ESTUDO DO LUCRO RESULTADO: ECONÔMICO – FINANCEIRO - FISCAL

ESTUDO DO LUCRO

• RESULTADO: ECONÔMICO – FINANCEIRO - FISCAL

• EBTIDA - DVA - EVA

LUCRO DE EXERCÍCIO

Dentre todas as informações geradas pela contabilidade, o Resultado do Exercício é o mais apreciado. Todos, por vários motivos, se interessam pelo que a empresa produziu em determinado período: os sócios, pelo lucro que seus investimentos geraram; o administrador, pela ratificação da eficácia de sua gestão; o fisco, pela possibilidade de impostos que deverão ser repassados ao Estado; o investidor, pelas possibilidades de investimentos na empresa e pela valorização de suas ações.

Se o resultado não estiver perfeitamente apurado e demonstrado, os interessados terão conclusões errôneas em suas observações, ou seja, o sócio pode está tendo prejuízo enquanto o resultado demonstra lucro, assim também, a empresa pode está pagando impostos indevidamente se não conhecer seu resultado real.

O objetivo deste item é demonstrar as diversas faces do Lucro e a quem ele interessa.

Hoje em dia, a contabilidade possibilita conhecer vários demonstrativos de resultados como o Lucro Bruto, Operacional, Fiscal, da Atividade, e outros. Sem falar em números, vamos conhecer cada um dos resultados atuais:

• RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

Também conhecido como Margem de Contribuição, este lucro, condicionado a existência de receitas, representa o resultado apurado pela empresa deduzindo da receita líquida somente o custo das mercadorias ou produtos vendidos. Este é o lucro que deverá sustentar a planta operacional, o custo de capital, os impostos e a remuneração dos investidores (sócios). È o primeiro nível de medição das possibilidades do negócio.

• RESULTADO DA ATIVIDADE

Este é o lucro que mede a capacidade do ativo em gerar resultados. Apurado pela diminuição das despesas operacionais do Lucro Bruto. Neste caso, despesas operacionais são aquelas necessárias para o funcionamento da empresa independentemente de ocorrer ou não as receitas. Através do Lucro da Atividade podemos analisar se os problemas de geração de lucro da empresa estão ligados ao negócio em si, ou às fontes de recursos.

• RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

Este lucro é apurado deduzindo do lucro da atividade os custos dos capitais. Na maioria das vezes os demonstrativos apresentados no Brasil consideram apenas os custos de capital de terceiros, porém, algumas companhias de

capital aberto já apresentam o Lucro Operacional Líquido descontados de todos os ônus dos capitais, isto é, o custo do capital próprio é considerado.

• RESULTADO LÍQUIDO (OU LUCRO SOCIETÁRIO)

Apurado de acordo com as normas societárias em combinação com as normas contábeis, principalmente as de continuidade, prudência e competência é o lucro que serve de base para distribuição dos dividendos e constituição de reservas. Dele já foram retirados o Imposto de Renda, as despesas/receitas não operacionais e as participações de debenturistas, administradores, empregados e partes beneficiárias, mas não contempla o custo do capital próprio, o que pode causar falsa interpretação dos analistas e empresários.

• RESULTADO FISCAL (OU LUCRO REAL)

O Lucro Fiscal, que de real não tem nada, é o lucro visto pela ótica da Receita Federal. Este lucro serve de base de cálculo para a Contribuição Social e o Imposto de Renda. Tem um tratamento diverso do lucro societário por não permitir considerar algumas despesas efetuadas pela empresa, além de excluir algumas receitas que não são tributadas. Se fossemos fazer um paralelo com uma pessoa física, é como a declaração de IR que não pode considerar a totalidade das despesas com educação, remédios, nem os recebimentos de salário família.

Para calcular o Lucro Fiscal, a empresa parte do Lucro Societário, antes dos impostos efetuando as devidas exclusões e inclusões, para eliminar os conflitos entre a legislação fiscal e a societária.

Num mesmo período a companhia poder ter prejuízo societário e lucro fiscal, ou ter lucro societário e prejuízo fiscal. Os ajustes decorrentes do confronto do lucro societário e o lucro fiscal, quando não permanentes, ficam registrados em um livro chamado LALUR para controle e futuras inclusões e/ou exclusões.

• RESULTADO FINANCEIRO

É o resultado decorrente das operações que realmente representam entradas e saídas do caixa. Uma entrada de caixa não precisa ser necessariamente uma receita e nem sempre uma saída de caixa representa uma despesa.

Ter o controle do resultado financeiro é de fundamental importância para a sobrevivência da companhia, pois o fluxo de caixa representa o sangue que corre nas veias da empresa e não pode ser verificado em longo espaço de tempo e sim ser monitorado permanentemente.

Um controle do resultado financeiro mal feito pode trazer danos à estrutura do resultado. As constantes captações de recursos no mercado para suprir deficiência de caixa, demandam custos financeiros pesados, que podem inviabilizar uma atividade. Portando, o administrador deve estar atento à sua política de vendas e compras, sincronizando os recebimentos aos pagamentos das suas operações.

• RESULTADO CORRENTE DAS OPERAÇÕES

Este resultado, quando positivo, inicia o DOAR (Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos). Representado pelas operações incluídas no Resultado Societário e que realmente transitam no capital circulante da empresa.

É um resultado importante na análise e administração do fluxo de caixa em um período mais longo. Encontrado pela inclusão e/ou exclusão ao Lucro Societário das operações que não representaram saídas ou entradas de recursos no capital circulante.

Em outras palavras, podemos dizer que o Lucro Corrente é o lucro gerado na empresa, que efetivamente representa entrada de caixa.