A VASP - Viação Aérea São Paulo

Viação Aérea de São Paulo

A VASP - Viação Aérea São Paulo -, foi fundada em 04 de Novembro de 1933, por 72 empresários que tomaram a decisão de subscrever o capital inicial. Em 10 de março de 1935, a VASP foi transformada em Sociedade de Capital Misto com o controle acionário pelo Poder Público. O governo paulista, assumiu o compromisso de privatizar a empresa e a criar as condições legais, políticas e financeiras para tal, contratando avaliações das consultoras Price Waterhouse e Coopers & Lybrand, obtendo o aval necessário do legislativo estadual. Foi promovida a renegociação de US$ 260.000.000, mais o aporte de US$ 50.000.000 em 1990, viabilizando o início do processo de privatização. Com a privatização foram distribuídas rotas internacionais sem nenhum critério e permitido o desembarque das gigantes aéreas estrangeiras, que hoje dominam o mercado emissivo de São Paulo. Apesar do significativo crescimento das atividades do setor nos anos 90, houve a redução do emprego, do tempo de serviço, atingindo todos os trabalhadores e uma maior instabilidade no mercado de trabalho do setor, que foram se agravando a partir dos anos 2000. Como ocorreu no processo de privatização, a empresa entrou de forma polêmica em recuperação judicial no dia 1º de julho de 2005. A Vasp se afundou em dívidas, principalmente com a administração pública. Entre elas a de R$ 11 milhões em taxas de embarque com a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), e a de R$ 891 milhões com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma dívida que deveria ser amortizada mensalmente - mas não era - com depósito de 0,5% do faturamento da empresa.Os atrasos de pagamentos de salários e a fornecedores precederam a maior crise da história da empresa. A exemplo do ocorreu com a Transbrasil, que requereu concordata em dezembro de 2001, a Vasp suspendeu suas atividades e operações em 2005 de forma repentina, em meio a desmentidos sobre sua real situação financeira. Em agosto de 2011, a imprensa noticiou que a primeira de 27 aeronaves da Vasp começou a ser desmanchada no aeroporto de Congonhas, onde estavam 9 deles. Outros 18 aviões estão espalhados em outros aeroportos brasileiros e todos serão vendidos como sucatas, pois não servem mais para voar. Em Congonhas, as aeronaves da Vasp ocupavam cobiçados 170 mil metros quadrados, que após a desocupação seriam utilizados para ampliar em 20% da área do pátio para as empresas que operam no aeroporto. Os 9 aviões da Vasp deixaram, só em 2011, mais um prejuízo de R$ 7 milhões para a Infraero, por perda de receita pelo custo de hangaragem desses equipamentos.

...