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FÁBRICA DE CANETAS - CONCEITOS DE PRODUÇÃO A PARTIR DE JOGOS EM SALA DE AULA

Por:   •  21/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.190 Palavras (9 Páginas)  •  297 Visualizações

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FÁBRICA DE CANETAS - CONCEITOS DE PRODUÇÃO A PARTIR DE JOGOS EM SALA DE AULA

Judson Fereira Silva, lvetpo@hotmail.com1

Lis Andrade, lisandradearaujo@hotmail.com2 

RESUMO

O uso de jogos em equipes trabalha estas técnicas por meio da simulação do processo produtivo, objetivando o crescimento da produtividade da equipe. Este artigo buscou responder como deve ser e quais conceitos deve-se trabalhar em um jogo de empresa que vise dar algum tipo de experiência vivencial a estudantes no final de seus cursos superiores, para que os mesmos não cheguem ao mercado de trabalho apenas com a visão de sua área de formação e sem nenhuma noção de quais resultados suas decisões podem gerar no dia-adia das empresas. Neste caso, simulou-se o processo de montagem de um produto, de modo a comparar o desempenho do grupo em diferentes formas de organização do processo produtivo. Como resultado, são evidenciadas as diferenças entre o sistema de produção puxado e empurrado, através de uma situação prática, o que facilita a compreensão dos conceitos de gestão da produção.

Palavras-chave: jogos, sistema de produção puxado, sistema de produção empurrado.

ABSTRACT

The use of games in teams works these techniques through the simulation of the productive process, aiming at the growth of the team's productivity. This article sought to answer how it should be and what concepts should be worked in a business game that aims to give some kind of experiential experience to students at the end of their higher courses, so that they do not reach the job market with just the vision of their area of ​​formation and without any notion of what results their decisions can generate in the day-to-day of the companies. In this case, the process of assembling a product was simulated in order to compare the performance of the group in different forms of organization of the production process. As a result, the differences between the pulled and pushed production system are evidenced through a practical situation, which facilitates the understanding of production management concepts.

Keywords: games, production system pulled, production system pushed.

  1. INTRODUÇÃO

Segundo Muritiba, Sauaia e Muritiba (2006), embora se verifique um efetivo aumento de produtividade do sistema educacional, os dados ainda mostram que uma parcela importante de 35% dos alunos ingressantes não conclui o curso superior. Os autores concluem que o elevado índice de evasão dos estudantes reforça a importância de se pesquisar métodos educacionais.

Rodrigues e Riscarroli (2001) garantem existir na atualidade instrumentos pedagógicos mais eficientes para a finalidade de preparar esses futuros gestores. Na visão de tais autores, jogos de empresas prestam-se especificamente para essa tarefa. Para Rosas (2009), um importante argumento no uso de jogos de empresas é que a prática de decisões e conceitos em ambientes simulados evita prejuízos reais que incorreriam caso o aprendizado fosse feito na gestão de um negócio real.

[a]

JUST IN TIME

Just in Time é uma filosofia que trabalha com fluxos puxados em que uma demanda “puxa” a outra e ninguém tem o papel para produzir de maneira independente.

Um processo contínuo, onde o estoque é nocivo, pois o objetivo é ter estoque zero com tamanhos de lotes muito pequenos e eliminando ao máximo os erros, dando uma responsabilidade maior à mão de obra e com um papel muito importante da linha de produção (CORRÊA; GIANESI, 2009).[b][c]

Tendo como objetivo principal uma melhora do processo produtivo, o sistema clássico de produção , defende que deve existir sempre um estoque intermediário entre um estagio e outra de produção. De maneira que se houver um problema em um dos estágios, o seguinte não será afetado diretamente. (CORRÊA; GIANESI, 2009).

Segundo Corrêa e Gianesi (2009) o estoque tem sido utilizado para evitar que três grupos de problemas, descritos a seguir, atrapalhem o fluxo do processo produtivo:

  • Problemas de qualidade: Quando ocorre problemas de qualidades em alguns estágios da produção, gerando refugos, o estoque é colocado entre estes estágio e os posteriores a fim de evitar interrupções no processo produtivo. Assim, o estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo.
  • Problemas de quebra de máquina: Quando uma máquina pára devido a problemas de manutenção, os processos seguintes que são alimentados por esta máquina também parariam, caso não houvesse estoque suficiente para que a produção continuasse até que a máquina fosse consertada. Nesta situação o estoque também gera independência entre os estágios.
  • Problemas de preparação de máquina: Quando a máquina processa várias operações em um mesmo item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de processamento. Esta preparação incorre em vários custos como no tempo inoperante da máquina, mão de obra requerida na preparação da máquina, perda de material no início da operação, dentre outros. Assim, para ratear estes custos, geralmente, as empresas produzem grandes lotes de produtos. Porém, grandes lotes geram estoques, pois a produção é antecipada à demanda.
[d]

         Desta forma, a eliminação destes problemas constitui um benefício e um pressuposto para a utilização do Just in time. A eliminação das causas geradoras de se manterem estoques contribui para que o objetivo principal do Just in time seja alcançado: redução dos estoques. Para esta filosofia, os estoques são considerados nocivos por ocuparem espaço, representarem altos investimentos em capital, mas, principalmente, por esconderem os problemas da produção que geram baixa qualidade e produtividade (CORRÊA; GIANESI, 2009).[e]

O Just in time permite que em um processo de fluxo, as peças corretas necessárias à montagem do produto cheguem na linha de montagem no momento em que são necessários e somente na quantidade necessária, não sendo utilizado o estoque (OHNO, 1997). Para isto acontecer é necessário que os métodos convencionais de gestão mudem, passando a ter foco em: manutenção preventiva dos equipamentos; ampliação do papel dos operários, em que estes tornam-se responsáveis por identificar e solucionar os problemas ocorridos na produção; fazer as coisas certas da primeira vez, o que implica na responsabilidade dos operários pela qualidade dos produtos; organização e limpeza dos itens, essencial para o sucesso dos aspectos como a confiabilidade dos equipamentos e visibilidade dos problemas; dentre outros (CORRÊA; GIANESI, 2009).[f]

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