades, nos preços de vendas vigentes como descontos e nos valores de custos e despesas, fixos ou variáveis.

CÁLCULO DO CUSTO-VOLUME-LUCRO:

Receita = Custos totais + Lucro

“Uma das análises mais relevantes em negócio é a de custo-volume-lucro. Conhecendo-se o comportamento dos custos do produto, essa análise permite estudar o efeito no lucro se ocorrer variação no volume de vendas.” (SARDINHA, 2013, p.55).

PREÇO DE VENDA

Preço de venda corresponde ao valor que a companhia deseja receber por um produto ou serviço. Ou seja, uma mercadoria que tem valor elevado não é, necessariamente, boa, muito menos a melhor entre todas as opções do mercado. O mesmo raciocínio vale para produtos que custam pouco.

Pela ótima comercial, o preço só define o quanto é viável para a empresa cobrar, pensando nos custos e faturamento. Todo negócio que pretende lucrar deve ter um retorno em relação ao produto oferecido.

Dentro desse princípio existem alguns pontos a serem considerados:

  • custo da produção ou aquisição da mercadoria (em caso de revenda);
  • gastos com manutenção;
  • valor médio praticado pelo mercado;
  • valor agregado ao produto;
  • margem de lucro pretendida por cada item vendido. (SERASA; 2023, n.p)

PREÇO A PARTIR DA CONCORRÊNCIA

É o método mais simples, pois basta acompanhar os preços praticados pelos concorrentes diretos e segui-los, mantendo ou não o mesmo valor, de acordo com os objetivos e resultados.

Os preços definidos por esse método devem ser capazes de igualar seus preços aos seus concorrentes ou ficar abaixo deles. Caso seja cobrado um preço mais alto, devem mostrar por que seus produtos oferecem maior valor.

É especialmente importante considerar os preços dos concorrentes nas seguintes condições:

  • Há vários concorrentes com produtos de qualidade;
  • Pelo menos alguns dos concorrentes são financeiramente fortes;
  • As características do produto são facilmente copiadas e é difícil diferenciá-lo;
  • Os concorrentes têm acesso aos canais de distribuição;
  • Os concorrentes têm altos níveis de conhecimentos e habilidades de marketing;
  • Os concorrentes têm estruturas de custos semelhantes. (FUMAUX; 2022. p.36).

Segundo FUMAUX (2022), a formação dos preços de vendas baseados na concorrência pode ser desdobradas com um método de preço corrente (preços semelhantes em todos os concorrentes), com um método de imitação de preços (preços semelhante de um concorrente específico),  com um método de preços agressivos (adoção de redução drástica de preços) e por último o método de preços promocionais que nada mais e nada menos como os preços baixos para atrair a clientela e fazer a compensação com a venda de outros produtos.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Para os autores Dubois, Kulpa e Souza (2023), ao comparar as receitas com os custos e despesas variáveis faz-se necessário e útil a separação dos custos e as despesas em seus componentes fixos e variáveis. Sendo assim, os elementos variáveis são diretamente responsáveis pela produção (mão de obra direta, matéria prima), enquanto os custos e as despesas fixas diz mais respeito à capacidade de produzir do que à produção. Ou seja, a diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis que é chamada de margem de contribuição.

A margem de contribuição é o montante que resta do preço de venda de um produto depois da dedução de seus custos e despesas variáveis. Representa a parcela excedente dos custos e das despesas gerados pelos produtos. Caso o preço de venda de um produto seja inferior a seus custos e despesas variáveis, temos uma situação de margem de contribuição negativa, que deve ser revista, ou, por condições comerciais, suportada, ou, mesmo por razões estratégicas, a empresa poderá manter produtos com essa situação. A empresa só começa a ter lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos supera os custos e as despesas fixos do exercício. Assim, essa margem pode ser entendida como a contribuição dos produtos à cobertura dos custos e despesas fixos e ao lucro. (MAGLIARINI, 2011, p.137).

CÁLCULO PARA FAZER A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO:

Margem de contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)

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