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A UTILIZAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO INSTRUMENTO PARA TOMADA DE DECISÕES DOS STAKEHOLDERS

Por:   •  21/5/2021  •  Monografia  •  3.796 Palavras (16 Páginas)  •  132 Visualizações

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FUCAPE PESQUISAS, ENSINO E PARTICIPAÇÕES LTDA - FUCAPE MA

CLOVES RODRIGUES DA SILVA NETO

A UTILIZAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO INSTRUMENTO PARA TOMADA DE DECISÕES DOS STAKEHOLDERS.

SÃO LUÍS

2020

CLOVES RODRIGUES DA SILVA NETO

A UTILIZAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO INSTRUMENTO PARA TOMADA DE DECISÕES DOS STAKEHOLDERS.

                                                   

Projeto de Pesquisa apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Fucape Pesquisa, Ensino e Participações Ltda - FUCAPE MA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis e Administração – Nível Acadêmico.

Orientador:

SÃO LUÍS

2020


  1. Introdução

As companhias que atuam no mercado globalizado buscam de forma ininterrupta estratégias inovadoras para estarem a frente do ambiente competitivo. Isso decorre da volatilidade do mercado que está cada vez mais latente, absorvendo os impactos dos cenários políticos, econômicos e sociais nos quais estão inseridas, refletindo diretamente nas tomadas de decisões mercadológicas por parte dos Stakeholders. (Abreu, M., Castro, F., & Lazaro, J. C., 2013)

Nesta perspectiva, Pinto e Ribeiro (2015) enfatizam que, por mais que a geração de lucro continue sendo uma característica fundamental para a prosperidade e continuidade das companhias, as conexões intersociais existentes com a globalização de mercados demandam conhecimento aprofundado de como determinada entidade agrega valor ao meio econômico-social do país ou da região na qual está inserida, tornando o acesso à informação um importante diferencial competitivo.

Nunes e Miranda (2016) enfatizam que, atualmente, as informações constantes nas demonstrações contábeis servem não apenas a uma parte dos stakeholders, aqueles que tomam decisões gerenciais; mas, serve a todos aqueles que investiram e mantem relações com as empresas, para que possam ter dados coerentes com os seus investimentos, e ações que preservem o meio ambiente e a sociedade. Esse fato permitiu o surgimento de diferentes contabilidades dentro da organização empresarial.

Ainda é importante salientar que, em virtude do dinamismo no cenário global, surge a Contabilidade Social, para sanar o anseio de acesso as informações de interesse da sociedade, como as ações sociais e outras informações sobre responsabilidade corporativa, instrumentalizada no Balanço Social e na Demonstração do Valor Adicionado (DVA) (NUNES; MIRANDA, 2016). Santos (2007) relata que o surgimento do Balanço Social, nas últimas décadas, é um marco nos sistemas de informações gerados para a sociedade, dando-se a materialização delas por meio da Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

A elaboração e a divulgação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) passou a ser obrigatória para as companhias de capital aberto a partir do ano de 2008, como parte do processo de convergência da contabilidade do Brasil para com a internacional, por meio da Lei nº 11.638/07. Nesse mesmo ano, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, com o objetivo de regulamentar a forma de sua evidenciação.  (ALMEIDA et al., 2009)

Isto posto, levando em consideração a responsabilidade social que detêm as entidades econômicas, o conteúdo evidenciado da DVA tem fundamental expressão social. Para Almeida (2014), com base nesta demonstração, todo e qualquer stakeholder poderá adquirir informações no que tange a riqueza gerada por uma companhia, seu impacto social no meio em que ela está inserida, bem como sua subsequente distribuição entre todos agentes econômicos que tiveram direta ou indiretamente participação em sua criação, contrastante  ao que informa a Demonstração do Resultado do Exercício, que enfatiza somente o lucro sob o prisma dos proprietários e acionistas. Deste modo, surge o seguinte problema de pesquisa: De que maneira os stakeholders das companhias utilizam como suporte para tomada de decisões a Demonstração do Valor Adicionado?

Destarte, o objetivo da presente pesquisa é contribuir para a assimilação dos conceitos intrínsecos associados a tal demonstração contábil e situar o estudo do valor adicionado sob a ótica macroeconômica, evidenciando alguns aspectos relativos à sua aplicabilidade para o processo de análise dos stakeholders que não necessariamente participem da gestão da companhia.

A pesquisa justifica-se pelos anseios à transparência das informações institucionais, assim como pela contribuição das informações contidas na DVA à sociedade em geral, uma vez que a literatura existente ainda possui lacunas no que tange a importância de tal demonstração. Como contribuição, almeja-se cientificar os stakeholders das companhias sobre o conteúdo que o Valor Adicionado detém, e que não pode ser ignorado durante o processo de tomada de decisão. 

  1. Revisão da Literatura

2.1 Responsabilidade Social Corporativa

Responsabilidade social corporativa pode ser definida como o dever que uma companhia deve ter para com o meio o qual esta encontra-se inserida, manifesto através de programas que a acometem positivamente de modo abrangente, ou a alguma comunidade especificamente, agindo proativa e coerentemente no que diz respeito a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com esta. (Ashley et al. 2003)

 De acordo com Silva Junior et al. (2017) a responsabilidade social corporativa ganhou significativa relevância dentro das organizações ao longo das últimas décadas, uma vez que se tornou essencial para que estas consigam trilhar uma trajetória sustentável. Porém, ainda segundo o referido autor, os papéis e contribuições da Responsabilidade Social Corporativa permanecem nebulosos.

Segundo estudos científicos feitos por Jha e Cox (2015), existem duas vertentes que explicam o crescente interessas das firmas em investimentos na área de responsabilidade social nos Estados Unidos e no Reino Unido. A primeira parte do princípio de multiplicação dos stakeholders. Ou seja, o investimento em áreas socias está diretamente ligado ao fato de que as grandes companhias perceberam um crescente e significativo aumento do interesse popular em questões que vão muito além do lucro líquido do final do exercício evidenciado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A segunda vertente, ainda segundo Jha e Cox (2015), refere-se a possibilidade das entidades estarem mais preocupadas em interesses e benefícios próprios, utilizando-se dos recursos investidos pelos próprios acionistas nas atividades ligadas a RSC.

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